O CAMINHO E O APRENDIZADO
Talvez seja hora de dar uma parada, olhar do cume da montanha da qual se está, avaliar as milhões de razões de estar ali, abrir mão de alguns medos/pessoas/caminhos e mirar novas direções, fechar os olhos para algumas coisas que não agregam e seguir pela estrada com menos carga sobre os ombros.
O pé cheio de calos, uma hora ou outra, pedirá um pouco de alívio porque a vida agitada não dá descanso e, ao longo do caminho, é necessário que se faça algumas paradas para retomar o fôlego, reestabelecer a confiança em si mesmo e voltar com um pouco mais de ânimo.
A trajetória é bastante longa e pede por sapatos confortáveis; aclives demasiadamente acentuados enfeitam o caminho, um seguido por outro e mais outro. Não raro é possível encontrar-se numa estrada mais reta, na qual se pode seguir com um pouco de tranquilidade. Em alguns momentos, chegarão trajetos tortuosos com bifurcações que rumam a todo canto, bate incerteza para escolher o melhor trajeto a ser seguido. Não parece ser sensato escolher os caminhos mais trilhados, porque eles trazem uma certeza: a de que você só irá até aonde a maioria foi. É hora de ser um pouco sagaz e ousar ser aprendiz por outras estradas ainda que mais íngremes, aprender a escalar os paredões que emergem, a pegar atalhos, descobrir outros destinos mesmo que sozinho, a vencer o cansaço, a apatia e a se fortificar.
Sempre que possível, uma parada para descansar é bem-vinda, o caminho é longo e ninguém o trilhará por você, vá no seu tempo e no seu ritmo. Se pegar um caminho errado, retorne ao ponto de partida. Se o peso novamente atormentar os ombros, é vital que liberte-se dele. Refaça o seu caminho quantas vezes precisar, porque há um recomeço te esperando sempre que for preciso.