Quase nada
E só tomou de mim o que pôde, mas foi pouco, e pouco a pouco se foi. Distraída, não percebia que o muito da fantasia se quer existia, e lá se foram os anos, bons e maus anos. Mas que será nesse momento tal recordação? O mar que da janela vejo ainda é o mesmo, mas eu não, não sou. O céu azul de quase março é o mesmo também, mas eu não, não sou. Só levou de mim o que pôde, e foi tão pouco, que quase nada restou.