AMADURECIMENTO PRECOCE
(DO LIVRO SOMENTE E TÃO SOMENTE AMAR)
(DO LIVRO SOMENTE E TÃO SOMENTE AMAR)
Como já disse antes, não sou psicóloga e nem terapeuta de qualquer tipo, mas tenho algumas teorias pragmáticas a respeito.
Meus dois irmãos mais velhos foram colocados em uma escolinha de freiras. Salvo engano, entre quatro ou cinco anos idade. O jardim de infância na escola normal começaria a partir dos seis anos de idade.
Pelo que lembro, quando eu já estava grandinha e entendia melhor sobre muitas coisas, a experiência foi terrível para meus irmãos e, talvez por isso, não tive o mesmo desprazer.
As freiras eram brutas demais e resolviam tudo com gritos, beliscões e puxadas de orelha. As crianças tinham medo delas e, pelo resultado que observei das crianças que passaram por elas, era um método pedagógico desastroso.
Aos cinco anos de idade, eu estava muito ansiosa para frequentar a escola com meus irmãos e ficava espreitando quando meu pai separava uma horinha para ajudá-los em seus deveres de casa. Ele fazia perguntas que era como um jogo muito divertido.
Quando qualquer um deles demoravam muito para responder, eu me antecipava, entrava na sala e respondia sorrindo. Meus irmãos, claro, ficavam irritados e, meu pai, caia na gargalhada.
Depois de tanto insistir, meu pai, percebendo que queria um pouco de sua atenção, ensinava algumas palavras e termos que eu só aprenderia na escola.
Talvez se meus irmãos tivessem a mesma experiência de ansiedade e muita vontade de conhecer e aprender tudo sobre o alfabeto e, os livros, trilhariam o mesmo caminho de querer aprender mais e mais.
Não sei, talvez não.
Na medida que eu aprendia, a minha vontade de viver aumentava. Eu buscava mais e mais. Os deveres das férias eram feitos cada vez mais rápidos. E a ansiedade de retorno às aulas eram crescentes.
Paguei um preço alto por chegar na escola sempre sabendo mais do que os meus colegas. Estava incomodando. Quando terminei o primeiro ano, chamaram meus pais e disseram:
- Olha! Ela não precisa cursar o segundo ano, pode ir direto para o terceiro.
Lembro das palavras definitivas do meu pai para minha mãe:
- De jeito nenhum!!! Não vai ser bom pular de ano. Melhor fazer tudo normalmente.
Sempre concordava com tudo que ele dizia e sabia que ele queria o meu bem. Portanto, em nenhum momento, fiquei chateada com aquela decisão.
Infelizmente, meu irmão mais velho, tinha dificuldades para aprender as coisas da escola e repetia muito de ano. Todas as vezes que meu pai trazia os boletins, o ambiente ficava muito tenso porque sempre esbravejava:
- Você sempre com esse boletim cheio de notas baixas. Por que não faz como sua irmã? Olha o boletim dela!
Meu primeiro boletim veio com “O” em todas as matérias. Meu pai não contia o seu sorriso e dizia, brincando: “Não tem vergonha de tirar zero em tudo?”
Mas isso não agradava muito minha mãe, porque ela sofria pelo seu filho primogênito.
Perguntei para ela enquanto estávamos todos dentro do carro, saindo da escola para nossa casa:
- O que a tia falou de mim na reunião da escola, mãe?
Ela olhou para meu pai que dirigia e falou:
- Ela disse que você é ativa.
Eu não sabia o significado, e perguntei. Então ela respondeu:
- Ativa significa burra.
Meu pai olhou pelo retrovisor e me viu quase chorando. Então, logo acudiu, dizendo:
- Que conversa é essa mulher? Filha, ativa significa esperta, atenta.
Minha mãe estava rindo e eu dei boas risadas também. Mas meus irmãos estavam olhando de forma muito estranha para mim.
Naquele ano, éramos três filhos na escola e eu sonhava com minha irmã mais nova indo no próximo ano. Queria fazer parte desse momento. Ficava imaginando aquela menina linda de olhos azuis e cabelinhos pretos e brilhantes em seu uniforme de jardim e radiante com seu material e sua lancheira novinha.
A irmã, que já entrara um ano antes de eu entrar na escola, não se destacava muito com notas boas, mas era muito carismática, linda.
Andava sempre com muitas colegas que elogiavam sua beleza e seu jeitinho espontâneo. Tinha uma caligrafia perfeita, redondinha.
E eu, por mais que tentasse, nunca consegui imitar aquela letra tão artística.
Minha mãe a elogiava muito e sempre apoiava em suas performances de princesinha.
Nós duas éramos muito diferentes. Ela era espontânea, gentil e desinibida. Eu era muito introvertida e focada.
Eu era tão tímida e apática que minha tia do Jardim de Infância perguntou para minha mãe se eu não estava doente ou tinha algum problema de saúde.
Certa vez, minha mãe chegou em casa brigando comigo:
- O que você anda falando para as suas tias na escola? Passei uma vergonha sem tamanho. Disseram que você faz serviços domésticos, desde os quatro anos, que não são aconselháveis para uma criança.
Minha mãe não fazia isso mesmo. Aconteceu o seguinte:
Eu sempre observava como ela fazia para passar roupa, lavar louça, limpar a casa, e, o mais incrível, fazer nossas roupinhas na máquina de costurar.
Minha ansiedade dizia que eu tinha que aprender logo a fazer tudo aquilo também. Ela se divertia com minhas insistências e brincava de me ensinar.
Eu era uma criança inconformada com as brincadeirinhas de boneca, panelinhas de brinquedo, performances de dona de casa de brinquedo.
Queria fazer tudo de verdade, ajudar mesmo minha mãe em suas tarefas. Não sei se era uma necessidade grande de chamar a atenção dos adultos; ou um sentimento de compaixão crescente.
Eu não conseguia brincar com os coleguinhas da escola e achava tudo muito sem graça. Ficava a maior parte do tempo sentada, observando e criticando todos. Sempre calada e quieta. Isso incomodava muito, os adultos e as crianças.
Foi então que resolvi explorar os bastidores do Jardim de Infância e vi algumas tias atrapalhadas para passar ferro nas roupas. Eu me aproximei e expliquei como minha mãe fazia aquilo.
Então, a cena de uma criança de seis anos de idade, ensinando às mulheres adultas a forrar uma mesa da melhor maneira para passar as roupas, não foi muito bem recebida pelas mulheres.
Elas ficavam olhando para mim, atônitas. Uma delas se aproximou e perguntou:
- Desde quando você aprendeu essas coisas, menina?
Sem pensar e, achando que estava em um momento de destaque, rodeada de adultos, respondi:
- Desde os quatro anos, tia. Gosto de ajudar minha mãe nas tarefas.
E, assim, sucedeu o vexame na reunião de pais que minha mãe participou e ficou muito constrangida, quando uma das coordenadoras disse para ela em alto e bom tom, olhando diretamente em seus olhos:
- Tem uma criança aqui que deixou as tias muito preocupadas quando disse que faz serviços pesados em casa, desde os quatro anos de idade.
Com o passar do tempo, percebia que minha mãe e meus irmãos estavam cada dia mais distantes de mim.
Mas, nunca desistia de conversar com os adultos para aprender mais. Quando não conseguia com os meus pais, atacava minha vozinha ou minhas tias que faziam visitas regulares.
A minha vó era paciente, amável e muito divertida. Dava muitas gargalhadas e era muito irônica com as crianças.
Comecei a ter mais interesse com as coisas da escola e ficava, a maior parte do tempo, treinando caligrafia; fazendo e refazendo os deveres da escola. Isso me dava muito prazer.
Nossa mãezinha era muito sensível e ficava nervosa por muito pouco. Vale lembrar que casou e teve filhos na adolescência, bem como, nosso pai.
Uma lembrança que me atormenta até hoje foi quando ela me deixou pela primeira vez no Jardim de Infância.
Naquele dia, enquanto ela escutava as orientações da tia, eu olhava para suas pernas, principalmente na região da panturrilha e tornozelo.
Pela primeira vez, notei que ela tinha varizes muito grandes e inchadas. Aquilo mexeu muito comigo. Fiquei tão incomodada de ver as pernas de minha mãezinha daquele jeito, que não conseguia focar no que estava acontecendo no meu primeiro dia de aula.
Aquela revelação; a visão das pernas da amada e querida mãezinha em condições tão deploráveis, moviam sentimentos confusos e intensos na criança de seis anos de idade.
Talvez essa revelação tenha dado início a um amadurecimento precoce. Eu sempre tive, pela minha mãe, uma admiração enorme. Ela era muito carinhosa, atenciosa, inteligente e proativa nos cuidados com a casa e tantas crianças.
Embora brigasse muito e tinha momentos com performances violentas e explosivas contra o meu pai, gostava de ensinar as coisas que sabia. Fazia cocada, bolos, cantava maravilhosamente. Mas o que eu mais gostava era de aprender a manusear a sua máquina de costura.
Eu ficava sempre perto dela, observando e perguntando tudo. Ela era gentil, doce e paciente comigo. Gostava muito de ensinar suas crianças a escrever e treinar a caligrafia. Ela sentia prazer nisso.
Parece que ao perceber que minha grande heroína estava tão vulnerável com feridas em suas pernas, comecei a me sentir responsável e que precisava fazer alguma coisa, mas era tão impotente e pequena diante daquele problema.
Eu tinha apenas seis anos e não sabia exatamente o que estava sentindo ou pensando sobre aquele trauma de ver que minha mãezinha estava tão machucada.
Lembro que eu cresci cada dia mais introspectiva e mergulhada em meus próprios pensamentos. Talvez depois daquela triste visão. Eu não sei.
O fato é que a imagem que eu tinha de minha mãe, mudou drasticamente, depois daquele dia.
Meus dois irmãos mais velhos foram colocados em uma escolinha de freiras. Salvo engano, entre quatro ou cinco anos idade. O jardim de infância na escola normal começaria a partir dos seis anos de idade.
Pelo que lembro, quando eu já estava grandinha e entendia melhor sobre muitas coisas, a experiência foi terrível para meus irmãos e, talvez por isso, não tive o mesmo desprazer.
As freiras eram brutas demais e resolviam tudo com gritos, beliscões e puxadas de orelha. As crianças tinham medo delas e, pelo resultado que observei das crianças que passaram por elas, era um método pedagógico desastroso.
Aos cinco anos de idade, eu estava muito ansiosa para frequentar a escola com meus irmãos e ficava espreitando quando meu pai separava uma horinha para ajudá-los em seus deveres de casa. Ele fazia perguntas que era como um jogo muito divertido.
Quando qualquer um deles demoravam muito para responder, eu me antecipava, entrava na sala e respondia sorrindo. Meus irmãos, claro, ficavam irritados e, meu pai, caia na gargalhada.
Depois de tanto insistir, meu pai, percebendo que queria um pouco de sua atenção, ensinava algumas palavras e termos que eu só aprenderia na escola.
Talvez se meus irmãos tivessem a mesma experiência de ansiedade e muita vontade de conhecer e aprender tudo sobre o alfabeto e, os livros, trilhariam o mesmo caminho de querer aprender mais e mais.
Não sei, talvez não.
Na medida que eu aprendia, a minha vontade de viver aumentava. Eu buscava mais e mais. Os deveres das férias eram feitos cada vez mais rápidos. E a ansiedade de retorno às aulas eram crescentes.
Paguei um preço alto por chegar na escola sempre sabendo mais do que os meus colegas. Estava incomodando. Quando terminei o primeiro ano, chamaram meus pais e disseram:
- Olha! Ela não precisa cursar o segundo ano, pode ir direto para o terceiro.
Lembro das palavras definitivas do meu pai para minha mãe:
- De jeito nenhum!!! Não vai ser bom pular de ano. Melhor fazer tudo normalmente.
Sempre concordava com tudo que ele dizia e sabia que ele queria o meu bem. Portanto, em nenhum momento, fiquei chateada com aquela decisão.
Infelizmente, meu irmão mais velho, tinha dificuldades para aprender as coisas da escola e repetia muito de ano. Todas as vezes que meu pai trazia os boletins, o ambiente ficava muito tenso porque sempre esbravejava:
- Você sempre com esse boletim cheio de notas baixas. Por que não faz como sua irmã? Olha o boletim dela!
Meu primeiro boletim veio com “O” em todas as matérias. Meu pai não contia o seu sorriso e dizia, brincando: “Não tem vergonha de tirar zero em tudo?”
Mas isso não agradava muito minha mãe, porque ela sofria pelo seu filho primogênito.
Perguntei para ela enquanto estávamos todos dentro do carro, saindo da escola para nossa casa:
- O que a tia falou de mim na reunião da escola, mãe?
Ela olhou para meu pai que dirigia e falou:
- Ela disse que você é ativa.
Eu não sabia o significado, e perguntei. Então ela respondeu:
- Ativa significa burra.
Meu pai olhou pelo retrovisor e me viu quase chorando. Então, logo acudiu, dizendo:
- Que conversa é essa mulher? Filha, ativa significa esperta, atenta.
Minha mãe estava rindo e eu dei boas risadas também. Mas meus irmãos estavam olhando de forma muito estranha para mim.
Naquele ano, éramos três filhos na escola e eu sonhava com minha irmã mais nova indo no próximo ano. Queria fazer parte desse momento. Ficava imaginando aquela menina linda de olhos azuis e cabelinhos pretos e brilhantes em seu uniforme de jardim e radiante com seu material e sua lancheira novinha.
A irmã, que já entrara um ano antes de eu entrar na escola, não se destacava muito com notas boas, mas era muito carismática, linda.
Andava sempre com muitas colegas que elogiavam sua beleza e seu jeitinho espontâneo. Tinha uma caligrafia perfeita, redondinha.
E eu, por mais que tentasse, nunca consegui imitar aquela letra tão artística.
Minha mãe a elogiava muito e sempre apoiava em suas performances de princesinha.
Nós duas éramos muito diferentes. Ela era espontânea, gentil e desinibida. Eu era muito introvertida e focada.
Eu era tão tímida e apática que minha tia do Jardim de Infância perguntou para minha mãe se eu não estava doente ou tinha algum problema de saúde.
Certa vez, minha mãe chegou em casa brigando comigo:
- O que você anda falando para as suas tias na escola? Passei uma vergonha sem tamanho. Disseram que você faz serviços domésticos, desde os quatro anos, que não são aconselháveis para uma criança.
Minha mãe não fazia isso mesmo. Aconteceu o seguinte:
Eu sempre observava como ela fazia para passar roupa, lavar louça, limpar a casa, e, o mais incrível, fazer nossas roupinhas na máquina de costurar.
Minha ansiedade dizia que eu tinha que aprender logo a fazer tudo aquilo também. Ela se divertia com minhas insistências e brincava de me ensinar.
Eu era uma criança inconformada com as brincadeirinhas de boneca, panelinhas de brinquedo, performances de dona de casa de brinquedo.
Queria fazer tudo de verdade, ajudar mesmo minha mãe em suas tarefas. Não sei se era uma necessidade grande de chamar a atenção dos adultos; ou um sentimento de compaixão crescente.
Eu não conseguia brincar com os coleguinhas da escola e achava tudo muito sem graça. Ficava a maior parte do tempo sentada, observando e criticando todos. Sempre calada e quieta. Isso incomodava muito, os adultos e as crianças.
Foi então que resolvi explorar os bastidores do Jardim de Infância e vi algumas tias atrapalhadas para passar ferro nas roupas. Eu me aproximei e expliquei como minha mãe fazia aquilo.
Então, a cena de uma criança de seis anos de idade, ensinando às mulheres adultas a forrar uma mesa da melhor maneira para passar as roupas, não foi muito bem recebida pelas mulheres.
Elas ficavam olhando para mim, atônitas. Uma delas se aproximou e perguntou:
- Desde quando você aprendeu essas coisas, menina?
Sem pensar e, achando que estava em um momento de destaque, rodeada de adultos, respondi:
- Desde os quatro anos, tia. Gosto de ajudar minha mãe nas tarefas.
E, assim, sucedeu o vexame na reunião de pais que minha mãe participou e ficou muito constrangida, quando uma das coordenadoras disse para ela em alto e bom tom, olhando diretamente em seus olhos:
- Tem uma criança aqui que deixou as tias muito preocupadas quando disse que faz serviços pesados em casa, desde os quatro anos de idade.
Com o passar do tempo, percebia que minha mãe e meus irmãos estavam cada dia mais distantes de mim.
Mas, nunca desistia de conversar com os adultos para aprender mais. Quando não conseguia com os meus pais, atacava minha vozinha ou minhas tias que faziam visitas regulares.
A minha vó era paciente, amável e muito divertida. Dava muitas gargalhadas e era muito irônica com as crianças.
Comecei a ter mais interesse com as coisas da escola e ficava, a maior parte do tempo, treinando caligrafia; fazendo e refazendo os deveres da escola. Isso me dava muito prazer.
Nossa mãezinha era muito sensível e ficava nervosa por muito pouco. Vale lembrar que casou e teve filhos na adolescência, bem como, nosso pai.
Uma lembrança que me atormenta até hoje foi quando ela me deixou pela primeira vez no Jardim de Infância.
Naquele dia, enquanto ela escutava as orientações da tia, eu olhava para suas pernas, principalmente na região da panturrilha e tornozelo.
Pela primeira vez, notei que ela tinha varizes muito grandes e inchadas. Aquilo mexeu muito comigo. Fiquei tão incomodada de ver as pernas de minha mãezinha daquele jeito, que não conseguia focar no que estava acontecendo no meu primeiro dia de aula.
Aquela revelação; a visão das pernas da amada e querida mãezinha em condições tão deploráveis, moviam sentimentos confusos e intensos na criança de seis anos de idade.
Talvez essa revelação tenha dado início a um amadurecimento precoce. Eu sempre tive, pela minha mãe, uma admiração enorme. Ela era muito carinhosa, atenciosa, inteligente e proativa nos cuidados com a casa e tantas crianças.
Embora brigasse muito e tinha momentos com performances violentas e explosivas contra o meu pai, gostava de ensinar as coisas que sabia. Fazia cocada, bolos, cantava maravilhosamente. Mas o que eu mais gostava era de aprender a manusear a sua máquina de costura.
Eu ficava sempre perto dela, observando e perguntando tudo. Ela era gentil, doce e paciente comigo. Gostava muito de ensinar suas crianças a escrever e treinar a caligrafia. Ela sentia prazer nisso.
Parece que ao perceber que minha grande heroína estava tão vulnerável com feridas em suas pernas, comecei a me sentir responsável e que precisava fazer alguma coisa, mas era tão impotente e pequena diante daquele problema.
Eu tinha apenas seis anos e não sabia exatamente o que estava sentindo ou pensando sobre aquele trauma de ver que minha mãezinha estava tão machucada.
Lembro que eu cresci cada dia mais introspectiva e mergulhada em meus próprios pensamentos. Talvez depois daquela triste visão. Eu não sei.
O fato é que a imagem que eu tinha de minha mãe, mudou drasticamente, depois daquele dia.