Amigos estranhos que perdi II.
Ele era um jovem brasileiro que morava na Itália, 20 e poucos anos, inteligente e algo melancólico, cultivava uma solidão aceita.
Mandava fotos dos lindos lugares por onde andava.
Nossa comunicação era intensa, íamos fundo na alma um do outro. Era uma amizade improvável como eu dizia pra ele, mas continuamos assim até que um dia ele me disse que não poderia mais conversar comigo porque ficava mal após nossas conversas.
Aceitei prontamente sem questionamentos, jamais traria algum constrangimento para meu jovem amigo.
O que pensei sobre este comportamento, foi que por falar muito de si, passei a ser espelho, e ele não gostou do que viu. Não importa mais.
De novo, por problemas no computador perdi outro face junto com alguns amigos. Nunca mais o encontrei e não lembro o nome porque era um nome bem diferente.
Nossas trocas foram sinceras e puras.