O limite de tudo.
Quando tudo extravasa e rompe todas as barreiras duramente erguidas para a proteção mínima da vida e do bem estar, você tem a sensação de nada mais a perder.
Cada um tem o seu limite, por isto não julgue atitudes alheias, você nunca vai saber por onde a pessoa andou, quantas dores enfrentou, quantas batalhas perdidas, quantos desencontros teve na vida.
Tudo tem um limite, e a dor é a régua fria que delimita o espaço de suportar e o espaço de tombar.
A queda sempre será solitária, até pode ter o rosto do psicólogo em sua última tentativa, mas o poço é teu.
No meu tem até uma cadeira, um abajur ao lado para reler tudo que me encantou, mas ao redor da luz tênue do abajur a escuridão me aconchega, é o meu refúgio, o único lugar que me abraça enquanto todos estão na festa da vida comemorando.
A festa para a qual eu não fui convidada.