Humanismo na Organização e a Administração Pública Moderna

Tema: Gestão, Administração Pública

A manipulação direta, ou indireta da cúpula organizacional, atinge o indivíduo. E influencia nas suas questões comportamentais. Em um modelo primado pela racionalidade dentro da administração, os seres humanos realizam escolhas de forma ativa, entretanto a tipificação e alcance destas escolhas são impactados de forma íntima pelos integrantes da cúpula organizacional. As diretrizes institucionais da organização, são definidas pelos seus dirigentes e têm um efeito direto nos colaboradores. Indubitavelmente o indivíduo é levado à obediência, devido a uma série de fatores que abarcam os seguintes aspectos; procurar recompensas, temeridade de represálias e punições vindouras, ou mesmo porque o indivíduo foi condicionado a obedecer.

Exposto o ponto de vista do parágrafo acima, onde o indivíduo toma uma posição mais passiva ante a cúpula organizacional e norteadora das diretrizes balizadoras. Considera-se numa visão mais humanista no sentido moderno do termo, o indivíduo evidentemente como um agente mais ativo no desenvolvimento das atividades da organização. Concebe-se o indivíduo muito além do simples fruto de forças sociais superiores que operam e agem sobre ele. Atendo-se a essa visão, temos os sentimentos e desejos individuais, são reconhecidos como valores humanos, e em alguns casos têm até prioridades em detrimento dos valores já estabelecidos da organização. Materializa-se em uma unidade de desenvolvimento da personalidade da pessoa, que confere realmente um conjunto de desafios ante ao modelo racional de administração, em relação aos desafios impostos na atualidade.

O humanismo organizacional enseja revigorar e mudar de paradigma o status da organização. Estilos mais abertos e participativos dos colaboradores dentro da organização, geram indubitavelmente indivíduos com maiores graus de satisfação e produtivos. O humanismo constitui-se em um pilar fundamental para a busca da melhor excelência e eficiência organizacional.

Coadunado os aspectos concernentes ao humanismo organizacional e à administração pública, temos um fator impeditivo importante. Na administração pública contemporânea, há uma dependência de modelos analíticos e de gestão obsoletos, e encontra-se verdadeiramente soterrada em atos normativos burocráticos. Não há somente decisões relevantes no seio da administração pública, que se restringem apenas no interior da burocracia da referida administração. As administrações públicas são dirigidas ao público, o cidadão, e para tal desempenham um papel social, político e prestador de serviços essenciais à população.

Para tanto a administração pública deve voltar os seus interesses sobretudo para um espectro mais amplo. Priorizar os aspectos democráticos pautados pela sociedade nas questões que avalizam as políticas públicas. A visão de um sistema fechado e anacrônico, classificado como antiquado, deve ser substituída por uma visão de sistema aberto, onde o entendimento das políticas voltadas ao povo seja de forma mais completa, participativa e eficiente.

(Fonte: Teorias da Administração Pública – R. B. Denhardt & T. J. Catlaw)

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 10/01/2021
Código do texto: T7156859
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