Peregrino
Gosto do tempo de outrora onde corria descalça pelos campos.
Apenas vivia e amava a natureza ao meu redor.
Cheirava as flores e rosas e abraçava as árvores...
Gostos doces, cítricos e desejáveis no obscuro da alma cansada da procura de um “Deus Humano”
existente na imaginação mediana de um universo finito e pequeno demais para a dimensão do sentimento de um amor verdadeiro.
Onde andaras peregrino de meus sonhos encantados?
Andarilho das estrelas cintilantes!
Venha sonhar os meus sonhos, andar meus caminhos, correr e sentir os ventos do anoitecer e amanhecer nos meus braços.
Olha nos meus olhos e encontre minha alma aflita que clama por teus abraços.
Acalanta meu sono, canta para meus sonhos e faz-me adormecer em teus braços.
Ouço teu coração acelerar meus desejos.
Rompe minha pele, abre meu peito e acalma meu coração em tuas mãos.
Abranda meu desejo e sacia minha boca dos teus beijos;
Corre! Enlaça-me a tua alma peregrina e caminha até aqui...
E quando chegares lavarei os teus pés da jornada e te servirei estrelas.
Sentaremos à varanda na luz fria e prateada da lua e contarás teus feitos e de tuas jornadas.
E lá bem distante ouviremos o murmúrio das ondas do mar sentindo a brisa fresca e mansa.
Sonha querido peregrino com tuas terras distantes pois, seu coração é errante e tua alma livre.
Viaja nos meus sonhos e deseja ficar até que tuas asas sequem e suas penas cresçam.
E assim eu velarei por tua partida em um voo suave entre nuvens e estrelas a procura do sol.
Amo o bater de tuas asas, o som do palpitar do sangue que bombeia a vida que lança e anseia por liberdade.
Voa... Voa... Peregrino.
27/01/17