Da Necessidade Humana na Visão de David Hume
Tema: Filosofia, Lógica
Apensar dos séculos que separam a filosofia primeva da atualidade, às definições e terminologias que objetam conceituar os termos na sua forma geral, ainda suscitam grande controvérsia entre os seus debatedores. Controvérsias estas que somam-se a dissonâncias dialogares, e não se restringem apenas aos leigos no assunto, mas sim sobretudo de forma mais aguda em círculos altamente intelectualizados. Entretanto se chegarmos ao cerne da questão, podemos concluir que, quanto mais avança à temporalidade, refina-se também a riqueza dos debates e às definições tendem logicamente a assumir aspectos mais elaborados. Colocado desta forma há sim um avanço conceitual significativo, pois os debatedores anexam novas ideias constantemente. Muito embora haja e permaneça grande controvérsia e posições ambíguas a cerca dos mais variados temas e assuntos; no bojo destas colocações temos a necessidade humana, como fatores controversos. São sim doutrinas que todos os indivíduos de deferentes classes sociais, raça, credo e grau de escolaridade tem uma opinião e uma visão a respeito.
Inciamos então pelo exame pertinaz à questão doutrinária da necessidade humana. Para se ter uma ideia concisa a respeito desta doutrina, é preciso analisar o nascedouro da ideia, quando aplicada à operação dos corpos. A ideia de necessidade advém, quando vista sobre o ponto de vista humano, de forma aparente e objetiva, do observado nas operações da natureza. Quando os objetos semelhantes estão rotineiramente em conjunção. São questões circunstanciais que formam toda a necessidade na qual atribui-se à matéria.
Intuindo satisfazer às questões da necessidade é pertinaz atentarmos a eventos que são uniformes em todas as nações e povos, apresentando traços comportamentais humanos que grande similaridade, na sua natureza e princípios de operações. A mesma motivação é o gatilho fulminante para provocar as mesmas reações; e os mesmos eventos seguem indubitavelmente às mesmas causas. A ambição, a avareza, o amor, a vaidade, a amizade, o altruísmo, entre outras necessidades evidentemente, são distribuídas todas no bojo da sociedade. Perpetuam-se como agentes compositores de um interessante caldeirão fervilhar social do povo. Elas são seguramente desde os princípios da civilização a fonte principal de todas as ações e empreendimentos da humanidade. Se quisermos entender, ou termos uma ideia dos sentimentos e ações dos gregos e romanos por exemplo. Estudai as ações e temperamentos de franceses e ingleses, não tem como se equivocar.
(Fonte: Investigações Sobre o Entendimento Humano – David Hume)