Outros Critérios de Sincronização do Tempo – A Transformação de Lorentz coadunada com a Relatividade Einsteniana

Hendrik Antoon Lorentz, um físico de nacionalidade holandesa, galardoado com o Prêmio Nobel (de Física) do ano de 1902, advindo de sua grande contribuição sobre a temática das radiações eletromagnéticas. Quase a totalidade dos seus trabalhos envolveram o eletromagnetismo. Às transformações de Lorentz, formam a base da teoria da Relatividade Restrita postulada por Albert Einstein em 1905.

Nas questões pertinazes ao tempo, a mecânica newtoniana dá-nos uma visão estática, um Universo praticamente imutável, determinístico e calculável de forma segura. O tempo permanece o mesmo, quando passamos de um sistema de coordenadas para outro, enfim nada muda, apenas o momento de ocupação de espaço físico. Em se tratando da Relatividade Restrita, há impreterivelmente de se considerar que; ocorre uma transformação que condiz com um conjunto qualquer de coordenadas, exemplificado aqui pelas letras, (a, x, b, z) a outro (a', x', b', z'). Einstein em 1905, fez utilização destas transformações para derivar o conjunto de coordenadas de cunho espacial e temporal, e foram coadunadas com a teoria da Relatividade, conforme o já nominado aqui. Caracterizando a mudança total de potencialidade de um corpo, no tangente ao deslocamento no espaço e no tempo, matematizando todos os instantes e provando que o tempo é relativo na sua gênese.

O método empregado por Einstein resumidamente consistiu em; têm-se uma lâmpada de flash. Que está devidamente situada no ponto zero, isto é, na origem de um sistema de coordenadas (locais e temporais). E um distinto sistema de coordenadas que está em movimento relativo ao primeiro, efetua o deslocamento na dada direção a – a'. Há invariavelmente um momento em que os dois diferentes sistemas coincidem, a lâmpada dá um flash. E considerando o fato já consumado de que a luz tem a mesma velocidade “c” em todos os dois sistemas, quem porventura observa-los-á, verá uma frente esférica de luz com raios, que nominamos matematicamente como ck e ck', onde o c é a velocidade da luz e o k os sistemas e seus instantes. Há então às equações pertinazes da esfera dos sistemas da seguinte composição lógica.

a² + b² + d² = (ck)² e a'² + b'² + d'² = (ck')²

Está equação obedece e se relaciona ao apregoado nas transformações de Lorentz. A transformação das coordenadas em um sistema inercial para outro, indubitavelmente envolve a mistura de coordenadas em quatro dimensões, (altura, largura, comprimento e tempo). A conversão entre a coordenada de tempo e o observador, resulta da seguinte combinatória: tempo + coordenadas espaciais de outro. Levando em conta que há movimento uniforme e relativo, um sistema em relação a outro. Deve-se expressar tempo e comprimento em igualitárias unidades, para todos os sistemas de referência. É por esta razão que na coordenada de cunho temporal, multiplica-a por uma constante universal, ou seja, a velocidade da luz. Porém muito embora seja necessário e urde de forma íntima, sobrepor, misturar e juntar as dimensões espaciais com a temporal, para medir e cognoscer o tempo e a observação de um evento ou objeto, e da nítida ligação entre espaço-tempo. O espaço sempre permanecerá espaço e o tempo sempre permanecerá tempo, no macrocosmo e na forma de sentirmos.

(Fonte: Evolução das Ideias da Física – Antônio S. T. Pires)

Daniel Marin
Enviado por Daniel Marin em 20/12/2020
Reeditado em 20/12/2020
Código do texto: T7139974
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