Jogo, brinquedos e brincadeiras na Literatura adulta

Jogos, brinquedos e brincadeiras na expressão da Literatura.

Resumo: No presente ensaio pretende-se a análise dos enfoques encontrados nos aspectos identificados em jogos, brinquedos e brincadeiras no contexto da infância representados em textos da literatura. Busca-se, ao mesmo tempo, a definição do tipo de criança encontrado nestes textos. Esse trabalho fundamenta-se em um estudo de cunho bibliográfico por meio de textos da literatura brasileira entre os séculos XIX e XX. Embasada na bibliografia estudada durante o semestre da disciplina Produção cultural para criança. Foram escolhidos os livros O Seminarista, de Bernardo Guimarães, Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, Cristal Polonês, de Letícia Wierzchowski como o corpus desta pesquisa.

Palavras-chaves: brinquedos, brincadeiras, criança, produtos culturais,Livro,

Sugere-se a importância de resgatar a visão do infante nos séculos XIX e XX, ao mesmo tempo o surgimento dos brinquedos como produtos culturais dirigidos às crianças. Esta apreciação de infância ajustada em um núcleo familiar acomodada pelos pais e parentes, convivendo no mesmo ambiente sob a assistência dos mais velhos, em que o mundo adulto se distingue das perspectivas infantis, possui como data provável o final do século XVII, no inicio da formação da burguesia. Em períodos anteriores, não havia interesse em proteger a criança, ela era exposta a diferentes situações sociais, tais como nascimentos, mortes e outros eventos. Vania C. Araújo, (1996), comenta que:

A família passava maior parte do tempo nas ruas, praças, festas e grupos religiosos, uma vez que a ênfase era manter relações sociais que possivelmente lhe garantiriam uma posição melhor na sociedade. Assim a família substituía uma relação mais intima entre seus membros pelo ambiente exterior, numa tentativa de obter um lugar honroso e de êxito no convívio estabelecido com pessoa de fora. Neste contexto, a vida da criança confundia-se com a própria vida dos adultos. (p.50)

A revolução industrial no século XVIII designa uma nova ordem urbana, estendendo-se ao século XIX, assim uma das primeiras instituições a se transformar é a família. Ela perde sua função quase pública voltando-se para o interior. Deste modo, surge um interesse maior em preservar a intimidade e privacidade e, principalmente, desenvolve atenção sobre a educação da criança. A segunda instituição a contribuir para a mudança é a escola, que passa a ser obrigatória, pois até o século XVIII, era facultativa e às vezes dispensável.

Entretanto com obrigatoriedade da escolarização, a criança começa a apresentar uma nova função na sociedade, não é mais tratado como um pequeno adulto, assim motivando o aparecimento dos artefatos industrializados. As percepções sobre a criança mudaram, com isso surgem os objetos industrializados (os brinquedos) e produtos culturais (os livros). Promovendo também a necessidade de formação pessoal do tipo profissionalizante, cognitivo, ético e pedagógico.

Segundo autora Maria Inês C. Vitória (2003), os primeiros registros acerca do brinquedo na Europa, datado do inicio do século XVII, expõe que eram brinquedos habituais das crianças, cavalo de pau, cata-vento e pião. Também a mesma autora mostra que o surgimento dos produtos dirigidos à criança no Brasil aconteceu no fim do século XIX, quando se estabeleceram as pequenas indústrias. Deste modo fazendo aparecer os brinquedos como produtos comerciais inseridos no mundo infantil. Igualmente, a autora defende que a ação de brincar constitui-se num ato marcado pelas transformações socioculturais.

Esse ensaio volta-se para apreciação dos tipos de brincadeiras ou brinquedos encontrados na literatura e o ponto de vista pertinente a eles. O referido trabalho analisará em três secções os livros selecionados seguindo a proposta do projeto discutido na disciplina de Produtos culturais para criança. Na primeira parte faz-se analise do livro O Seminarista no que se refere a brincadeiras ou ato de brincar surgido no livro. A segunda versa sobre o material encontrado no livro Memórias Póstumas de Brás Cubas. A terceira avalia-se o conteúdo descoberto no livro Cristal Polonês. Por fim, a última parte do ensaio inclina-se sobre as considerações finais dos produtos culturais (brinquedos) e as brincadeiras encontradas na literatura.

1 O Seminarista, de Bernardo Guimarães:

O livro O Seminarista de Bernardo Guimarães pertence ao século XIX, possui como data de publicação o ano 1872. A história localiza-se na antiga Vila de Tamanduá na província de Minas Gerias. As duas crianças representadas nesse livro são vinculadas ainda ao conceito de “pequeno adulto”, pois são expostas a diferentes situações sociais. Observa-se nesse texto analisado que a classe social determina o tipo de brincadeiras desenvolvido pelas as crianças. Eugênio possui posses, filho de fazendeiros, culto, estuda e está sendo preparado para vida clerical.

No entanto, a personagem Margarida é desprovida socialmente, órfã de pai, não freqüenta a escola, tem uma série de obrigações tanto na casa que reside como na fazenda dos padrinhos, pais de Eugênio. Os dois personagens criaram-se juntos e brincavam constantemente pelos campos da fazenda. Nesse livro não aparecem brinquedos como produtos culturais relacionados às crianças. As brincadeiras se restringiam à vida livre no campo, subir em árvores, tomar banho em rios, fazer ramalhetes com flores, por exemplo, no parágrafo citado:

Era por uma bela tarde de janeiro. Os dois meninos como de costume achavam-se a sombra das paineiras. A menina sentada sobre a relva despencava um molho de flores silvestres de que estava fabricando um ramalhete, enquanto seu companheiro atracando-se como um macaco aos galhos das paineiras balançava-se no ar, fazia mil passes e piruetas para diverti-la. (GUIMARES, 1994, p. 18)

Entretanto, ao mesmo o ato de brincar mistura-se ao trabalho infantil, Margarida precisa cuidar das vacas dos bezerros da fazenda, “Vamos, Eugenio. São horas... Vamos apartar os bezerros e tocar as vacas para a outra banda”. (p. 18) Como se nota nesse exemplo, tanto as crianças brincam, como dividem os afazeres da fazenda. Nota-se que o personagem Eugênio como uma criança burguesa, não possui obrigações ou afazeres, somente se solidariza com amiga acompanhando-a, uma vez que é muito sozinho como podemos ver no excerto abaixo:

“... onde passava os dias quase inteiros junto a Margarida, ajudando-a em seus pequenos serviços, ou pelos campos e capões vizinhos, armando arapucas e esparrelas para apanhar pombas, sábias, inhambus, saracuras e outros pássaros, com obsequiava a sua linda amiguinha, a qual com isto mostrava-se infinitamente satisfeita”.(p. 28 )

Em outra situação, Eugênio alfabetizava a personagem Margarida, então se apresenta o livro como o primeiro produto cultural dirigido à criança nos textos do O Seminarista. Na verdade, não existia um interesse real que a menina obtivesse aprendizado, constitui-se em mais uma forma de ficarem juntos, assim ao mesmo tempo criavam seus próprios brinquedos, “caça e caçador, sujeito e objeto de experiências, que farão parte da construção de sua história pessoal”.(Maria Inês C. Vitoria, p.30)

Sendo assim, o ensaio volta-se para o término desta apreciação do livro O Seminarista, afirmando que o enfoque percebido nos atos de brincar ou brincadeiras é inspirado nas aparências e no idealismo burguês. Uma vez que há um mascaramento da realidade em relação às brincadeiras da criança de classe média baixa (Margarida). O livro apresenta a figura da criança burguesa delineada no menino Eugênio, pois não tem afazeres na fazenda, estuda, possui cultura, é protegido pela família. Nesse sentido,

A especificidade de criança construída pela ideologia burguesa encerra em si uma mistificação reducionista que se conjuga aos inúmeros atributos concedidos pela classe dominante à criança. Tal intenção tem como objetivo fazer valer seus princípios e alimentar o caráter de alienação .....( Vania C. Araújo, p.28 )

Entretanto, a menina Margarida é importante, na medida, da utilidade desenvolvida para a família que a apadrinha e a casa em que reside. Constitui-se em uma criança que não estuda, não é resguardada, trabalha bastante, e para a mãe de Eugenio, a personagem era demasiado grande para brincar ou aprender ler. “Bem vês que Margarida já está ficando grande, ajuda sua mãe, que precisa muito dela...” (p.29) Para a dona da fazenda, uma menina de dez anos era grande, possuía deveres como: “... é recolher os bezerros, dar milho as galinhas, e costurar...” Entretanto, o outro personagem infantil, apesar da mesma idade, é amparado pelo mundo adulto.

As diferenças sociais entre as crianças remetem as percepções marxistas defendidas pela autora Vania C. Araújo (1996), diz que o ensino e a proteção, nesta época, eram reservados a classe dominante. Ao mesmo tempo, reflete-se que o uso da criança da classe baixa como uma mão-de-obra produtiva a impede de vivenciar a infância plenamente, restringido as brincadeiras a um ato prático relacionado com os afazeres do lugar em que habita. Conseqüentemente, defendemos que o ato brincar no livro O Seminarista condiciona-se a fatores socioculturais, não apresentando caráter lúdico para a personagem de classe baixa.

3 Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis:

O livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis pertence ao final do século XIX, datada de 1881, a narração acontece no Rio de janeiro. A criança retratada nesse livro pertence à classe média alta, uma típica representante do mundo burguês. Constitui-se numa criança livre, rica e tratada como um pequeno adulto, e possuidora de tanto poder quanto os adultos da narração. A sociedade demonstrada no livro é complacente e ao mesmo tempo indiferente às características infantis da criança Brás Cubas, pois é uma estrutura familiar com uma vida social muita intensa quase pública.

O que segundo Vania C. de Araújo (1996) levaria a criança a um lugar de indefinição, então o menino Brás Cubas confundir-se-ia com toda a rede de relações travadas pela família. Do mesmo modo, não era protegido das mudanças sociais ou mesmo dos processos naturais da vida (nascimento, morte). Podemos observar esse descaso com a formação da criança no excerto do livro:

Desde os onze anos entro a admitir-me as anedotas reais ou não eivadas de todas as obscenidades ou imundície. Não me respeitava a adolescência.... deixava-me estar, sem entender nada, a principio, depois entendendo, e enfim achando-lhe graça. (ASSIS, Machado, 1994., p.21. )

As brincadeiras apresentadas nos textos do livro são os atos do “menino diabo” (p.20) contra os visitantes da casa em que reside, escondia os chapéus, colocava rabos nos cabelos dos mais sérios, dava beliscões às escondidas nas moças. Possuía também o hábito de usar os escravos como seus brinquedos, em muitas situações andava a cavalo neles. Em todas as atitudes denotava-se a tirania da criança burguesa em meio à indiferença dos pais com suas atitudes, “... mas entre a manha e a noite fazia uma grande maldade, e meu pai passado o alvoroço, dava-me pancadinhas na cara e exclamava a rir:”... Ah! Brejeiro! Ah brejeiro!”(p.21)”.Há somente uma referência a produtos culturais (brinquedos) relacionados à criança. Apresenta-se no parágrafo:

Fiquei nesse dias com um espadim novo, que meu padrinho me dera no dia de Santo Antonio, e francamente, interessava-me mais o espadim do que a queda de Bonaparte....Nunca deixei de pensar que o nosso espadim é sempre maior do que a espada de Napoleão.(p. 23)

As noções sobre escola surgem nos textos desse livro como um mascaramento da realidade social. Regina Zilberman (1981 p. 19) observa que: ”As relações da escola com vida são, portanto, de contrariedade: ela nega o social, para introduzir em seu lugar o normativo”. Uma vez que para o menino Brás Cubas, a escola é demonstrada como um castigo, um lugar enfadonho, feito para quebrar às regras e não para adquirir cultura ou conhecimento. Por outro lado, o personagem somente ao quebrar as regras se diverte, pois em determinadas situações, “gazear a escola, ir caçar ninhos de pássaros ou perseguir lagartixas nos morros..” ( p.27 ) faz dessas ações uma outra forma de brincar.

O termino dessas considerações sobre o ato de brincar no livro Memórias Póstumas de Brás Cubas remete aos conceitos da pedagogia tradicional perpetuada pela moral da doutrina cristã, que considerava a criança como um ser corrompido, assim a disciplina da educação poderia salvá-los. Autora Vania C. de Araújo (1996, p. 66) que defende como:

A contradição anjo / demônio, inocência / maldade vai referendado os princípios da pedagogia tradicional, revelando, assim, um esquema de interpretação ideológica sobre a criança que deveria prevalecer nos colégios e desenvolver-se em direção a construção de seres protegidos da corrupção do mundo, a construção do homem ideal.

Essa percepção conflitante da criança é bem delineada nos textos de Memórias Póstumas de Brás Cubas, uma vez que reflete nas brincadeiras maldosas o caráter lúdico do ato de brincar, ao mesmo tempo o texto remete aos preceitos da infância como um período antecessor da idade adulta. Sendo assim, os textos, em questão, que foram procedidas as análises das brincadeiras, observa-se a visão do ser infantil definida pelas atitudes (brincadeiras), também pelo desenvolvimento psicológico sem levar em conta a contextualização da criança e a sua condição como sujeito atuante nas relações sociais.

3 Cristal Polonês, de Letícia Wierzchowski:

O livro Cristal polonês de Letícia Wierzchowski foi lançado em 2003, mas a narração situa-se no século XX, o espaço geográfico parece indefinido, pois parte das lembranças de uma criança de dez anos. A partir do século XX, a situação social do universo familiar modifica-se com gradativa liberação da mulher e seu acesso ao mercado de trabalho leva o sistema patriarcal a um processo de decadência. A família fecha-se buscando mais privacidade, alguns valores sofrem mudanças, principalmente, a criança que a passa a ter um papel um pouco mais definido dentro da família. A educação das crianças burguesas tornou–se restrita a família e a escola. O universo infantil do século XX seria, teoricamente, protegida, acalentada pelo mundo social em que habita.

No entanto, as crianças apresentadas nos textos do livro Cristal Polonês são classe média baixa representantes de uma estrutura nuclear de família, constituída por pai, mãe e três filhos, contudo não eram resguardadas das dificuldades da vida, são expostas a diferentes situações sociais sem a proteção inerente as suas condições infantis. Segundo a autora Vania C. de Araújo (1996) existe um aburguesamento sobre as teorias do mundo infantil pertencente às classes populares, uma vez que todas as considerações sobre as crianças partem de princípios da classe dominante. Assim reflete Solange M. Ketzer (2003) sobre essa situação:

Por incrível que possa parecer, a condição vivida socialmente pela criança no fim do século XVII e inicio do XVIII pode ser verificada na contemporaneidade em camadas da população socialmente desprivilegiadas, em que o infante divide, em pé de igualdade com o adulto, as agruras da vida impostas pela lei da sobrevivência. ( p. 14 )

Os personagens Tedda, Paula e Miti são três irmãos de origem polonesa que vivem uma vida regrada pelas ordens do màma e os silêncios da táta, sobrevivem com doações de parentes mais favorecidos. As crianças caminham oito quadras para chegar à escola, sentem muito frio, é inverno, as roupas são velhas não esquentam.”Os ricos iam a escola de carro ou bicicleta...” (p. 51) As crianças possuem a dimensão exata da miséria em que estão rodeadas. A menina mais velha Tedda tem onze e responsabiliza-se por todo o serviço da sua casa, “A cera está úmida! O arroz está pegando na panela. Tedda me traz um copo de água”. ( p. 50) Entretanto, apesar da adversidade, os personagens infantis possuem pais atuantes e preocupados com a situação dos seus filhos, apesar de restringidos em suas atitudes de resguardo pelo mundo material em que se inserem.

No que se refere aos produtos culturais incluídos no universo infantil, os textos apresentam uma variação sucinta, uma vez que se retratam crianças de classes baixas com escasso acesso a brinquedos e jogos. Igualmente, as personagens infantis, em função da suas condições de quase miserabilidade, são expostas ao mínimo de produtos culturais, não possuem televisão ou qualquer tipo de tecnologia, ao mesmo tempo os livros consumidos pertencem à escola. As crianças permanecem longe do modelo burguês.”Eles têm bola, duas bonecas e um sonho de tomar coca-cola todo dia” (p.53).

A relações das brincadeiras e brinquedos são marcados pela divisão de gêneros indicados pelo uso de bola, carrinhos, soldadinhos de chumbo pelo personagem masculino Miti, “... brincava com seu carro de madeira e com meia dúzia de soldadinhos de chumbo...” (p.24). “Na rua, as peladas eram com a bola...” (p.52). O que segundo Maria Inês C. Vitória, os meninos seriam voltados para mundo exterior, estabelecimento de decisões fora da vida doméstica.

Por outro lado, as personagens femininas confirmariam aceitação de regras e a centralidade ao lar, uma vez que meninas Paula e Tedda são descritas brincando de casinha com as duas bonecas, desse modo reproduzem encenações para uma vida feminina adulta dentro do contexto em que eram educadas." Eu e Paula brincávamos de casinha no quintal. Nós e as duas bonecas. Toda tarde, as duas bonecas tomavam banho de lago. E, à noite, elas faziam xixi na cama. Paula ficava muito braba. As bonecas estavam perdendo a educação. Onde é que já se viu"? ( p.93 )

No encerramento dessa analise sobre as brincadeiras no livro Cristal Polonês, reflete-se a respeito da brecha existente nos estudos e pesquisas de como a criança da classe popular brinca. Segundo Vania C. de Araújo (1996), existe uma ausência considerável de uma literatura que defina as crianças das classes populares como um sujeito atuante nas relações sociais. Maioria dos estudos e pesquisas pertinentes a esse tema possui o universo infantil burguês como exemplo, o que destoa da criança analisada no livro Cristal Polonês, uma vez que ela é o infante desfavorecido que apresenta os paradoxos e conflitos que o sistema social procura ocultar para perpetuação dos valores burgueses.

Por fim, o ensaio volta-se para as considerações finais reafirmando a relevância dessa pesquisa para o nosso desenvolvimento acadêmico, uma vez que se mostrou de forma transparente durante os estudos e averiguações, a homogeneização das teorias e investigações já existentes referentes ao universo infantil. Em cada um dos três livros selecionados para o trabalho, encontramos crianças e brincadeiras distintas inserida em contextos históricos diferentes, porém as fundamentações usadas nos indicam uma universalidade falsa que oculta o mundo infantil e os atos de brincar encontrados nos textos da pesquisa.

Afirma-se que brincar não se constitui em um ato composto de neutralidade, ele traz as marcas do universo infantil das diversas sociedades em que se encontra. Assim podemos acenar para a necessidade de estudos e pesquisas que se referendem as diversas crianças e suas formas de brincar centralizados na nossa sociedade. Assim remete-se a Maria Inês C. Vitória para a conclusão desse ensaio.

Sugere-se aqui que esta temática-brinquedo e brincadeira-represente uma possibilidade analítica, a partir da qual se entenda / compreenda a produção cultural dos diferentes momentos que compõem nossa trajetória e, conseqüentemente, de que tipo de identidade(s) se trata / tratava de constituir. ( p.43 )

BIBLIOGRAFIA

ARAÚJO, Vania Carvalho de. Criança: do reino da necessidade ao reino da liberdade. Vitória: EDUFES, 1996.

ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Scipione, 1994.

GUIMARÃES, Bernardo. O Seminarista. São Paulo: FTD. 1994.

KETZER, Solange M. A criança, a produção cultural e a escola. In: JACOBY, Sissa (Org.). A criança e a produção cultural: do brinquedo a literatura. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2003. p. 11 – 27.

LAJOLO, Marisa, ZILBERMAN, Regina. Literatura infantil brasileira: histórias & histórias. São Paulo: Ática, 1984.

ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 1981.

VITORIA, Maria Inês C. O brinquedo e a brincadeira: uma relação marcada pelas praticas sociais. In: JACOBY, Sissa (Org.). A criança e a produção cultural: do brinquedo a literatura. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2003. p. 29- 44

WIERZCHOWSKI, Letícia. Cristal Polonês. Rio de Janeiro: Record, 2003.