Hoje acordei, procurei por ela
Não a senti em mim
Percebi sua ausência
E como um masoquista
Um dolente inconformado
Um alarmista inveterado
A procurei; mas não te achei!
Comecei a cutucar meus membros
...dos pés até a cabeça
...dos dedos das mãos até os ombros
...não te vi, nem senti, nem te notei
Não estava mal, não estava triste
Apenas queria te perceber
Afinal, és minha...
Mas, não sei aonde você foi parar!
O dia que já clareou inda pouquinho
Me obriga ficar de pé e andar
Percorrer mesmos lugares...
...outros novos recintos...
...outras bandas...
Andando demais...
Correndo como nunca...
Atravessando picadas e por vielas estreitas
Ainda correndo “pra mais de metro”
Eis, que vejo, bem de mansinho...
Alguém ou algo, de mim se aproximar!
Então me percebo rindo,
Vivo e acompanhado
Agraciado e feliz
Merecedor do renascer deste dia
...um novo, que é meu e que me veio
E que me trouxe de volta...
Você:
Minhas velhas DORES!
Acostumei-me tanto com você minhas VELHAS DORES, que não me causam maiores males, pois são velhas e são só minhas.
Que minhas dores lhe sejam úteis de alguma forma, nem que sejam para lembrar que você exista e com isso se lembre você, também das suas...