ALGUÉM PARA IDOLATRAR, ALGUÉM PARA ODIAR!

A triste saga das mentes vazias em um mundo vasto e complexo

*Por Antônio F. Bispo

“Parem o mundo pois eu quero descer”; “Tudo o que não sou capaz de entender eu condeno, persigo, menosprezo ou idolatro”; “Gostaria de olhar as pessoas sempre do andar de cima, mas a minha mentalidade e o meu caráter me põem sempre no borralho”; “Se alguém de minha estatura alcançar apenas um degrau acima do meu, eu tentarei à todo custo trazê-lo de volta ao seu estágio anterior para que eu não me sinta ainda mais diminuto”; “Não sei identificar o que sinto ou o que penso por isso estou sempre atacando indevidamente os outros ou me escondendo atrás dos deuses, demônios ou de ideologias momentâneas para que não vejam quem realmente sou”; “De fato, nem sei quem sou, mas posso ser a representação de tudo o que querem que eu seja, principalmente se for rasa e passageira, que faça com que todos os que surfam esse tipo de onda sejam vistos como seres inteligentes e antenados com o mundo...”

Se a sinceridade de algumas pessoas pudesse falar mais alto que suas manobras pirotécnicas para esconder seus vazios existenciais, esses seriam os principais gritos de socorro emitidos de suas almas!

Não é demérito algum admitir ou enxergar que vez ou outra na vida podemos estar desnorteados, à deriva, vivendo apenas de seguir tradições e imposições ou sob instintos primitivos diversos pertinentes a todos ser confuso e amedrontado.

Perigoso mesmo é permanecer nesse estado e fazer disto um estilo de vida! Pior ainda é torna-se um agente fiscalizador alheio, usando métodos de repressão contra tudo e todos que enxergam além dos nossos horizontes, que possuem a coragem de enfrentar o comodismo, de ser ou fazer diferente em beneficio próprio ou de muitos ao seu redor.

Por falta de personalidade própria, ou pela falto do uso correto das faculdades mentais provocados por algum sistema alienador, muitos vivem sob uma linha tênue onde venerar ou odiar são as únicas opções de respostas para quase todo estímulo nessa vida, sempre achando que os que não são ou pensam como eles estão contra eles.

Isso não é verdade, nunca foi e nem precisa ser! Os que vivem o tempo inteiro na defensiva ou na ofensiva desnecessária, além de ter uma vida medíocre, tentam fazer com que a de tantos outros se torne um inferno. O pior é que acabam gostando disso, ou acham que isso é algum tipo de virtude, uma grandeza a ser eternizada por futuras gerações.

Sentir-se grande ao tentar diminuir os outros é a principal arma dos medíocres. Sem argumentos para argumentar atacar ideias, eles atacam pessoas e se pudessem exporiam até suas vísceras como se fossem troféus, nesse tipo de guerra covarde fazendo com que o outro ne tenha chance de se defender. Um tolo ascende a um trono imaginário toda vez que enfrenta uma pessoa equilibrada, principalmente se esta desce o nível e passa rastejar como ele o faz.

O mundo virtual é um campo fértil para constatar (ou repetir) esse tipo de comportamento!

Nem é preciso máquinas complexas para minerar essas “pérolas”. Elas estão sempre expostas e podem ser encontradas em demasia em todas as superfícies das redes sociais.

Um comportamento que até 20 anos atrás era fruto principalmente de círculos religiosos e políticos, hoje ganhou proporções avassaladoras, fazendo com que qualquer um com cérebro de um tamanho de uma ervilha possa mostrar uma perversidade do tamanho de um planeta, promovendo o caos sem remoço nenhum.

Alguns entre esses até pensam que ao fazerem o que fazem, estão prestando um serviço útil a humanidade. Outros apenas se divertem quando percebem que foram capazes de tornar o dia (ou toda vida) de alguém mais difícil e dolorosa.

Não estou me referindo nesse momento as “tretas” entre amigos, que de forma habitual e jocosa tratam-se de modo cordial entre eles, usando tipos e linguagens pertinentes aos grupos sem que ninguém se sinta diminuído, antes sim pertencentes ao meio.

Me refiro aos ataques deliberado, intencionais, espontâneos e propositais de pessoas desconhecidas, feitas de forma pessoal a outras pessoas sem que estas lhes tenham feito absolutamente nada para incendiar tal ira.

Pior que sempre há plateia para esse tipo de inquisidor das trevas. Pessoas que acham pesaroso usar alguns minutos do próprio tempo buscando algo que as façam evoluir, mas que dispõem de todo o tempo do mundo quando o assunto é por tropeços na vida alheia. Pessoas que sofrem da “síndrome de Dick Vigarista”, que mesmo estando perto da linha de chegada, prefere parar e colocar obstáculos no caminho de outros “competidores”, desse modo perdem a corrida e depois vivem a lamentar. Pessoas que clamam pela paz, mas não perdem uma oportunidade de iniciar uma guerra...do nada!

Outro dia por exemplo, estava pesquisando sobre como transformar o conteúdo que produzo por escrito em material audiovisual e me deparei com uma situação estarrecedora: uma jovem senhora muito triste, quase chorando narrava um acontecimento recente que lhe ocorrera na semana anterior. Um vídeo que ela havia publicado trouxera-lhe como resultado principal, uma avalanche de ofensas pessoais, palavras de baixo calão, além de várias outros insultos, onde nos comentários pessoas de pouco cérebro faziam chacotas sobre sua cor de sua pele, sua aparente idade, sua cara limpa sem uso algum de maquiagem, seu português com pronuncia diferente devido ao fato de a mesma estar há muitos anos morando fora do brasil e outras coisas mais.

Pelo tamanho dos insultos que ela estava recebendo, achei que ela havia falado mal de algum líder político ou religioso muito amado pelo povo ou quem sabe, ela tivesse alfinetado alguma “celebridade lacração” do momento e se dera mal.

Mas não! Depois de averiguar o conteúdo exposto por ela, percebi que o “crime” que ela cometera fora postar um vídeo ensinando pessoas comuns a usar o tempo ocioso para ganhar dinheiro, fazer cursos gratuitos ou aprender coisas úteis que possam ser aplicadas no dia a dia. Esse fora o crime dela.

Ela não citou nome de ninguém, não ofendeu a ninguém e não se dirigiu de modo pessoal a quem quer que fosse. Ela apenas falou de como pessoas de diversos cantos do mundo estão usando as novas tecnologias para conseguir em pouco tempo o que nossos pais e avós não poderiam conseguir durante toda vida e que muita gente desprezava ou desconhecia tais possibilidades. Ela relatou inclusive como ela mesma conseguiu sair da pobreza vivendo em uma cidade pequena no interior do Brasil e se tornar uma pessoa bem sucedida morando de forma legal em vários países do mundo usando apenas a cara, a coragem e o uso correto dos recursos disponíveis.

Outro detalhe importante é que ela não postou tal conteúdo em grupo privado ou na página pessoal de outra pessoa e nem impôs ordenança alguma para que os outros vissem o conteúdo produzido por ela. Ela o fez de forma gratuita na própria página, destinada principalmente aos seus seguidores e mesmo assim pessoas desocupadas fizeram questão de ver o conteúdo apenas para ofendê-la e tentar humilha-la por ela ser quem é, fazer o que fez ou chegar onde chegou! Quando a gente vai conferir o perfil de quem as atacou...melhor nem falar!

Neste caso, entre as dezenas de comentários maldosos ou pervertidos, notei apenas 2 de agradecimentos, cuja feitor estava feliz, pois o mesmo tinha uma comércio com um baixo faturamento, aplicou o que vira no vídeo dela e com isso conseguira elevar seu faturamento em até 3 vezes mais fazendo o que já fazia antes (comércio varejista de produtos alimentícios), usando apenas os recurso ali apresentados, nunca antes observado por ele.

Se esse fosse um caso isolado seria bom. Se esse fosse o único caso seria melhor ainda! Mas não é! Há milhares de casos como esses, de ofensas gratuitas feitas por gente acovardada, ou “militontos” de alguma modinha passageira que deseja “lacrar” às custas da desconstrução do caráter ou da personalidade alheia. Alguns desses casos acabam em processos milionários, outros até em tragédias...

Nesse intuito de aparecer, de ser notado de alguma forma, de ser considerando inteligente por vociferar desafetos contra alguém realmente notório, ou de ser considerado grande por “enfrentar” alguém que de fato o seja, esse tipo de pessoa apresenta um comportamento orbitando sempre nesses dois polos: ALGUÉM PARA ODIAR e ALGUÉM PARA “AMAR”, indo quase sempre de um extremo ao outro em questão de segundos.

Alguns destes que tentam expressar “amor” quando se dirigem ou defendem seus objetos de culto, esperam ser notados por estes, se não o forem, todo o mel destes se tornará em fel, e de defensor se tornará perseguidor até que o seu ídolo reconheça seu “sacrifício”, caso contrário, destilará ódio pelo resto da vida contra o “ídolo ingrato”.

Esse tipo de comportamento é peculiar aos fanáticos partidários em períodos eleitorais, que depois de conseguir centenas de desafetos defendendo o “candidato certo”, poucos dias depois constata que o mesmo se tornou amiguinho do “candidato errado”, e agora esse guerreiro esquecido cobra vingança por ter lutando uma luta in gloriam.

Pena que esse não o único motivo para fazer surgir os “Dom quixote da injúria” que em todo lugar tem.

A ira destes pode ser apontada para qualquer ângulo basta alguém ordenar. Basta não ser capaz de entender o outro. Basta perceber a própria miséria. Basta perceber que o controle absoluto de todas as coisas não lhe pertence que esse cavaleiro negro surge das trevas do seu próprio interior para fazer novas vítimas e depois voltar para o seu vale sombrio que é a sua própria vida.

As redes sociais amplificaram esses tipos de “corajosos” e “corajosas”.

Alguns com rostos e outros sem. Tanto um quanto o outro com a coragem de um leão para se intrometer na vida alheia e a força de um gatinho para solucionar os próprios problemas.

Outro sintoma social doentio altamente letal às democracias produzidas por estas pessoas é o fato de tornar tudo e qualquer coisa em armas de politização ou ideologias baratas. Se vão ler um livro (quando leem) precisam certifica-se primeiro se tal obra fora produzida por direitistas, esquerdistas, feministas, globalistas ou qualquer outro “istas”.

Se uma obra qualquer for produzido por alguém “do contra” toda obra em si cairá em demérito, com tentativas até de banimento total de tal produto.

Os tais são capazes de fazer com que obras criadas no passado que não pertenciam (e nem pertencem) a nenhum tipo de ideologia ou partido sejam atualmente repugnadas ou idolatradas pelo simples fato de uma das partes “apossar-se primeiro” do conteúdo ou autor.

Se um esquerdista por exemplo afirma gostar de determinada obra ou autor, um direitista (demente) passará a odiar tal conjunto só para ser oposição, e amará ainda mais tudo o que “pertence” ao seu grupo, fazendo com que grandes feitos da humanidade inteira pareça ser propriedade de um grupinho de mentalidade abominável.

Vale lembrar que as prisões e cadeias estão cheias de pessoas que poderiam estar livres, mas tiveram o desprazer de cruzar com um tonto desse tipo e fizeram besteiras. Outros sofreram prejuízos ou tiveram suas vidas ceifadas pelos tais.

Viver é um desafio diário. Viver entre esse tipo de gente é um desafio maior ainda. É preciso serenidade e sobriedade em alguns casos e severidade em outros para que os tais não tornem toda sociedade em um gigantesco hospício ou em uma zona de guerra.

Um cego não pode conduzir outro cego sem que ambos sofram danos severo. Sob a luz da razão, o bom senso a razoabilidade podemos iluminar nossos passos e seguir de guia (apenas) para os que realmente desejam. Os que possuem luz própria tem maior destaque nas noites tenebrosas. REVEJAM SEUS CONCEITOS!

Saúde e Sanidade a Todos!

Texto escrito em 29/11/20

*Antônio F. Bispo é graduando em jornalismo, Bacharel em Teologia, estudante de religiões e filosofia.

Ferreira Bispo
Enviado por Ferreira Bispo em 29/11/2020
Reeditado em 06/12/2020
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