INCOERÊNCIAS “SOCIAIS”

Lendo um texto[i] do poeta Anderson Horizonte, neste Recanto, me dei conta de quanta dicotomia há na sociedade moderna. Assim, concordando com aquelas que ele destacou, acrescentei outras e chamei-as de incoerências “sociais”.
 
Há pessoas que as denominei de “imitadoras”, as quais, independentemente de faixa etária e classe social, querem, a todo custo, copiar a aparência de quem nem mesmo conhece a essência. Com isso, estimulam o surgimento de outra categoria - a dos “consumistas”. Estes, com a facilidade do acesso e o uso do cartão de crédito, às vezes, sem lastro suficiente para honrar os débitos, principalmente os da classe social menos favorecida economicamente, ampliam o fosso das desigualdades socioeconômicas, em nível crescente no Brasil, de acordo com o índice de Gini[ii].
 
Destaque-se ainda que, entre esses “imitadores” e “consumistas”, há os que usam suas redes sociais para fazer o discurso de que respeitam a natureza porque fazem a dieta X ou Y sem, nem mesmo, se darem conta de outros tipos de “lixos” que disseminam no meio ambiente.
 
Enfim, somos “impostos” a conviver com incoerências, simplesmente porque não aprendemos a nos “impor” diante as mazelas de uma sociedade que reclama muito, age pouco e, facilmente, sofre influências.


Iêda Chaves Freitas
 
 
 
[i] Refiro-me a Prosa Poética “Ponto de Convergência”, publicada dia 27/102020 (T7097303).
[ii] É um indicador que serve para medir o grau de concentração e renda, isto é, a diferença entre os que ganham mais (os ricos) e os ganham menos (os pobres).
Ieda Chaves Freitas
Enviado por Ieda Chaves Freitas em 23/11/2020
Código do texto: T7118943
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.