A VERDADEIRA FELICIDADE E A INFELICIDADE! QUEM É FELIZ E QUEM É INFELIZ?
Obs.: Um texto para quem gosta do que é verdadeiramente bom. É um TEXTÃO. Você vai ler? rs.
Qual é o segredo da felicidade? Existe? Quais são as características das pessoas infelizes? Eu sei que é possível ser sempre feliz, se houver saúde, trabalho, moradia, família, amigos verdadeiros (não os de rede social, porque em rede social existem raros amigos), paz no bairro onde se mora e sabedoria. Este é o segredo da minha permanente, profunda e autêntica felicidade. Mas você não precisa acreditar em nada do que eu lhe digo. Analise tudo o que eu digo e viva conforme o seu coração, a sua alma, o seu ser. Neste texto, eu cito Osho, Epicuro, Aristóteles, Thich Nhat Hanh, Matthieu Ricard, Boécio e O Pequeno Príncipe.
Osho, um filósofo, sábio e místico, disse: "Cada momento da vida lhe proporciona duas alternativas: ser feliz ou infeliz. Depende de sua escolha... Se optar por ser feliz, você pode continuar feliz". Mas é preciso saber ser feliz, digo eu. A maioria das pessoas não sabe ser feliz.
O filósofo Epicuro disse: "Nem a posse de riquezas, nem a abundância das coisas, nem a obtenção de cargos ou o poder produzem a felicidade e a bem-aventurança".
O filósofo cristão Boécio, na prisão, à espera da morte, disse: "Os bons são felizes; e os maus, infelizes". Ele disse: "Os maus são infelizes de diversas maneiras".
Aparentemente, muitos maus vivem felizes, mas só aparentemente, porque, dentro deles, a vida deles é um inferno. Muitas pessoas riem muito, mas, por dentro, a vida é uma grande insatisfação. Elas riem apenas para disfarçar a infelicidade. Osho confirma o que digo: "Quem vive sofrendo e chorando só pode ter uma risada falsa. A risada pode estar na superfície, mas por trás dela o homem chora. As lágrimas se misturam à risada. Só alguém que penetrou em seu ser pode rir verdadeiramente. Quem tem um coração repleto de sofrimento ri superficialmente, porque está se esforçando para esquecer o sofrimento".
Thich Nhat Hanh, monge budista e mestre zen, no livro "A Arte de Viver", diz: "Você é feliz? Sua vida é plena? Se você não consegue enxergar a felicidade neste momento, quando poderá ser feliz? A felicidade não é algo que pode ser adiado para o futuro... Se quiser ter paz, alegria e felicidade, saiba que só poderá encontrar tudo isso no aqui e agora... Se este é ou não um momento feliz, só depende de você. É você quem torna um momento feliz, não é o momento que te faz feliz. Com mente atenta, concentração e percepção, qualquer momento pode ser feliz".
Matthieu Ricard, outro monge budista, no livro "Felicidade: a prática do bem-estar", diz: "Aquele que tem paz interior não é mais esmagado pela derrota ou inflado pelo sucesso... A felicidade é, acima de tudo, amor pela vida, gostar de viver... A felicidade é um estado de realização interior, não a gratificação dos inesgotáveis desejos exteriores... A felicidade é um modo de ser, é uma habilidade, mas para desenvolvê-la é necessário aprendizado". Sou profundamente grato ao meu Criador, pela oportunidade de conhecer os sábios e aprender com eles a viver a autêntica felicidade. Matthieu Ricard diz: "O bem-estar duradouro surge do cultivo das emoções positivas e da sabedoria".
A sociedade é infeliz. Na política, só pode haver infelicidade. A mente política é sempre agitada, inquieta, seja na derrota, seja na vitória. Na política, a derrota é causa de infelicidade, e a vitória produz uma falsa felicidade, porque são dependentes de resultados exteriores.
Matthieu Ricard, no livro "O Caminho da Sabedoria: conversas entre um monge, um filósofo e um psiquiatra sobre a arte de viver", diz: "A verdadeira felicidade, no sentido budista, é um estado interior não submetido às circunstâncias. Em vez de se transformar em seu contrário após certo tempo, ela se torna cada vez mais estável, porque gera um sentimento de plenitude que acaba constituindo um traço dominante do nosso temperamento no decorrer dos meses e dos anos. É essencialmente uma maneira de ser e um equilíbrio interior profundo, vinculados à compreensão justa do funcionamento da mente". Ele diz: "O desejo de riquezas e prazeres corre certamente o risco de se tornar, mais cedo ou mais tarde, fonte de tormentos para si e para os outros".
Lembrei-me do meu querido sábio filósofo Epicuro, que disse: "Uma vida cheia de ventura não é formada por uma sequência infinita de bebedeiras e banquetes, pelo gozo de belos mancebos ou de lindas mulheres, tampouco pelo saborear de deliciosos peixes ou de tudo que uma mesa cheia de guloseimas possa nos oferecer; mas, pelo contrário, somente pelo pensamento claro, que alcança a raiz de todos os desejos e de tudo o que se deve evitar e que afugenta a ilusão que abala a alma como se fora um tufão". Epicuro disse: "A vida de um justo é pouco perturbada por inquietações, a do injusto é cheia das maiores inquietações". O injusto está sempre inquieto, seja na vitória ou na derrota. Nada o faz feliz, digo eu.
Osho disse: "Quanto mais a pessoa é absorvida pela busca do prazer, mais ela está sofrendo... A pessoa precisa sentir prazer o tempo todo, porque sofre 24 horas por dia. Por isso não paramos de inventar aparelhos que nos divirtam. Isso prova o quanto o mundo é infeliz. Quem é feliz não procura diversão". Isso é duro para o ego, para os egos. Osho disse: "Quem gosta de ver prostitutas dançando, se fosse feliz fecharia os olhos e iria a outro lugar para ser absorvido por sua própria felicidade. Mas prefere vê-las dançar porque está sofrendo e quer esquecer o sofrimento. Em toda parte, as pessoas querem esquecer o sofrimento". Mas isso não é nada diante do que você vai ler. Você é forte? Deseja ser forte? Cuidado com o seu ego! O parágrafo a seguir é para quem é forte ou deseja sê-lo.
Osho disse: "Pessoas que bebem nos bares são infelizes". Isso não é nada duro. Leia mais: "O homem que reza e canta no templo também quer esquecer a sua agonia". Eis uma verdade na vida de muitos. Eu vi um vídeo no Facebook em que a pessoa diz agradecer, mas essa pessoa que diz agradecer revela o seu sofrimento. O rapaz do vídeo chora e diz que chora de alegria e emoção, mas ele deseja disfarçar o seu sofrimento. Ele mostra sofrimento. Talvez eu esteja errado nesta avaliação. Osho vai mais longe: "Por que uma pessoa feliz entraria num templo para cantar e rezar? Teria enlouquecido? Por que um homem feliz se ajoelharia de mãos postas diante de uma estátua? Quem é feliz quer esquecer a própria infelicidade e procura um jeito de fazer isso. Canta mantras como 'Rama, Rama' para esquecer o sofrimento. Ocupa-se de alguma coisa que ajude a esquecer sua dor". É claro que existem exceções. Muitas pessoas louvam a Deus por autêntica alegria. Vão a uma igreja para celebrar a vida e a felicidade e agradecer a Deus, mas muitas pessoas vão a uma igreja para esquecer o sofrimento. Não é errado ir. É apenas uma constatação o que Osho diz, o que eu também digo.
Osho diz: "É necessário consciência para ser feliz. É necessário intensidade para ser feliz. É necessário percepção para ser feliz. O mundo nunca pode ser feliz, porque ele não tem percepção. A sociedade não tem alma; só o homem a tem. Mas é muito difícil para o ego aceitar este fato... O ego é extremamente defensivo. O ego nunca está errado, e por isso você vive infeliz. O ego é sempre infalível, por isso você vive infeliz". Lembrei-me do ego da Igreja Católica, segundo o qual (ego) ou segundo a qual (a Igreja) o papa é infalível. Mas nenhum ser humano é infalível. É arrogância ao extremo e tolice considerar-se infalível ou considerar alguém infalível. Todo ser humano falha, em todos os aspectos, pois nenhum ser humano é Deus.
Eu poderia citar outros filósofos, mas existem muitos livros profundos sobre felicidade, e seria ingenuidade ou tolice desejar esgotar esse tema em um texto. Para não esquecer algo também muito importante que Aristóteles e Epicuro afirmam, eu digo com eles que a amizade é necessária para a felicidade.
Cito Epicuro: "O essencial para a nossa felicidade é a nossa condição íntima, e desta somos nós os amos", ou seja, somos os senhores da nossa condição íntima e da nossa felicidade. Mas, como disse Epicuro, "nada é suficiente para quem julgar o suficiente demasiadamente pouco". É Epicuro quem diz: "Muitos que alcançaram a riqueza não conseguiram um remédio contra seus males, mas apenas o trocaram por males ainda piores". Eu digo que muitos se suicidam mesmo sendo ricos. Muitos famosos se suicidam. Muitos entram em depressão, ou em síndrome do pânico. Não há dinheiro, fama, poder ou "beleza" que os livrem desses males. "O essencial é invisível aos olhos", segundo "O Pequeno Príncipe", e ele está certo.
Novamente, é o querido sábio Epicuro quem diz: "Cada um sai da vida do mesmo modo como se tivesse acabado de nascer". Novamente o filósofo do jardim: "Quem menos necessita do dia vindouro recebe-o com maior alegria". É dele: "O mais belo fruto da justiça é a paz da alma".
Existe um Ser Supremo. Eu tenho provas para mim mesmo. Eu não seria feliz sem o meu Criador na minha vida, nem teria nascido, pois não sou fruto do acaso, nem teria me livrado da infelicidade sem o Ser Supremo, pois eu era incapaz de me livrar de uma vida infeliz. O meu Criador me acompanha em cada respiração, onde quer que eu esteja. Ele está dentro de mim, à minha volta e em todo lugar. Eu vejo com os olhos espirituais. Eu sinto profundamente. Eu sei. Não é necessário provar a ninguém, e ninguém precisa acreditar em mim, pois quem é feliz de verdade não precisa da crença das pessoas. As crenças são prisões, pois elas impedem as pessoas de buscar, avançar, encontrar a verdade. A vida não é crença; é vivência, experiência.
Este texto foi produzido e escrito em Pastos Bons/MA, na manhã do dia 23 de novembro de 2020, por Domingos Ivan Barbosa.