MÃES NARCISISTAS - Parte I - PRECISAMOS FALAR SOBRE NARCISISMO MATERNO
Todo filho nasce com a necessidade universal de ser cuidado, nutrido, protegido, confortado e de se sentir amado e querido. Essas necessidades podem ser ou não atendidas em diferentes graus de acordo com o lar em que a criança nasceu. Uma figura essencial no desenvolvimento da criança na construção de sua autoestima, de sua autoimagem e de sua personalidade é, sem qualquer sombra de dúvida, a figura materna.
Ser mãe é uma missão muito linda. Mas falar sobre mães é por si só um tabu porque existe toda uma mística divina, sagrada, positiva, idealizada, romantizada, intocável que envolve o conceito de ser mãe. Afinal, mãe só tem uma. Gestar, parir, amamentar, dar colo, trocar as fraldas, dar banho, levar para a escola, levar ao médico, cuidar da casa, tudo isso são gestos de amor, certo? Afinal, mãe é mãe, faz tudo pelo filho, só quer o melhor para o filho, toda mãe ama o filho. Afinal, mãe é tudo igual.
Não. Mãe não é tudo igual, porque as pessoas não são iguais. Existem diferentes tipos de pessoas e quando essas pessoas diferentes se tornam mães, tornam-se diferentes tipos de mães. Alguns desses tipos são as Mães Narcisistas. E precisamos falar sobre o narcisismo materno e como ele afeta a infância, a personalidade, a autoimagem, a autoestima e o futuro dos filhos.
SENTINDO O NARCISISMO MATERNO
Certos filhos sentem já durante a infância que algo está errado em sua família, na construção de sua autoimagem, de sua autoestima e nas dinâmicas de afeto. Esses filhos percebem que a relação com a mãe é um tanto complicada. Não entendem qual a razão, mas percebem que a mãe apresenta uma série de comportamentos incômodos: um ciúme inexplicável para com outros parentes e amigos que tirem a atenção dela; uma convicção infundada de que existem pessoas conspirando contra ela; que ela prende demais os filhos em casa sob o pretexto de que ninguém lá fora é confiável ou que está à altura dos seus preciosos filhos; que ela decide tudo por eles, o que devem fazer ou não fazer, do que devem até mesmo gostar ou não gostar e ser ou não ser; que ela exige um padrão de competência impossível de ser alcançado; que ela está continuamente reclamando da vida, de que ninguém, sejam os pais dela, o marido ou os próprios filhos, nunca a valorizam ou a agradecem o suficiente; que ela se sente superior a todas as pessoas que conhece; que, sempre que contrariada, age como uma criança mimada, com ataques de birra e negação; que os filhos só são merecedores da atenção dela se fizerem o que ela quer; que ela mente ou esconde fatos quando deseja vangloriar-se de algo ou ridicularizar alguém; que ela faz os filhos sempre se sentirem culpados e inferiorizados; que ela está sempre espionando e invadindo a privacidade dos filhos; e que cada filho foi tratado de forma específica para atender alguma carência dela e nunca puderam ser eles mesmos.
Esses filhos sentiram ao longo da vida que a mãe os constrangia, manipulava, chantageava, controlava, inferiorizava e que recebiam castigos e retaliações absurdas pelo simples motivo de não terem atendido alguma demanda emocional que ela exigia. A sensação era de que viviam aprisionados sob uma atmosfera tensa, tóxica e sufocante. A sensação de terem sido amados confundia-se com a sensação de que esse amor era condicionado como prêmio apenas na medida em que a bajulassem e não a contrariassem. Percebem que o tratamento da mãe para com eles não muda com o passar do tempo, que ela os vê como eternas crianças e que o papel que ela definira para eles na infância permanece na vida adulta.
Todo este comportamento duradouro deveria ter um nome, esses filhos pensam. Até que, essa mãe que era antes vista apenas como competitiva, dramática, um tanto neurótica, eventualmente paranoica e possessiva demais, na verdade se enquadra no transtorno de personalidade narcisista. Esses filhos entendem agora que foram filhos de uma Mãe Narcisista. Mas por que essa mãe é assim? É sobre isso que falaremos neste ensaio.
ENTENDENDO A PESSOA POR TRÁS DA MÁSCARA
Antes de falarmos sobre Mães Narcisistas, devemos entender que toda mãe, antes de ser mãe, é uma pessoa. Com uma história. Com um passado. Uma pessoa que também já foi criança com as mesmas necessidades de ser nutrida, cuidada e querida. Durante seu desenvolvimento, também construiu sua autoestima, sua autoimagem, e, principalmente, sua personalidade.
Algumas personalidades são construídas sem grandes problemas, mas algumas personalidades são construídas sob um padrão duradouro de pensamento e de comportamento desajustados da realidade. Esse padrão desajustado com a realidade é chamado de transtorno de personalidade. Pessoas com transtorno de personalidade, portanto, apresentam uma identidade, uma autoimagem, emoções e comportamentos desajustados com a realidade, prejudicando seus relacionamentos interpessoais, tais como seus relacionamentos com parentes do próprio seio familiar, com colegas de escola, colegas de trabalho, com amigos, nos relacionamentos amorosos e, quando essas pessoas se tornam pais, seus relacionamentos para com seus filhos.
Quando uma pessoa com transtorno de personalidade forma uma família ao longo da vida, seu relacionamento com o cônjuge e com os filhos não será um relacionamento harmonioso e agradável. Pelo contrário, o ambiente familiar estará imerso em uma atmosfera negativa de desarmonia e conflitos. Um dos transtornos de personalidade que mais afeta a vida das pessoas ao seu redor, principalmente a vida dos filhos na construção de sua personalidade, autoestima e autoimagem, é o transtorno de personalidade narcisista.
Portanto, precisamos falar sobre narcisismo materno. Mas, afinal, o que é uma Mãe Narcisista? Como a relação que ela desenvolve com seus filhos impacta na autoestima e no futuro deles? Para isso precisamos entender primeiramente: o que é personalidade, quando e como ela é formada, quais estímulos geram harmonia com a Realidade e quais estímulos geram conflito com a Realidade; o que acontece quando a criança tem conflitos com a Realidade; o que são transtornos de personalidade; e como é uma pessoa com transtorno de personalidade narcisista. Após isso, podemos compreender: como é uma Mãe Narcisista? Quais suas fantasias? Quais suas táticas de manipulação? Como ela enxerga e trata cada filho? Quando se torna avó, como é uma Avó Narcisista? E, por fim, como conviver com um Narcisista ou sobreviver a ele? É o que veremos nas seções seguintes.
Este ensaio foi dividido em seis seções.
Nesta Parte I, falamos sobre a necessidade de se discutir sobre o narcisismo materno.
Na Parte II, falaremos sobre a construção da personalidade, os conflitos com a realidade e o transtorno de personalidade narcisista.
Na Parte III, falaremos sobre a Mãe Narcisista e suas fantasias.
Na Parte IV, falaremos sobre a Mãe Narcisista e suas táticas de manipulação.
Na Parte V, falaremos sobre como a Mãe Narcisista atribui a seus filhos papeis diferentes.
E na Parte VI, falaremos sobre algumas vias de convívio com a Mãe Narcisista.
Este é um assunto muito sério. O seio familiar é nossa primeira experiência no mundo. É no seio familiar que aprendemos valores, construímos nosso caráter, mas, principalmente, construímos nossa autoestima, nossa autoimagem e nossa personalidade que nos acompanhará pelo resto da vida em nossa relação com o próprio ser em si e em nossas relações sociais. Conhecermos a nós mesmos e sobre a construção de nossa personalidade, conhecer sobre a imagem que nossos pais fizeram de nós quando éramos indefesos e como isso afetou nossas vidas, reconhecer os abusos sofridos e compreendê-los, conhecer a própria força e o próprio valor para sermos pessoas melhores a cada dia, mais maduras, sábias e plenas é o verdadeiro sentido da vida.
PARA MAIORES INFORMAÇÕES
Por ser um ensaio, esta reflexão sobre narcisismo materno não tem a menor pretensão de fazer acusações levianas sobre o papel da mulher, da mãe ou apontar qual mãe é ou não narcisista, nem a menor pretensão de ser um estudo clínico ou psicanalítico. Ao contrário, a presente reflexão traz tão somente uma mera introdução informal ao tema com a finalidade de suscitar seu aprofundamento a quem tiver interesse.
Portanto, para maiores informações e maior aprofundamento ao tema, ao fim de cada seção deixamos links de sites e canais de vídeo para enriquecer seu conhecimento sobre o assunto sob o olhar profissional de especialistas e doutores. Boa pesquisa!
Portal “Manuais MSD”
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E-book “Prisioneiras do Espelho: Um guia de liberdade pessoal para filhas de mães narcisistas”, de Michele Engelke
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Vídeo “Carta ao Narcisista”
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Blog “Filhas de Mães Narcisistas”
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Blog “Verdade dita”
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Site “Psicologias do Brasil”
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Canal “Como superar Mães Narcisistas”
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Canal “Dra Cássia Rodrigues”
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Canal “Saúde Consciente”
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Canal “Sabedoria Emocional”
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Canal “Papo com Anahy D'Amico”
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Canal “Sobre a Vida”
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Canal “Taryana Rocha”
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Todo filho nasce com a necessidade universal de ser cuidado, nutrido, protegido, confortado e de se sentir amado e querido. Essas necessidades podem ser ou não atendidas em diferentes graus de acordo com o lar em que a criança nasceu. Uma figura essencial no desenvolvimento da criança na construção de sua autoestima, de sua autoimagem e de sua personalidade é, sem qualquer sombra de dúvida, a figura materna.
Ser mãe é uma missão muito linda. Mas falar sobre mães é por si só um tabu porque existe toda uma mística divina, sagrada, positiva, idealizada, romantizada, intocável que envolve o conceito de ser mãe. Afinal, mãe só tem uma. Gestar, parir, amamentar, dar colo, trocar as fraldas, dar banho, levar para a escola, levar ao médico, cuidar da casa, tudo isso são gestos de amor, certo? Afinal, mãe é mãe, faz tudo pelo filho, só quer o melhor para o filho, toda mãe ama o filho. Afinal, mãe é tudo igual.
Não. Mãe não é tudo igual, porque as pessoas não são iguais. Existem diferentes tipos de pessoas e quando essas pessoas diferentes se tornam mães, tornam-se diferentes tipos de mães. Alguns desses tipos são as Mães Narcisistas. E precisamos falar sobre o narcisismo materno e como ele afeta a infância, a personalidade, a autoimagem, a autoestima e o futuro dos filhos.
SENTINDO O NARCISISMO MATERNO
Certos filhos sentem já durante a infância que algo está errado em sua família, na construção de sua autoimagem, de sua autoestima e nas dinâmicas de afeto. Esses filhos percebem que a relação com a mãe é um tanto complicada. Não entendem qual a razão, mas percebem que a mãe apresenta uma série de comportamentos incômodos: um ciúme inexplicável para com outros parentes e amigos que tirem a atenção dela; uma convicção infundada de que existem pessoas conspirando contra ela; que ela prende demais os filhos em casa sob o pretexto de que ninguém lá fora é confiável ou que está à altura dos seus preciosos filhos; que ela decide tudo por eles, o que devem fazer ou não fazer, do que devem até mesmo gostar ou não gostar e ser ou não ser; que ela exige um padrão de competência impossível de ser alcançado; que ela está continuamente reclamando da vida, de que ninguém, sejam os pais dela, o marido ou os próprios filhos, nunca a valorizam ou a agradecem o suficiente; que ela se sente superior a todas as pessoas que conhece; que, sempre que contrariada, age como uma criança mimada, com ataques de birra e negação; que os filhos só são merecedores da atenção dela se fizerem o que ela quer; que ela mente ou esconde fatos quando deseja vangloriar-se de algo ou ridicularizar alguém; que ela faz os filhos sempre se sentirem culpados e inferiorizados; que ela está sempre espionando e invadindo a privacidade dos filhos; e que cada filho foi tratado de forma específica para atender alguma carência dela e nunca puderam ser eles mesmos.
Esses filhos sentiram ao longo da vida que a mãe os constrangia, manipulava, chantageava, controlava, inferiorizava e que recebiam castigos e retaliações absurdas pelo simples motivo de não terem atendido alguma demanda emocional que ela exigia. A sensação era de que viviam aprisionados sob uma atmosfera tensa, tóxica e sufocante. A sensação de terem sido amados confundia-se com a sensação de que esse amor era condicionado como prêmio apenas na medida em que a bajulassem e não a contrariassem. Percebem que o tratamento da mãe para com eles não muda com o passar do tempo, que ela os vê como eternas crianças e que o papel que ela definira para eles na infância permanece na vida adulta.
Todo este comportamento duradouro deveria ter um nome, esses filhos pensam. Até que, essa mãe que era antes vista apenas como competitiva, dramática, um tanto neurótica, eventualmente paranoica e possessiva demais, na verdade se enquadra no transtorno de personalidade narcisista. Esses filhos entendem agora que foram filhos de uma Mãe Narcisista. Mas por que essa mãe é assim? É sobre isso que falaremos neste ensaio.
ENTENDENDO A PESSOA POR TRÁS DA MÁSCARA
Antes de falarmos sobre Mães Narcisistas, devemos entender que toda mãe, antes de ser mãe, é uma pessoa. Com uma história. Com um passado. Uma pessoa que também já foi criança com as mesmas necessidades de ser nutrida, cuidada e querida. Durante seu desenvolvimento, também construiu sua autoestima, sua autoimagem, e, principalmente, sua personalidade.
Algumas personalidades são construídas sem grandes problemas, mas algumas personalidades são construídas sob um padrão duradouro de pensamento e de comportamento desajustados da realidade. Esse padrão desajustado com a realidade é chamado de transtorno de personalidade. Pessoas com transtorno de personalidade, portanto, apresentam uma identidade, uma autoimagem, emoções e comportamentos desajustados com a realidade, prejudicando seus relacionamentos interpessoais, tais como seus relacionamentos com parentes do próprio seio familiar, com colegas de escola, colegas de trabalho, com amigos, nos relacionamentos amorosos e, quando essas pessoas se tornam pais, seus relacionamentos para com seus filhos.
Quando uma pessoa com transtorno de personalidade forma uma família ao longo da vida, seu relacionamento com o cônjuge e com os filhos não será um relacionamento harmonioso e agradável. Pelo contrário, o ambiente familiar estará imerso em uma atmosfera negativa de desarmonia e conflitos. Um dos transtornos de personalidade que mais afeta a vida das pessoas ao seu redor, principalmente a vida dos filhos na construção de sua personalidade, autoestima e autoimagem, é o transtorno de personalidade narcisista.
Portanto, precisamos falar sobre narcisismo materno. Mas, afinal, o que é uma Mãe Narcisista? Como a relação que ela desenvolve com seus filhos impacta na autoestima e no futuro deles? Para isso precisamos entender primeiramente: o que é personalidade, quando e como ela é formada, quais estímulos geram harmonia com a Realidade e quais estímulos geram conflito com a Realidade; o que acontece quando a criança tem conflitos com a Realidade; o que são transtornos de personalidade; e como é uma pessoa com transtorno de personalidade narcisista. Após isso, podemos compreender: como é uma Mãe Narcisista? Quais suas fantasias? Quais suas táticas de manipulação? Como ela enxerga e trata cada filho? Quando se torna avó, como é uma Avó Narcisista? E, por fim, como conviver com um Narcisista ou sobreviver a ele? É o que veremos nas seções seguintes.
Este ensaio foi dividido em seis seções.
Nesta Parte I, falamos sobre a necessidade de se discutir sobre o narcisismo materno.
Na Parte II, falaremos sobre a construção da personalidade, os conflitos com a realidade e o transtorno de personalidade narcisista.
Na Parte III, falaremos sobre a Mãe Narcisista e suas fantasias.
Na Parte IV, falaremos sobre a Mãe Narcisista e suas táticas de manipulação.
Na Parte V, falaremos sobre como a Mãe Narcisista atribui a seus filhos papeis diferentes.
E na Parte VI, falaremos sobre algumas vias de convívio com a Mãe Narcisista.
Este é um assunto muito sério. O seio familiar é nossa primeira experiência no mundo. É no seio familiar que aprendemos valores, construímos nosso caráter, mas, principalmente, construímos nossa autoestima, nossa autoimagem e nossa personalidade que nos acompanhará pelo resto da vida em nossa relação com o próprio ser em si e em nossas relações sociais. Conhecermos a nós mesmos e sobre a construção de nossa personalidade, conhecer sobre a imagem que nossos pais fizeram de nós quando éramos indefesos e como isso afetou nossas vidas, reconhecer os abusos sofridos e compreendê-los, conhecer a própria força e o próprio valor para sermos pessoas melhores a cada dia, mais maduras, sábias e plenas é o verdadeiro sentido da vida.
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Por ser um ensaio, esta reflexão sobre narcisismo materno não tem a menor pretensão de fazer acusações levianas sobre o papel da mulher, da mãe ou apontar qual mãe é ou não narcisista, nem a menor pretensão de ser um estudo clínico ou psicanalítico. Ao contrário, a presente reflexão traz tão somente uma mera introdução informal ao tema com a finalidade de suscitar seu aprofundamento a quem tiver interesse.
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