O Conto da Vacina
Parece até pleonasmo, mas todos os políticos estão politizando a inexistente vacina do coronavírus. Inclusive (até mais) quem acusa os outros de fazê-lo.
Alguns governadores fecharam acordos para comprar vacinas, produzidas em tempo recorde, de diversos países, inclusive a suspeitíssima China.
Claramente, João Doria, querendo ser o protagonista da cura, atropelou a hierarquia, procedimentos e a racionalidade, querendo vender uma vacina inexistente, cara, tentando ser fabricada apressadamente, com métodos de testagem obscuros e estranhamente fornecida pela China - de onde saiu o vírus.
Doria, com sua desesperada oferta do tipo “nem pra mim, nem pra você”, me lembra os antigos estelionatários que vendiam terreno na Lua, o Pão de Açúcar, elixires milagrosos e aplicavam diversos golpes em incautos gananciosos.
Alguns golpes:
▪️lote na Lua: com a chegada do Homem à Lua, o próximo passo era povoar o satélite natural, e quem teve pressa, teve um grande prejuízo;
▪️Pão de Açúcar: quem não gostaria de morar em tão nobre endereço? Pensando nisso, o típico malandro carioca resolveu “facilitar” a vida dos ingênuos;
▪️elixir milagroso e tônico capilar: quase sempre, depois de reunir uma multidão de curiosos e vender algumas garrafas do inócuo líquido, o golpista fugia da localidade; e
▪️Esquema de Ponzi (pirâmide): sempre, como a utopia Comunista, algum esquema de pirâmide ressurge para enganar jovens gananciosos e desavisados.
O governador de São Paulo está obcecado por vacinar todos, como se este fosse o único propósito de sua vida. Ele lembra muito um vilão de história em quadrinhos, começando a demonstrar traços de insanidade, querendo, de qualquer jeito, injetar algo no braço da população. A imagem mais simpática que consigo fazer é o Ditadória fantasiado de Zé Gotinha, com um novo nome: o Vacinador Maluco.
João parece quando eu mal adquiria um bilhete da Mega-Sena e já começava a planejar o que faria com toda aquela fortuna. No sorteio, a queda da primeira bolinha fazia a realidade confiscar meus automóveis (Ferrari, Maserati e Lamborghini), imóveis e minha onírica generosidade.
Com a judicialização do caso, o “Pequeno Ditador” - que está cada vez mais parecido com o Tom Cavalcante imitando o João Doria - talvez consiga impor seu plano maluco. Lembrando: a vacina mais rápida, até hoje, foi aprovada em quatro anos. A da covid, com o veredicto de políticos ao contrário de médicos, será “aprovada” em meses.
Parece que João Doria incorporou um espírito de Oswaldo Cruz de barraquinha de camelô, querendo inocular à força o que, até agora, é somente água chinesa. O perigo é os governos Estadual e Federal “morrerem” com esse “elixir milagroso” estocado em algum depósito público ou a suposta vacina ocupar toda a residência do ex-apresentador de O Aprendiz.