Vislumbre

É uma sala branca.Olho tudo em volta para me pertencer,qual uma formiga no temporal.

Estou descalço,seguindo as regras.Regras que eu mesmo inventei,subindo as escadas.Algo para pertencer.

Ela,de lado,recostado a cabeça em janela aberta.Estático e desinteressado olhar mira a rua.

O seu sorriso fazem meus pés felizes.Acho que acertei.

Alongando o braço,apanha uma xícara.Então percebo outra que a fazia par.

Vou ao encontro,como um roseiral desordenado.Mas não

Porque temo meferir.É que perdôo minha estupidez por outras pétalas caídas.

Agora,mais perto,seu rosto descansado,revela em silêncio toda a atração que me faz rodeá-la...qual um satélite novato.

Debruço na janela,sabendo que não lhe atrapalho a visão.Pois,agora,nunca estivemos ali...e aqui,palavras não são necessárias.

Leon de RioAcima
Enviado por Leon de RioAcima em 27/10/2020
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