Vislumbre
É uma sala branca.Olho tudo em volta para me pertencer,qual uma formiga no temporal.
Estou descalço,seguindo as regras.Regras que eu mesmo inventei,subindo as escadas.Algo para pertencer.
Ela,de lado,recostado a cabeça em janela aberta.Estático e desinteressado olhar mira a rua.
O seu sorriso fazem meus pés felizes.Acho que acertei.
Alongando o braço,apanha uma xícara.Então percebo outra que a fazia par.
Vou ao encontro,como um roseiral desordenado.Mas não
Porque temo meferir.É que perdôo minha estupidez por outras pétalas caídas.
Agora,mais perto,seu rosto descansado,revela em silêncio toda a atração que me faz rodeá-la...qual um satélite novato.
Debruço na janela,sabendo que não lhe atrapalho a visão.Pois,agora,nunca estivemos ali...e aqui,palavras não são necessárias.