O coronelismo não acabou!

Quem vive no interior do interior desse Brasilzão sabe que em alguns lugares quem “manda” ainda são os coronéis, mas não são aqueles das antigas, a roupagem é outra, são os “prefeitéis”, que se sentem os donos da cidade, embora sejam eleitos para garantir ao povo o acesso aos serviços básicos como limpeza urbana, segurança, educação, saúde, entre outros, utilizam o acesso a tais serviços para conseguirem votos. O povo é marcado feito gado, o voto de cabresto persiste.

Mas o que eu quero contar é corriqueiro nas pequenas cidades mineiras com até 15 mil habitantes, posso dizer, pois conheço pelo menos dez cidades em que coisas inacreditáveis acontecem. Há relatos de uso indevido do dinheiro público, má conservação dos bens dos municípios e o mais grave ocorre na área da saúde. É comum ouvir relatos de pessoas que necessitam de uma consulta, exames médicos, remédios ou mesmo de uma ambulância e se sentem humilhadas pelos funcionários, pois estes dizem orientados a só autorizarem depois da solicitação ser feita diretamente ao prefeito. Na verdade, tudo isso se trata de uma questão política, de uma politicalha. E se a família for oposição é ainda pior, já que, nenhum serviço pode ser prestado a pessoas da oposição sem o aval do prefeito. Ou seja, o que alguns prefeitos fazem é barganhar votos. A situação é deprimente e os mais humildes são os que mais sofrem com tudo isso, pois não encontram outro recurso, e assim são obrigadas a implorar para conseguirem um mínimo de dignidade. É uma vergonha!