Leblon e Vila Madalena
Guilherme Boulos e Marcelo Freixo, o que eles têm em comum? Além de serem correligionários (PSOL) e ameaçarem com suas candidaturas São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente, são indicados e votados pelos mais ricos.
As recentes pesquisas apontam o óbvio: Guilherme Boulos está relativamente bem nas pesquisas eleitorais para prefeito. Quem alavanca o baderneiro é a elite paulistana. Parece lógico que os mais pobres não estão dando atenção para o discurso de políticas identitárias. Isso é demanda para quem tem como preocupação o último episódio daquela série da Netflix.
Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), é um notório invasor de propriedades. Quando um edifício torrou e desabou, matando uma pessoa, a atividade perdeu a graça. Apesar de lançar mão dos mesmos métodos, a ocupação foi realizada por outro grupo, segundo ele.
O dilema do invasor de propriedades que, como prefeito, terá que ordenar reintegrações de posse de terrenos e imóveis, bem como desobstruir ruas, avenidas e rodovias trancadas, com pneus incendiados, pelos camaradas do MST (Movimento Sem Terra) dá um nó na cabeça de qualquer um. O próprio conceito de função social da propriedade (está na Constituição) é muito subjetivo.
O radical chic está cheio de propostas para a cidade, como se fosse fácil. Eu até vejo um Boulos como Che Guevara vislumbrando um futuro igualitário, próspero e feliz. Mas, voltando à realidade, a prática mostrou que o candidato do PSOL é um agitador e manipulador de massas sociais vulneráveis, querendo infiltrar-se no comando “disso tudo” (Prefeitura).
Aquele que vota nos incendiários Boulos e Freixo por protesto não sabem diferenciá-los do Rinoceronte Cacareco, Macaco Tião ou Tiririca. O Tiririca (onde está?) é inócuo, a dupla do “quanto pior, melhor” é iníqua.
O que faz um “burguês” votar em uma ameaça real às instituições e à aparente normalidade da sociedade? Conhecidos como esquerda caviar, socialista de IPhone, esquerda festiva e beautiful people, esses rebeldes sem causa gostam de brincar de justiceiros sociais por culpa. Essa culpa pode ser explicada pela amplitude que separa os privilegiados dos que pouco, ou nada, possuem (desigualdade social). Mas isso é papo para psicologo ou psiquiatra.
Esse tipo de rebelde por procuração tem que achar um Boulos ou Freixo para flertar com o distúrbio civil, para fingir que enfrenta a autoridade. É viver plenamente o capitalismo, comprando o socialismo. Como? Com dinheiro compra-se uma calça jeans rasgada. A calça finge confrontos, amigos, brigas, paixões, protestos, viagens, ou seja, juventude vivida intensamente. As marcas conquistadas, o que só o tempo traz, podem ser adquiridas com o que só o dinheiro compra.
Guilherme Boulos e Marcelo Freixo são a calça jeans que já vem velha de guerra. O Boulos está na linha de frente tomando borrachada. Quem se orgulha de ter votado nele alguma vez, acha que cumpriu sua missão subversiva.
“Pensam como Marx, agem como Stalin e vivem como Rockefeller”
(Desconhecido)