O SUJEITO NÃO LOCADO EM SEU TEMPO

Fica nessas entrelinhas o meu total repúdio a modernidade; essa carapuça farsante em denigrir todo e qualquer valor moral, espiritual e intelectual. Onde rastejam por visibilidade do modo mais vil e repugnante possível, por quê é popular - e a estupidez se tornou produção à popularidade. Deu tudo errado na geração milênio - o mercado de trabalho, a visão distorcida por músicas (quanto mais barulho mais agradável). Leem propriamente para interesses acadêmicos, passeiam somente em ambientes climatizados artificialmente, sentem fetiche pela ciência, e não sabem nada do que aconteceu há 10 anos atrás.

Cria-se em tempos como esses os "falsos contemporâneos"; aonde me encaixo perfeitamente, fico confortável em estudar idade média, e me dá tristeza dessa paixão moderna inviolada, os do meu tempo se submete a tudo e a todos, sou o sujeito não locado em seu tempo. Claro que, visualizo o quanto de bom e belo em alguns anos a tecnologia nos trouxe mas, para o essencial tornamos tudo ao efêmero e nisso não morremos mais de velhice e sim: doidice, gordice e burrice. A demência de esperar um papel à dizer o que você pode ou não fazer, ou ser.

Matamos os séculos passados que agora nos serve apenas em estudos, dramatização, literatura e ao professor de História. Duvide da natureza humana. Percebe-se que o sujeito mais locado no atual é o menos preparado para a vida atual, por visíveis faltas em seu caráter pelo fato de pais estúpidos que almejam a idade do filho, promíscuos em total escala desde costumes na mesa a relações sexuais, inertes em qualquer forma de arte, preguiçosos em não dar beneficência ao serviço braçal e sem capacidade alguma para demonstrar seus sentimentos pela forma da escrita ou desenho; por isso mandam figurinhas e emoticons nos aplicativos de mensagens, quando escreve, escreve errado. Abreviaram a vida.

Você torna-se integralmente obsoleto a não ficar contente em viver no quadro descrito acima, peço aquém me lê e que duvida deste ensaio observe uma criança nos tempos de hoje e os idosos de amanhã: não os faltam nada, sabem tocar instrumentos sem obrigação, plantam sucesso ou memória, reflita a imagem de um lírio no meio dos cravos; nenhuma obra a vista de peso, e filhos não são bons negócios ao contemporâneo: títulos do século XXI e nada cabe a melhorar num próximo século. Somos feito de interação, uma gama psicológica abate toda a população, desde pragas a curas não informadas para sua civilização - nunca os estudos e interesses da psique foi tão comum e necessário num mundo ao qual vive de carboidratos ainda, e enxergam glútens e grãos como coisa boa. Enche o copo de vinho e a alma de cultura e arte, é mais viável.