Gestão do Conhecimento (empresarial): o que quer-se dizer com conhecimento?
Tema: Gestão da Tecnologia, Gestão do Conhecimento
O conhecimento indubitavelmente não é dado e nem informação. Há sim uma relação mútua e intrínseca entre ambos. As diferenças entre dado, informação e conhecimento, está no grau de complexidade de cada um. É muito relevante ter me mente a significância de cada um destes termos inicialmente abordados, pois há enorme confusão entre as suas definições e entendimentos, e isto significa em muitos casos, gastos em investimentos tecnológicos ,que não atingem o âmago da problemática dentro da organização. Não produzindo resultados almejados e gerando mais processos administrativos desnecessários.,
De forma singela e de cunho explicativo, podemos conceituar rapidamente os termos tratados inicialmente neste ensaio. Dado é uma informação “bruta”, “primitiva”, que foi inserida e ainda não foi processada por um determinado sistema, seja ele o cérebro humano ou um software computacional, um exemplo de dado é uma soma de numerais: 1 + 1 = 2. A informação é o estágio seguinte, onde os dados são processados de forma interpretativa, em que a somatória, 1 + 1 = 2, são o número de parcelas de uma compra. A informação dá cognoscibilidade ao dado. O estágio seguinte mais refinado é o conhecimento. O conhecimento consiste em apropriar-se da informação representada pelo dado “bruto”, possibilitando tirar conclusões. Seguindo a linha desta exemplificação onde: 1 + 1 = 2, são o número de parcelas de uma compra, nesta representação conhecimento significa, avaliar se este número de parcelas é interessante para alavancar as vendas. Conhecimento portanto, implica em deduzirmos (mentalmente ou computacionalmente), com base em dados informacionais, experiência e inspiração, conclusões elementares que extrapolarão a simples informação dada.
Entretanto é impossível conceituarmos planamente a significância de conhecimento, o seu entendimento e definição final é ainda relativo. O que temos é uma definição de caráter funcional, prática e aplicável para as áreas da Tecnologia da Informação e da Gestão do Conhecimento em si.
No âmbito das organizações, o conhecimento não reside apenas na mente dos colaboradores (indivíduos), mas sim em rotinas, processos, práticas de gestão e normas organizacionais. O conhecimento não é caracterizado como puro e simples, é sobretudo uma mistura de vários elementos, é intuitivo e difícil de ser delineado em palavras e terminações práticas e lógicas. O conhecimento faz morada na mente das pessoas, é carregado de complexidade e imprevisibilidade, podemos dizer que é uma manifestação humana. É sim verdadeiro que o conhecimento flui dentro da organização e pode ser de certa forma capturado por ela, e armazenado em bases de dados, processos e rotinas devidamente estruturados e concebidos brilhantemente para esta finalidade. O conhecimento produz-se em mentes humanas que trabalham.
A Gestão do Conhecimento, trabalha justamente na hercúlea tarefa de “gerir”, armazenar e disponibilizar conhecimento no âmbito da organização empresarial, governamental e educacional. Possibilitando que o conhecimento flua regularmente e de forma qualificada da mente das pessoas para os processos e rotinas da organização.
O conhecimento em ação dentro da organização, objetiva auxiliar e avaliar claramente o complexo processo de tomada de decisão, a eficiência mensurada no desenvolvimento de produções e oferta de serviços.
A produção desenfreada e desestrutura de dados, pode levar aos “des-conhecimento”, isto ocorre quando o processo é invertido. Os dados produzidos são excessivamente volumosos e nem chegam a serem interpretados para ascenderem ao estágio da informação e posterior geração de conhecimento. Dada a complexidade e volume dos dados, toda a cognoscibilidade e significância dos dados, perde-se em bancos de dados desestruturados.
É pertinaz portanto refletir a respeito da importância e significância do conhecimento para a organização na sua totalidade.
(Fonte: Conhecimento Empresarial – T. H. Davenport & L. Prusak)