E se...
E se...
E se tudo que fosse exato fosse falho
e se toda certeza não fosse plena
e se todo acaso fosse a melhor tradução da verdade
e se eu te dissesse que nunca foi, e se for, será tarde
Pra ponderar, se tocar do que passou
E ter uma atitude, provar que não sou só dor
Sou vontade, verdade, vida, completa
Que não se alimenta de restos, é repleta
E simplesmente passa como locomotiva no brabo dela, vida
Estraçalha personalidades nefastas, lida com o mal sem igual
Dá lição a quem precisa, com carga gigante a um sonso falso negligente
E depois disso tudo se mostra satisfeito e contente
Por ter apanhando mas aprendido a lidar com a vida como ninguém
Sem desdém, sem outrem, só eu e a vida, a vida e eu
Seguindo, indefinidamente, até o ocaso dela
Da vida.
Chico Piancó Neto, 12/08/20