Os Atomistas Gregos

Tema: Filosofia e Cosmologia

Leucipo e Demócrito, dois pensadores gregos de grande envergadura, conceberam a teoria do atomismo, no longínquo século V a.C. Demócrito foi indubitavelmente o mais proeminente dos dois pensadores. Entretanto Leucipo é de acordo com Aristóteles o mentor da teoria, uma figura caracterizada como nebulosa já na antiguidade, pouco sabe-se a seu respeito; já Demócrito, foi seu grande discípulo e quem alargou a teoria.

Os princípios físicos basilares da teoria atomista, instam os seguintes aspectos; diferentemente de Empédocles, Anaxágoras ou os milésios, postuladores de que as substâncias primárias compositoras do cosmo por exemplo: o ar, água e fogo, e os processos primários são as misturas das substâncias genitoras; para os atomistas, as coisas primárias, não são propriedades ou coias em si, e sim indivíduos físicos individualizados, e os processos primários, são a formação e dissolução desses indivíduos. É deveras relevante salientar que no tocante aos indivíduos físicos, estes não são observáveis, e as suas propriedades também permanecem inobserváveis.

Para os atomistas, os corpos físicos visíveis a olho nu, nada mais são do que agregados de indivíduos físicos básicos, e que por serem de tamanho ínfimo passam desapercebidos ao olhar. Os corpúsculos básicos (indivíduos físicos), têm característica indivisível, nominados de átomon, de significância “não cortável”; daí o nome moderno átomo. Os atomistas postulam que os átomos são indivisíveis por não terem vazio algum entre ambos, e caracterizados teoricamente como um espaço contínuo. A matéria portanto constitui-se de agregados de átomos, na qual formam um corpo físico visível.

Portanto para os atomistas, é vazio questionarmos a respeito “ o que separa um átomo do outro”, e em que eles se movem”. Obteremos como resposta nada, é um espaço contínuo e intercambiável.

Em linhas gerais a teoria atomista de Leucipo e Demócrito, é elegante, porém carece de maiores explicações teórica no tangente aos seus detalhes.

Pertinaz ao universo atomista, ele é, sem um propósito supremo. Tem contornos mecânicos e deterministas, onde todos os efeitos têm uma causa e não há causas sem um efeito gerador. O mundo, o cosmo existem e estão em movimento, devido às interações entre os átomos, não havendo princípio e nem fim.

(Fonte: Primórdios da Filosofia Grega – Org. A. A. Long)

Daniel Marin
Enviado por Daniel Marin em 03/08/2020
Reeditado em 05/08/2020
Código do texto: T7025540
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