Metáforas de Controle nos Procedimentos

Tema: Inteligência Artificial

As metáforas de controle, constituem-se em uma forma de centrar os meios por onde os procedimentos poderão vir a interagir. São pertinazes às estratégias explícitas ou implícitas de organização, onde as pessoas utilizar-se-iam para conseguir seus objetivos por exemplo.

A aparente complexidade de uma solução de um determinado problema, provêm mais do problema em si, do que da estruturação do sistema resolutor. Poder-se-á tomar por exemplo o andar de uma formiga num terreno com pedrinhas e obstáculos intransponíveis para o pequenino ser. A formiga anda de um lado para outro, em zigue-zague e circunda os objetos postos no terreno, o percurso parece-nos complicado e até intransponível. Entretanto a formiga consegue contornar os obstáculos e as dificuldades impostas pelo terreno vil. Essas ações da formiga, nominadas aqui, não são fruto de um intelecto superior e dotado de grande capacidade cognitiva; são na verdade, uma solução prática de problemas, adaptada para transpor um terreno cheio de obstáculos. Um solucionador de problemas simples, poderá sim promover um comportamento complexo, se o sistema interagir com ambientes complexos e que exigirão adaptabilidade.

Utilizar-se-á neste breve ensaio de cunho generalista, uma opção dotada de simplicidade e que gera ações complexas. O conceito básico e simples de um sistema denominado “MOVER”, caracterizado por uma ação, onde iremos para situações mais avançadas. Conforme segue:

MOVA A MÃO e ACHE ESPAÇO, serão dotados de funcionalidades de: MOVA DEVAGAR, MOVA DEPRESSA, ACHE O ESPAÇO VAZIO.

O verdadeiro ponto aqui é; não apenas dotar o sistema de ações com respostas básicas, mas que traga respostas diferentes e qualitativas para ações básicas de controle.

A fim de instrumentalizar o sistema proposto neste ensaio; o programa “MOVER”, dotado de um upgrade nas suas pontecialidades; tem a opção movimentar objetos (VER A MÃO), onde, “MOVA A MÃO DEVAGAR”, para objetos pesados; e “MOVA A MÃO DEPRESSA”, para objetos leves; além da opção de achar o espaço, onde há a funcionalidade “ACHE O ESPAÇO VAZIO”, para colocar o objeto fictício.

O sistema “MOVER”, utiliza os métodos acima detalhados para operar de forma simples e complexa. Isto se deve ao fato de que dota-o de funcionalidades que exponenciam a sua capacidade de operação. Pode-se ainda delimitar os níveis de limite entre um objeto caracteristicamente “pesado” e “leve”, a fim de refinar o sistema e torná-lo mais eficiente e elegante.

Definir-se-ão então as propriedades híbridas para o objeto a ser movido: “leve”, inferior ou igual a 10 quilogramas e “pesado”, superior à 11 quilogramas. Assim o sistema “MOVER” será dotado de mais uma potencialidade: “OBJETO A SER MOVIDO”, e que consequentemente terá às opções “LEVE” e “PESADO”.

Pronto! Temos um sistema fictício que move objetos delimitados como pesados e leves, em velocidades diferentes para cada caso, e coloca-os em espaços vazios identificados. O sistema fará testes, como: se objeto pesado, isto é, objeto com mais de 11 quilogramas, então mover devagar; se espaço vazio então colocar objeto, senão não colocar objeto.

(Fonte: Artificial Intelligence: Patrick Winston)