Argumentações e Analogias Lógicas
Tema: Lógica
Os argumentos constituem uma importante parte da lógica. Uma boa argumentação dá sustentação basilar e corrobora a premissa conclusiva de uma afirmação. O argumento é uma conclusão que mantém relações diretas com as provas iniciais e que vêm a confirmar às suas evidências insinuadas. Os argumentos são uma coleção de premissas que têm uma relação mútua, direta. A constituição total de um argumento, dá-se por meio de uma premissa conclusiva e uma ou mais premissas que são o seu sustentáculo, formam as provas.
Exemplificamos um argumento conforme segue:
1. Faz vento intenso;
2. Os ramos das árvores agitam-se intensamente;
3. Pássaros em revoada;
4. No céu nuvens “escuras” em movimento;
5. Aproxima-se uma tempestade.
Neste argumento exemplificador e de cunho explicativo, consiste em cinco enunciados, ou seja, premissas, sendo quatro delas que objetam dar suporte à quinta que consiste na conclusiva. Em teoria, as premissas de um argumento, devem apresentar provas corroborativas à conclusão final, dando sentido a mesma.
Em lógica a analogia, é largamente usada em argumentos de caráter indutivo. Os argumentos indutivos, tiram conclusões que não estão representadas claramente nas suas premissas, mas que dão a entender, sob forma de suposição.
A analogia consiste em, basicamente comparar objetos que têm certa semelhança na sua constituição em alguns aspectos. E julgar que por serem objetos semelhantes em alguns aspectos apenas, inferirmos que são semelhantes na sua totalidade.
Exemplificamos à analogia abaixo:
1. Objetos do tipo A têm as propriedades H e C;
2. Objetos do tipo B têm as propriedades H e C;
3. Objetos do tipo A têm a propriedade Z;
4. Objetos do tipo B têm a propriedade Z;
Utilizamos aqui valores variáveis para definirmos os objetos para fins de comparação analógica (A e B); bem como para as propriedades (H, C e Z). A analogia funciona da seguinte forma; tem-se a certeza que os objetos A e B, possuem as mesmas propriedades/características, então se o objeto A é dotado da propriedade Z, então por analogia o objeto B também será dotado da propriedade Z, uma vez que é igualitário ao objeto A, nas demais propriedades características.
A analogia trabalha com um grau de incerteza e é baseada na possibilidade cega de que existindo algumas semelhanças entre objetos, necessariamente conclua-se com premissa que as demais características que não foram comparadas sejam idênticas.
(Fonte: Lógica – Wesley C. Salmon)