Coletividade no Socialismo! Ou um retorno ao esquema Feudal?

A questão da propriedade privada, suscita uma série de digressões oportunas. Enfatizando que; a sua preservação, é sumariamente uma garantia e premissa do respeito as liberdades individuais, uma característica liberalista e expressamente necessária numa democracia moderna.

Concernente as questões que rondam a propriedade no sistema Socialista, há indubitavelmente que destacarmos alguns aspectos no mínimo, curiosos e que despertam certa estranheza.

A propriedade socialista, é concebida na forma teórica, como um bem comum, a ser explorado em prol de toda a sociedade. Falando em linguajar direto, “de todos os cidadãos, onde todo mundo é dono”. Entretanto na realidade “nua e crua”, onde a teoria deixa de imperar, e ganha domínio a práxis socialista, temos uma certa deturpação. Ou seria uma fraqueza no instinto social, onde o Capitalismo sórdido, tomaria de assalto a mente dos “líderes socialistas”, e os aprisionassem na gana do Capital?

O fato é que transladando para o “mundo real”, à propriedade socialista corporifica-se como uma inescrupulosa apropriação oportuna dos meios de produção, por parte do dirigente do partido. Semelhantemente ao esquema Feudal, mais explicitamente falando, seguindo uma estrutura tal qual a que o Clero empregava naqueles tempos. Esquema este em que o senhorio, assentava-se confortavelmente no topo da “pirâmide” como senhor suserano. E o servo (vassalo), labutava dia após dia, numa propriedade nominalmente coletiva, mas que na verdade era controlada pelo Clero (suserano), na qual usufruía do trabalho servil. A propriedade tem serventia para o líder socialista e sua trupe, para a utilização pessoal, como no Capitalismo, e objetivando também a distribuição de favores, com vistas a consolidar e ampliar o poder.

O ordeiro e utópico mundo social-comunista, nada mais é do que o retorno maldito ao feudalismo. Onde os seus dirigentes são os novos senhores, os novos burgueses podemos assim dizer. Os membros do partido caracterizam-se como oportunistas, que fazem uso deleitoso dos prazeres do Capitalismo, assenhorando-se de toda uma estrutura, e promovendo para com seus súditos, uma pregação de igualdade e justiça social, totalmente vazia e irreal.

(Fonte: Os Verdadeiros Pensadores do Nosso Tempo – Guy Sorman Org. - Milovan Djilas)

Daniel Marin
Enviado por Daniel Marin em 15/07/2020
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