Algumas colocações a respeito do Socialismo e Comunismo Crítico-Utópico
Com o colapso da Sociedade Feudal, houveram tentativas da afirmação da classe proletária. Entretanto o conceito pleno de capital e classe, ainda era incipiente, e havia notavelmente uma ausência de condições materiais para a sua libertação. A concretização ocorreu em um momento posterior, com a afirmação da classe burguesa, a verdadeira detentora dos bens de produção.
O antagonismo das classes, burguesa e proletária, aumenta na mesma proporcionalidade em que a indústria se desenvolve e ganha corpo, gestando o proto-capitalismo. Há então um cisma, uma tensão crítica constante entre as classes divergentes, o burguês de um lado e o proletário do outro. As condições, tanto conceituais como práticas, na qual ensejam buscar a libertação e a independência da classe proletária, ante o jugo capitalista burguês, repousam no seio de uma ciência social, dotada de capacidade e detentora de potencial para criar as condições pertinazes e necessárias.
Do ponto de vista da atuação social, ela deve ser suplantada pela capacidade inventiva humana, e uma organização sistemática e progressiva do proletariado em classe definida.
O objetivo claro e límpido da luta de classes, tangente às questões utópicas da teoria, são indubitavelmente melhorar de forma real e concisa as condições de vida da sociedade na sua totalidade. Abrangendo todas as classes na qual a própria sociedade gerou e segregou, e isso incluí também os mais favorecidos. Portanto a luta de classes objetiva uma melhoria social e de convívio do ser humano, por meio de um constructo humanitário e sem distinções, buscando equalizar e igualar os dominadores e dominados.
A sociedade do futuro, uma construção fantástica onde há a reconfiguração e reorganização social, igualando as classes e promovendo a partilha fraterna.
A relevância e a teorização do socialismo e do comunismo crítico-utópico, por parte de seus iniciadores, não se manifesta na prática. Com o avanço da luta de classes, é deixado de lado está visão classificada pelos discípulos como fantástica, e suplantada pelo surgimento de seitas reacionárias. Arraigadas sim à visão utópica dos mestres fundadores, mas com um viés e interesse pessoal de projetos de poder e dominação.
(Fonte: Manifesto do Partido Comunista – Karl Marx e Friedrich Engels)