Raso

De pé,na plataforma,meu peito sentia o que a lógica não me explicava!

Meus olhos seguiam aquelas linhas e,incrédulos se apertavam,com a mesma força que minhas mãos à carta!

Uma carta!Entregue por um garoto que vendia jornal na estação!

Essa foi a forma para que ela terminasse nosso noivado!

Me sentei no banco daquela estação,tirei meu chapéu,e minha boca seca e amarga balbuciou"-Rosa!?"

Com ajuda de desconhecidos,que me viram pálido,me levantei.Deixando no banco as flores que eram pra Rosa!

Caminhei lentamente,como um palhaço sem público,sem circo.

O vento parecia querer me entreter,tamanha a violência em meu sobretudo.

Assim segui...em outros tempos...eram outros tempos.