O CÍRCULO SE FECHA
JB Xavier
Sempre fui impulsionado pelo desejo de compartilhar visões positivas sobre a vida. Não obstante, não me é possível passar em silêncio por alguns acontecimentos que mudaram a face do mundo nos tempos recentes.
Por "tempos recentes" refiro-me aos fatos que eu próprio pude alcançar e testemunhar.
Nas últimas 5 décadas, tanto no campo social quanto no militar, no religioso ou no científico, aconteceram não apenas evoluções, mas revoluções, que transformaram para sempre a maneira como percebemos a nós próprios e tudo o que nos rodeia.
Apenas para ficar num exemplo de cada um: No campo social houve o advento do Rock’n Roll. Nem preciso comentar a revolução que isso causou nos usos e costumes mundiais. No militar houve invasões de países, subida ao poder de déspotas num ritmo e escala semelhantes aos tempos bárbaros e a militarização generalizada das nações em escala jamais vista. No religioso houve o advento do recrudescimento do islamismo radical, cujo agente foi o Ayatollah Ruhollah Khomeini, (17 de Maio de 1900 - 3 de Junho de 1989) um fundamentalista clerical Xiita iraniano, que estava exilado na frança. No científico houve avanços tão espetaculares que eram absolutamente imprevisíveis há algumas décadas, como a conquista da Lua, os transplantes de órgãos, a informática, o mapeamento do genoma humano etc, etc, etc.
Ora! Era de se esperar que em um mundo assim, vertiginosamente progressista, as mazelas e as benesses criadas pela humanidade se equilibrassem e tornassem o planeta um lugar melhor para se viver. É o que todos esperamos do progresso.
Mas, sejamos, francos. Há algo errado nesse sistema cartesiano de perceber e compreender o mundo. Para os mais atentos, sempre que avançamos na montagem do quebra-cabeça “humanidade” parece que algumas peças simplesmente não se encaixam! Volta e meia algo acontece que implode o aparente “avanço” que a humanidade parecia ter conseguido.
A “limpeza étnica” dos Bálcãs, ou de Sadam Hussein com os curdos, por exemplo trouxeram de volta a estupidez nazista; o surgimento de movimentos radicais como o Al Qaeda de Bin Laden, que acabou desembocando no atentado terrorista que pôs abaixo o World Trade Center, em Manhattan, nos Estados Unidos, a energia atômica em lento, mas progressivo descontrole, a recente crise financeira americana, tudo isso, embora pareçam fatos isolados e sem conexão entre si, são de fato, pedaços do mesmo mosaico, peças do mesmo quebra-cabeça.
E o que torna esses fatos tão significativos, mais até que tantos outros registrados pela longa história humana, alguns ainda mais aterrorizantes, como a Inquisição da Idade Média?
Simples. Os fatos do passado, tinham como única conexão entre si, apenas a condição humana belicosa, individualista e imperfeita, mas estavam separados por vastos espaços no tempo e principalmente no espaço. A queima de “hereges’” nas fogueiras da Idade Média, por exemplo, não afetava em nada a vida do chinês ou do mongol que vivia sob o tacão de Gengis Khan. Aliás, um sequer sabia da existência do outro!
Na atualidade, o planeta transformou-se numa enorme aldeia onde já não é mais possível fazer nada que não seja percebido por todos, em tempo real! Hoje por exemplo o ocidente sabe, “horrorizado” que ainda se castram mulheres no extremo oriente, mas não se horrorizam pelos mineiros que trabalham nas minas de diamante ou de carvão em condições subumanas, ou pelos miseráveis párias que perambulam pelas ruas de suas envidraçadas cidades moderníssimas!
John Lennon tinha razão: “O sonho acabou” – disse ele. Mas nem ele percebeu a extensão do que disse! O sonho a que ele se referia era o das mudanças para um mundo melhor através da juventude dos anos 60 e de suas idéias revolucionárias para época.
De fato o sonho que acabou é de abrangência muito maior! Acabou o sonho de uma humanidade justa, acabou a esperança de que a humanidade se livre dos Sete Pecados Capitais: a Avareza, a Gula. A Inveja, a Ira, a Luxúria, a Preguiça e a Soberba, aliás, muito bem relacionados pelo cristianismo.
Mas coube ao budismo, na pessoa de seu líder o Dalai Lama, sintetizar o que isso realmente significa. Disse ele:
“O que me entristece nos homens é ver que eles gastam a saúde para ganhar dinheiro. Depois gastam o dinheiro para recuperar a saúde, e vivem como se nunca fossem morrer, e morrem como se nunca tivesse vivido!”
De tal forma a sociedade humana tornou-se hedonista, que nem mesmo a lenda de Narciso é suficiente para descrever sua condição megalomaníaca, paradoxal pela própria natureza falha e condição limitada do ser humano.
Esse hedonismo nos leva na maior parte do tempo, a nos tornarmos inconscientes de nós próprios, preocupados apenas em conjugar o verbo “ter” quando deveríamos promover nosso desenvolvimento interno conjugando o verbo “ser”.
E por não saber fazer isso, a humanidade acaba por perceber a realidade que a cerca através de uma cortina de fumaça que embota o raciocínio e a faz se desviar a atenção dos aspectos verdadeiramente importantes da questão.
Penso que está em curso uma acelerada mudança na ordem social, em escala mundial. Dirão alguns que estou chovendo no molhado, que sempre houve mudanças na ordem social , como se pode facilmente conferir nos livros de História. Concordo com eles. Porém , penso que três fatores, diferenciam a atual mudança, de suas similares anteriores: A intensidade, a escala de abrangência e a velocidade.
- Intensidade
- Escala
- Velocidade.
Estes são os três elos de uma mortal corrente que alimenta a mudança de paradigmas a que me refiro, e segue aparentemente inexorável, imune, por assim dizer, aos nossos esforços para refreá-la.
Digo “refreá-la” porque no comportamento humano estão embutidos dois aspectos antagônicos: O primeiro, é inerente à própria natureza do homem. Por ser parte do todo, ele tem que seguir os ditames universais de todo ser vivo: Nascer, crescer, definhar e morrer. O segundo tem origem cultural, e foi absorvido através dos milênios de luta sem tréguas do homem em busca da subversão do primeiro, como forma de prover sua segurança e conforto.
Assim, enquanto nossa natureza mais íntima nos impele às mudanças, nossa insegurança intrínseca nos compele a resistir a elas, num baldado esforço de garantir as conquistas já efetuadas.
O embate constante dessas duas forças antagônicas, nos lança num cabo de guerra psicológico onde nos debatemos entre o velho e o novo, num sofrimento sem fim.
Alheios às nossas habilidades, ou à falta delas, para lidar com as mudanças, os fatos seguem seu curso, atropelando os que vacilam em compreende-los ou se negam a interagir com eles. O ataque ao World Trade Center demonstra a que ponto chegou nossa falta de compreensão holística. Compreendendo o todo, não é muito difícil saber que algo se rompeu no tecido social universal, e que, portanto, deve-se – se for possível usar essa expressão - esperar pelo inesperado.
Vários princípios básicos de moral e ética também mudaram, ao ponto de se tornarem irreconhecíveis, segundo os cânones pelos quais sempre foram medidos. O raciocínio terrorista, por exemplo, transformou a morte em massa não mais numa tragédia, mas numa causa! Matar uma pessoa é vil assassinato, mas matar dezenas delas é defender uma bandeira e, conforme o caso, o assassino, às vezes, recebe honrarias.
De nada vale o raciocínio ético de que não há religião séria que pregue o extermínio humano. Uma vez encontrada a desculpa ideal, como “guerra santa” etc. todos os atos violentos cometidos em nome de uma divindade passam a ser lícitos.
As pessoas mudaram. Os meios estão disponíveis para levá-las de um lado a outro do planeta em questão de horas ou para fabricar artefatos de destruição em massa. Esses dois fatores bastam para antever que outras barbaridades acontecerão.
O hedonismo que o avanço científico possibilitou levou a humanidade a pensar que melhorando as coisas ao redor das pessoas, se melhoram as próprias pessoas.
Em outro artigo, cujo título é “As pessoas, não as Coisas, São os Agentes de Transformação”, tento esclarecer que de nada adianta transformar o cenário ao redor das pessoas, melhorando suas vidas materiais, se nada se fizer para satisfazê-las emocionalmente.
Atualmente há excesso de informação, mas escasseia a formação. E, por faltar formação, as pessoas se deformam. Na falta de esclarecimentos, elas buscam explicações esotéricas, e abrigam-se na religião, onde aceitam sem discutir os dogmas que lhes são impostos, numa fé cega, cuja cegueira é, ela mesma, o atestado maior de que a capacidade de análise se esvaiu.
As mudanças atuais são diferentes das mudanças do passado distante, porque são emblemáticas. Elas estão criando não somente uma “nova humanidade”. Essa nova humanidade não é necessariamente melhor, mas é, invariavelmente mais carente.
Como disse Shakespeare: “Há algo de podre no reino da Dinamarca!” Eu diria: “Há algo de podre no mundo!”
Corremos contra o relógio na missão de melhorar o mundo, mas ainda estamos longe de chegar lá.
Há um rumor surdo sob nossos pés, como um prenúncio de terremoto. Em algumas partes do mundo ele já aconteceu, como em Manhattan, na fatídica manhã de onze de setembro de 2001 ou na China em dezembro de 2019, onde um gênio em forma de vírus escapou da garrafa, matou centenas de milhares de pessoas e infectou o mundo, fazendo o planeta parar por quase um semestre, devastando os progressos obtidos a duras penas nas últimas décadas.
* * *
JB Xavier
Sempre fui impulsionado pelo desejo de compartilhar visões positivas sobre a vida. Não obstante, não me é possível passar em silêncio por alguns acontecimentos que mudaram a face do mundo nos tempos recentes.
Por "tempos recentes" refiro-me aos fatos que eu próprio pude alcançar e testemunhar.
Nas últimas 5 décadas, tanto no campo social quanto no militar, no religioso ou no científico, aconteceram não apenas evoluções, mas revoluções, que transformaram para sempre a maneira como percebemos a nós próprios e tudo o que nos rodeia.
Apenas para ficar num exemplo de cada um: No campo social houve o advento do Rock’n Roll. Nem preciso comentar a revolução que isso causou nos usos e costumes mundiais. No militar houve invasões de países, subida ao poder de déspotas num ritmo e escala semelhantes aos tempos bárbaros e a militarização generalizada das nações em escala jamais vista. No religioso houve o advento do recrudescimento do islamismo radical, cujo agente foi o Ayatollah Ruhollah Khomeini, (17 de Maio de 1900 - 3 de Junho de 1989) um fundamentalista clerical Xiita iraniano, que estava exilado na frança. No científico houve avanços tão espetaculares que eram absolutamente imprevisíveis há algumas décadas, como a conquista da Lua, os transplantes de órgãos, a informática, o mapeamento do genoma humano etc, etc, etc.
Ora! Era de se esperar que em um mundo assim, vertiginosamente progressista, as mazelas e as benesses criadas pela humanidade se equilibrassem e tornassem o planeta um lugar melhor para se viver. É o que todos esperamos do progresso.
Mas, sejamos, francos. Há algo errado nesse sistema cartesiano de perceber e compreender o mundo. Para os mais atentos, sempre que avançamos na montagem do quebra-cabeça “humanidade” parece que algumas peças simplesmente não se encaixam! Volta e meia algo acontece que implode o aparente “avanço” que a humanidade parecia ter conseguido.
A “limpeza étnica” dos Bálcãs, ou de Sadam Hussein com os curdos, por exemplo trouxeram de volta a estupidez nazista; o surgimento de movimentos radicais como o Al Qaeda de Bin Laden, que acabou desembocando no atentado terrorista que pôs abaixo o World Trade Center, em Manhattan, nos Estados Unidos, a energia atômica em lento, mas progressivo descontrole, a recente crise financeira americana, tudo isso, embora pareçam fatos isolados e sem conexão entre si, são de fato, pedaços do mesmo mosaico, peças do mesmo quebra-cabeça.
E o que torna esses fatos tão significativos, mais até que tantos outros registrados pela longa história humana, alguns ainda mais aterrorizantes, como a Inquisição da Idade Média?
Simples. Os fatos do passado, tinham como única conexão entre si, apenas a condição humana belicosa, individualista e imperfeita, mas estavam separados por vastos espaços no tempo e principalmente no espaço. A queima de “hereges’” nas fogueiras da Idade Média, por exemplo, não afetava em nada a vida do chinês ou do mongol que vivia sob o tacão de Gengis Khan. Aliás, um sequer sabia da existência do outro!
Na atualidade, o planeta transformou-se numa enorme aldeia onde já não é mais possível fazer nada que não seja percebido por todos, em tempo real! Hoje por exemplo o ocidente sabe, “horrorizado” que ainda se castram mulheres no extremo oriente, mas não se horrorizam pelos mineiros que trabalham nas minas de diamante ou de carvão em condições subumanas, ou pelos miseráveis párias que perambulam pelas ruas de suas envidraçadas cidades moderníssimas!
John Lennon tinha razão: “O sonho acabou” – disse ele. Mas nem ele percebeu a extensão do que disse! O sonho a que ele se referia era o das mudanças para um mundo melhor através da juventude dos anos 60 e de suas idéias revolucionárias para época.
De fato o sonho que acabou é de abrangência muito maior! Acabou o sonho de uma humanidade justa, acabou a esperança de que a humanidade se livre dos Sete Pecados Capitais: a Avareza, a Gula. A Inveja, a Ira, a Luxúria, a Preguiça e a Soberba, aliás, muito bem relacionados pelo cristianismo.
Mas coube ao budismo, na pessoa de seu líder o Dalai Lama, sintetizar o que isso realmente significa. Disse ele:
“O que me entristece nos homens é ver que eles gastam a saúde para ganhar dinheiro. Depois gastam o dinheiro para recuperar a saúde, e vivem como se nunca fossem morrer, e morrem como se nunca tivesse vivido!”
De tal forma a sociedade humana tornou-se hedonista, que nem mesmo a lenda de Narciso é suficiente para descrever sua condição megalomaníaca, paradoxal pela própria natureza falha e condição limitada do ser humano.
Esse hedonismo nos leva na maior parte do tempo, a nos tornarmos inconscientes de nós próprios, preocupados apenas em conjugar o verbo “ter” quando deveríamos promover nosso desenvolvimento interno conjugando o verbo “ser”.
E por não saber fazer isso, a humanidade acaba por perceber a realidade que a cerca através de uma cortina de fumaça que embota o raciocínio e a faz se desviar a atenção dos aspectos verdadeiramente importantes da questão.
Penso que está em curso uma acelerada mudança na ordem social, em escala mundial. Dirão alguns que estou chovendo no molhado, que sempre houve mudanças na ordem social , como se pode facilmente conferir nos livros de História. Concordo com eles. Porém , penso que três fatores, diferenciam a atual mudança, de suas similares anteriores: A intensidade, a escala de abrangência e a velocidade.
- Intensidade
- Escala
- Velocidade.
Estes são os três elos de uma mortal corrente que alimenta a mudança de paradigmas a que me refiro, e segue aparentemente inexorável, imune, por assim dizer, aos nossos esforços para refreá-la.
Digo “refreá-la” porque no comportamento humano estão embutidos dois aspectos antagônicos: O primeiro, é inerente à própria natureza do homem. Por ser parte do todo, ele tem que seguir os ditames universais de todo ser vivo: Nascer, crescer, definhar e morrer. O segundo tem origem cultural, e foi absorvido através dos milênios de luta sem tréguas do homem em busca da subversão do primeiro, como forma de prover sua segurança e conforto.
Assim, enquanto nossa natureza mais íntima nos impele às mudanças, nossa insegurança intrínseca nos compele a resistir a elas, num baldado esforço de garantir as conquistas já efetuadas.
O embate constante dessas duas forças antagônicas, nos lança num cabo de guerra psicológico onde nos debatemos entre o velho e o novo, num sofrimento sem fim.
Alheios às nossas habilidades, ou à falta delas, para lidar com as mudanças, os fatos seguem seu curso, atropelando os que vacilam em compreende-los ou se negam a interagir com eles. O ataque ao World Trade Center demonstra a que ponto chegou nossa falta de compreensão holística. Compreendendo o todo, não é muito difícil saber que algo se rompeu no tecido social universal, e que, portanto, deve-se – se for possível usar essa expressão - esperar pelo inesperado.
Vários princípios básicos de moral e ética também mudaram, ao ponto de se tornarem irreconhecíveis, segundo os cânones pelos quais sempre foram medidos. O raciocínio terrorista, por exemplo, transformou a morte em massa não mais numa tragédia, mas numa causa! Matar uma pessoa é vil assassinato, mas matar dezenas delas é defender uma bandeira e, conforme o caso, o assassino, às vezes, recebe honrarias.
De nada vale o raciocínio ético de que não há religião séria que pregue o extermínio humano. Uma vez encontrada a desculpa ideal, como “guerra santa” etc. todos os atos violentos cometidos em nome de uma divindade passam a ser lícitos.
As pessoas mudaram. Os meios estão disponíveis para levá-las de um lado a outro do planeta em questão de horas ou para fabricar artefatos de destruição em massa. Esses dois fatores bastam para antever que outras barbaridades acontecerão.
O hedonismo que o avanço científico possibilitou levou a humanidade a pensar que melhorando as coisas ao redor das pessoas, se melhoram as próprias pessoas.
Em outro artigo, cujo título é “As pessoas, não as Coisas, São os Agentes de Transformação”, tento esclarecer que de nada adianta transformar o cenário ao redor das pessoas, melhorando suas vidas materiais, se nada se fizer para satisfazê-las emocionalmente.
Atualmente há excesso de informação, mas escasseia a formação. E, por faltar formação, as pessoas se deformam. Na falta de esclarecimentos, elas buscam explicações esotéricas, e abrigam-se na religião, onde aceitam sem discutir os dogmas que lhes são impostos, numa fé cega, cuja cegueira é, ela mesma, o atestado maior de que a capacidade de análise se esvaiu.
As mudanças atuais são diferentes das mudanças do passado distante, porque são emblemáticas. Elas estão criando não somente uma “nova humanidade”. Essa nova humanidade não é necessariamente melhor, mas é, invariavelmente mais carente.
Como disse Shakespeare: “Há algo de podre no reino da Dinamarca!” Eu diria: “Há algo de podre no mundo!”
Corremos contra o relógio na missão de melhorar o mundo, mas ainda estamos longe de chegar lá.
Há um rumor surdo sob nossos pés, como um prenúncio de terremoto. Em algumas partes do mundo ele já aconteceu, como em Manhattan, na fatídica manhã de onze de setembro de 2001 ou na China em dezembro de 2019, onde um gênio em forma de vírus escapou da garrafa, matou centenas de milhares de pessoas e infectou o mundo, fazendo o planeta parar por quase um semestre, devastando os progressos obtidos a duras penas nas últimas décadas.
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