"Quem mal lê” está à margem da interpretação
ENSAIO ACADÊMICO
Tema: A importância de se integrarem ações que promovam a formação de leitores no ambiente escolar.
“Quem mal lê” está à margem da interpretação
Por: Bognar Ronay
Os indicadores apontam que uma vasta quantidade de estudantes que concluem o Ensino Médio possuem uma drástica deficiência em leitura e interpretação, porém a raiz do problema não é exatamente nesse nível, mas sim no Ensino Fundamental em que a base primária é formada. Nessa premissa, constitui-se de grande relevância um olhar mais atento para essa fase a fim de minimizar esse nefasto abismo entre o aluno e a leitura, já que a ausência dessa desenvoltura incide em todas as áreas da vida do cidadão.
Monteiro Lobato, grande expoente da literatura brasileira, postula que: “Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê”, não é por acaso que o poeta e escritor inicia a prerrogativa a prerrogativa evidenciando a questão da leitura, pois ao se posicionar dessa maneira deixa pressuposto que as demais ocorrências precedem a da leitura.
Todas as disciplinas servem se da leitura, portanto é inegável a necessidade de se investir mais nela desvinculando a ideia de que essa prática é de responsabilidade exclusiva do professore de Língua Portuguesa. Por vezes, é possível que tenha ocorrido de o professor se esmerar com seus alunos na tentativa de resolução de questões inerentes à disciplina que leciona e não lograr o êxito esperado e os estudantes não conseguirem compreender ou interpretar o fato proposto. Isso, leva a pensar que se faz necessário abordagens diferentes a fim de que os resultados também sejam positivos.
Sobre essa temática, Albert Einstein diz que: “Fazer as mesmas coisas sempre e esperar resultados diferentes é a pura prova de insanidade mental”, logo se conclui desse fato que há a necessidade de um “reinventar” didático que contemple novas dimensões, sendo isso não só uma mera obrigação do professor de Língua Portuguesa, mas de uma ação conjunta que envolva todos os Profissionais da Educação.
Indubitavelmente, o trabalho com a leitura produzirá bons resultados. Para Mário Quintana, “Os livros não mudam o Mundo, quem muda o Mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas”, quanto a esse pronunciamento, não há divergência entre os Profissionais da Educação, porém, é o momento de levar até a prática, com ações efetivas, o discurso que é tão pronunciado no âmbito verbal.