Quem de fato somos?
*Já chegaram a fazer uma reflexão existencial? Quantas vezes? Mais de uma? Duas? Três? Ou perdeu a conta de quantas vezes?*
Se você respondeu sim para a última pergunta, você sabe assim como eu que a conclusão até então encontrada, é a de que a vida não tem nenhum sentido, independentemente da abordagem que tomemos inicialmente, ou se iniciamos com uma postura mais positivista, pessimista ou "neutra". Se buscarmos a imparcialidade através de uma reflexão racional, chegamos sempre a mesma conclusão, um vasto vazio repleto de estrelas que brilham, mas não dizem nada ou aparentemente nada. Parece que o niilismo é inevitável, e por indução concluímos que:
*Independentemente de qualquer abordagem em uma reflexão existencial, independentemente do número de vezes que repetimos esse experimento mental, chegamos sempre a mesma conclusão, da aparente ausência de um sentido intrínseco a ela.*
Racionalmente sabemos que na vida não há nenhum sentido intrínseco, e que não faria nenhum sentido o ter. A nossa capacidade de abstração de longe parece mágica, algo divino, ou algo semelhante. Com uma análise mais profunda, encontramos axiomas que explicam o ganho da consciência. Apesar de todo o nosso conhecimento beirar a resposta da grande pergunta,
*Quem de fato somos? *
A natureza parece nos dar um grande tapa na cara quando perguntamos o porquê dela seguir determinadas regras. A natureza segue leis e essas leis são forças que induz interações e dinâmicas. Para que tudo o que conhecemos exista, necessitamos de leis ou *forças*, podemos inferir axiomaticamente que para que algo exista e/ou flua, necessitamos de *inputs* e/ou *forças* e que essas forças sejam em si, independentes, pois elas em si são sistemas com suas respectivas dinâmicas. Somos frutos dessas interações e dinâmicas regidas por forças, não somos a própria força, pois somos subprodutos de uma interação, se só raciocinamos por causa dos *inputs*, somos subprodutos, logo necessitamos de um conjunto antecedente e não o contrário. Um bom exemplo para esclarecer é, seria o bolo a farinha de trigo, o leite, e o ovo? Ou ele os contém de certa forma?, não em um estado primário, mas sim em um posterior. Obviamente responderão sim para a segunda pergunta. Com base nesse exemplo ilustrativo, podemos inferir que,
*Somos subprodutos de leis que se interagem e geram dinâmicas, somos um conjunto de dinâmicas em um sistema, somos sistemas posteriores e axiomaticamente anterior a algum outro.*
Concluímos que somos parte de uma grande dinâmica e que apesar de sermos uma dinâmica, não somos A Dinâmica.
Criado: 12/08/2019