REaMAR
Sobre amar, re amar e remar.
O amor é como um barco: duas pessoas remam na mesma direção.
Depende de saber o objetivo da jornada e qual o destino.
Se infelizes cabe o diálogo.
Com o outro navegante, cabe ajustar o prumo, a rota, a direção. Há que se conferir se o vento é ou não favorável e se o mar está pra peixe.
A certeza sobre a viagem é importante. A missão vale a pena ou é melhor abandonar o barco?
Em qualquer relação é necessária a reciprocidade, não se pode remar sozinho. Os dois tem que se dedicar e, afiados, tem de buscar o mesmo destino.
Ninguém rema cem por cento do tempo. Quando um não está bem ou cansado, o outro o apoia. Mas são necessárias disposição e cumplicidade para que o esforço se torne mais leve.
Compreensão e empatia são tão importantes...
Sem diálogo, cada um acaba remando pra um lado. O desgaste é enorme e o barco não sai do lugar, não há perspectiva de sucesso, o desânimo abate e não há um porto seguro onde atracar. A viagem perde o brilho, o encantamento e o propósito.
Nesses casos, o barco se torna tão pesado que, por mais que ainda exista amor, o desgaste de remar solitário é tão grande que só resta abandonar a viagem a dois e nadar sozinho para então, de novo, remar, amar e re amar.