Participação de Adalberto Lima
Boa-noite a todos que participam deste Sarau Literário Virtual.
Meu nome é Adalberto Lima. Nasci no sítio São Paulo, quando, Santo Antônio de Lisboa, ainda era data Rodeador e pertencia ao município de Picos do Piauí.
Vamos ler o poema de nossa autoria, denominado Último Aboio.
Este poema foi inserido no capítulo, Boi de Invernada, do livro que estamos escrevendo.
"Último aboio."
(toca o berrante)
Pelas estradas da vida
Passa boi. Passa boiada.
Passa o caminheiro na estrada
Passa o rico, passa o pobre
Passa o plebeu e nobre
Passa o peão e o vaqueiro
Pelas estradas da via
Somos todos passageiros
Em comboio de invernada.
O berrante cadencia o passo
O boi faz a estrada
Evem a boiada que pastou no Gorutuba
Suando o ribeiro que bebeu
A pastagem vem na carne:
Uma tonelada em cada boi
Tira o pé do chão, Diamante!...
Afasta, Pimenta-de-mico...
Sai, Angico!...
Boi Bonito!
Ê boi, ê boi...
Ê boi bom cara pintada
Ê boi, ê boi...
Ê boi bom, pega a estrada...
Booi
Evem a boiada que pastou no Gorutuba
Vem suando o ribeiro que bebeu
Chega pra lá Boi de bico
Vai Samburá!
Sai, Boto-cor-de-rosa...
Anacoluto!
Avante, Ouro fino...
Arreda, Caxangá!...
Sai da frente, menino!
Que a boiada vai passar.
Boooi
O berrante cadencia o passo.
O boi faz estrada.
Ê boi... ê boi...
Ê boi bom cara pintada.
Ê boi, ê boi... Ê boi bom, pega a estrada.
Booi
A boiada segue rumo ao curral da ferrovia.
Lança pedras com os cascos na calçada,
e vai apressada para a morte. Sorte de boi.
Pesado na balança, cada arroba é fatiada em quilo
e ainda se diz que aquilo é caro.
Só é caro, se a carne é fraca.
Ê boi... ê boi...
Ê boi bom cara pintada.
Ê boi, ê boi... Ê boi bom, pega a estrada.
Boooi...
(toca o berrante)
Considerações do escritor participante.
Muito obrigado a todos pela interação.
Sinto-me honrado pelo convite para participar deste Sarau.
Que ele se repita, com a frequência necessária, para consolidar o sonho de fundarmos uma Academia de Letras.
Mais uma vez, muito obrigado.
Adalberto Lima.
***
SARAU LITERÁRIO VIRTUAL
Iniciativa: Nilvon Batista e Samuel Nascimento.
Participação: Artistas, poetas e escritores nascido no Vale do Riachão.
PS.
Não disponho da live.
Meu nome é Adalberto Lima. Nasci no sítio São Paulo, quando, Santo Antônio de Lisboa, ainda era data Rodeador e pertencia ao município de Picos do Piauí.
Vamos ler o poema de nossa autoria, denominado Último Aboio.
Este poema foi inserido no capítulo, Boi de Invernada, do livro que estamos escrevendo.
"Último aboio."
(toca o berrante)
Pelas estradas da vida
Passa boi. Passa boiada.
Passa o caminheiro na estrada
Passa o rico, passa o pobre
Passa o plebeu e nobre
Passa o peão e o vaqueiro
Pelas estradas da via
Somos todos passageiros
Em comboio de invernada.
O berrante cadencia o passo
O boi faz a estrada
Evem a boiada que pastou no Gorutuba
Suando o ribeiro que bebeu
A pastagem vem na carne:
Uma tonelada em cada boi
Tira o pé do chão, Diamante!...
Afasta, Pimenta-de-mico...
Sai, Angico!...
Boi Bonito!
Ê boi, ê boi...
Ê boi bom cara pintada
Ê boi, ê boi...
Ê boi bom, pega a estrada...
Booi
Evem a boiada que pastou no Gorutuba
Vem suando o ribeiro que bebeu
Chega pra lá Boi de bico
Vai Samburá!
Sai, Boto-cor-de-rosa...
Anacoluto!
Avante, Ouro fino...
Arreda, Caxangá!...
Sai da frente, menino!
Que a boiada vai passar.
Boooi
O berrante cadencia o passo.
O boi faz estrada.
Ê boi... ê boi...
Ê boi bom cara pintada.
Ê boi, ê boi... Ê boi bom, pega a estrada.
Booi
A boiada segue rumo ao curral da ferrovia.
Lança pedras com os cascos na calçada,
e vai apressada para a morte. Sorte de boi.
Pesado na balança, cada arroba é fatiada em quilo
e ainda se diz que aquilo é caro.
Só é caro, se a carne é fraca.
Ê boi... ê boi...
Ê boi bom cara pintada.
Ê boi, ê boi... Ê boi bom, pega a estrada.
Boooi...
(toca o berrante)
Considerações do escritor participante.
Muito obrigado a todos pela interação.
Sinto-me honrado pelo convite para participar deste Sarau.
Que ele se repita, com a frequência necessária, para consolidar o sonho de fundarmos uma Academia de Letras.
Mais uma vez, muito obrigado.
Adalberto Lima.
***
SARAU LITERÁRIO VIRTUAL
Iniciativa: Nilvon Batista e Samuel Nascimento.
Participação: Artistas, poetas e escritores nascido no Vale do Riachão.
PS.
Não disponho da live.