Páscoa - Advento e Passagem

Páscoa

Advento e Passagem

Certamente, já lestes vós ou ouvistes falar sobre um certo Moisés, de um homem cujo cajado fulminara todo um vasto império elevando a si e aos seus parentes sobre a vontade do Faraó; pois bem, a Páscoa comemora a liberdade hebraica do julgo egípcio, do povo maldito qual castigara os filhos de Abraão, Isaac e Jacó, ou como dizem, o povo eleito. Por certo, este ser, chamado Moisés, meio homem meio profeta, teve de usar todos os artifícios em mãos, claro, liberados por aquele em que acreditava ser o seu senhor, cria-o ser Javé, o dito Senhor dos Exércitos. Tais prodígios, por se dizer, culminaram na suposta liberdade...

Todavia, passados estes anos de gloria e triunfo, encontraram os hebreus outro forte julgo, viram eles a forma e o dorso do mais forte império de até então, viram-nos os romanos. E mais uma vez era de vista necessária se achar outro libertador, que com rápidas mãos e dispostas à guerra os desarraigassem daquele Golias, tamanha a sua sombra e força.

Viram-nos então, ao Messias, não sei se a alusão a Moises, não sei se pretensão à alforria. Procuraram-no com toda avidez e esforço, até a sobrevinda de João, o Batista, o verdadeiro profeta.

Este não o era, e mesmo o próprio Cristo queriam que não o fosse, entretanto, os sucessos se deram, e a nova aliança fora celebrada, terminando que Deus santificou à todos, não apenas aos circuncisos.

E agora, a cá, sobrevoa a nossas cabeças perguntas a respeito de tal fato, questionamentos de como os deram, se o traidor tornara-se ou não um traidor, se o Cristo era o filho do Homem, ou apenas filho de mulher; sentira ele o afago maldito da dor, sendo Ele filho do Homem?

A resposta é única e retrograda, é Sim!

O filho o era, o traidor o foi, e o sofrimento foi justo e doloroso. Os judeus nada viram, mas nós, antes pobres gentios, agora fortes cristãos, temos o dever e a Honra de hastear aos flancos civis e confrontósos esta flâmula tão bela e iluminadora, a qual chamamos de Jesus o Cristo.

Nestes e noutros campos, miramos ao deserto ou nas montanhas a sonhada liberdade de outrora vista pelos nossos irmãos judeus. Vemos pois a verdadeira liberdade, mesmo ricos, mesmo escravos, celebres ou ermos a vemos, e o principal, a temos! De cá nada nos tira, nem outorga outra corrente, porque a temos, a custa de caro obtemos a alforria, à custa de Cristo, do Primogênito.

Portanto, e pelo tudo, devemos nós, seus filhos ou apenas conjugues, usá-la com todo o firmamento de caráter e bondade, usai-vos nós como Aquele a qual nos deu, fazei-los como o Cristo. Se morrer por todos for um cargo muito pesado, fazei-lo por poucos, e se ainda sim este o for incarregável, fazei apenas por vós, que Cristo o olhará de bom grado.

E é a isto que celebramos a Páscoa, pelo advento do novo Messias, pelo advento da liberdade...

O falo não com virtuosismo ou consagração, o falo para ouvir também, para o relembrar constante, porque a vós sou igual, sou como um pequeno grão de areia na vasta costa do mundo.

E vós os sóis também, todavia o grão e toda a costa deve lembrar-se de quem os criou, deve lembrar-se do Cristo.

Em nosso semblante esperamos pelo Cristo, e nisso, o esperar há de ser constante.

Esperava a algum essa liberdade o profeta Moisés?

Vamos o crer que o sim, é o melhor a fazer...

O Sacerdote.

Escrito por Tassio Bruno