Solidão e Paz
Somos produtos da sociedade. Cansados de reproduzir os martírios do amor platônico e afogados na esperança de não estarmos sós, deturpamos o prazer da própria companhia. Glamourizamos o sofrimento e a dor estarrecedora, que nos derruba e nos reduz a pouco ou ao mínimo de nós.
Até quando travaremos guerra à nossa solidão? Quantos mais filmes, canções e telas baterão palmas para angústias tais?
Sejamos tecelões do nosso próprio cobertor. Abrigo do frio e da inconcebível maneira de olharmos para dentro de nós: por curtos períodos de tempo, tomados pelo medo.
Cuidemos das nossas horas sós com o mesmo apreço com que saboreamos o sorriso no rosto do nosso tão quisto motivo de tantas urgências.
Assim, talvez, a solidão se torne uma amiga afável e as aflições se aquietem. Sorrindo para si, seremos tomados pela paz de poder unirmo-nos com honestidade, longe do risco de quebrar.
Meu bolg: barbaracff97.wixsite.com/paixaoevidaemtexto