Luiz Henrique Mandetta disse que releu o Mito da Caverna

Numa entrevista na noite do dia 6 de abril de 2020, Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, disse que, no fim da semana anterior, foi ler o Mito da Caverna, de Platão. Ele afirmou ter lido esse livro "aos 14 anos, mas nunca entendeu o que ele quer dizer". É claro que ele entendeu muito bem. O ministro foi irônico. Mencionando esse livro, ele fez uma crítica sutil a Bolsonaro e seus defensores. O livro mencionado é o sétimo livro da obra "A República", do filósofo grego Platão, discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles.

Eu tenho um vídeo no Facebook no qual explico a Alegoria da Caverna. É uma excelente obra. Ela explica muito bem a postura daqueles que se opõem à Filosofia, à Ciência, ao conhecimento verdadeiro, ao ministro Mandetta: são pessoas que acreditam enxergar a realidade, mas só enxergam sombras, imagens, vivem acorrentadas, em um mundo ilusório, na escuridão, de costas para a porta, olhando para o fundo da caverna, sem poderem se mexer. Quem sai da caverna, conhece o mundo verdadeiro e volta para levar luz aos prisioneiros, libertá-los e dizer que eles vivem em um mundo falso é visto como louco e ridicularizado pelos habitantes da caverna, correndo risco até de ser assassinado por eles.

Para Platão, o homem que se libertou é o filósofo, mas essa história pode muito bem ser usada, adequadamente, para mostrar que, neste momento, Mandetta representa o filósofo, mas Bolsonaro e seus apoiadores representam os prisioneiros da caverna, estão lá desde a infância, sem nunca terem visto a luz do sol, nunca viram o mundo verdadeiro, confundem as sombras com a realidade.

Eis o Mito da Caverna explicado na noite do dia 6 de abril de 2020, pelo filósofo e professor Domingos Ivan Barbosa. Pastos Bons/MA.

Domingos Ivan Barbosa
Enviado por Domingos Ivan Barbosa em 06/04/2020
Reeditado em 06/04/2020
Código do texto: T6908804
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