O SILÊNCIO DA CIDADE


Onde os gritos das crianças na quadra? A rua lotada de carros? O barulho do tráfego?

Todos sumiram, repentinamente. A cidade está desolada. Comércio fechado, parques também. Nossas caminhadas cessaram. O exercício diário se restringe a subir e descer as escadas do prédio, várias vezes. E não é porque não existe elevador, é para nos exercitarmos e evitarmos de tocar em tantos botões, corrimãos... A maçaneta da porta, acionamos com os cotovelos. Que neura é essa?

O inimigo poderoso é um vírus. Tão pequeno que somente o podemos ver sob a lente de um microscópio especial, mas ele está por aí, a nos espreitar.

Quanto tempo vamos suportar o isolamento, a solidão, a perda de liberdade, as perdas materiais? Ninguém sabe ao certo. E nossa saúde mental? Certamente, está em maior ou menor grau abalada. Meu sono foi afetado. Talvez pela preocupação e um pouco de ansiedade, estou dormindo menos.

Felizmente, o ser humano tem grande capacidade de adaptação. É uma luta diária para nos mantermos ocupados, produtivos, motivados. Se tivermos sorte de não sermos infectados, e eu creio nisso porquê não saímos de casa para nada, pelo menos nos sentiremos mais fortes quando tudo isso acabar e teremos adquirido um pouco mais de experiência de vida, sabedoria, e histórias para contar.

Queira Deus!






 
Aloysia
Enviado por Aloysia em 05/04/2020
Reeditado em 05/04/2020
Código do texto: T6907578
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.