Uma reflexão de Domingos Ivan Barbosa em tempo de coronavírus

Não é fácil. Não é simples. Parar e ficar em casa prejudicam os desempregados, os que trabalham nas ruas e praças, prejudicam os contratados e não favorecem economicamente os que querem continuar lucrando. Parar e ficar em casa são atos prejudiciais a quem precisa trabalhar. Parar e ficar em casa são atos que incomodam muito aqueles que vivem de lucro, não é bom para os capitalistas. Mas parar e ficar em casa são atitudes necessárias para quem não é tolo, para quem ama a vida e não desafia a morte.

Seria bom se, voltando ao trabalho, pudéssemos colocar todas as pessoas de risco separadas das pessoas que não são de risco. No entanto, isso é impossível, pois as pessoas de risco convivem com as demais pessoas. Ademais, isso não significa que as pessoas que não são de risco estejam imunes. Ora, ninguém está imune. Todos podemos ser vítimas. Qualquer pessoa pode morrer vítima de coronavírus, pois todo ser humano é fraco e é mortal. Ninguém está livre da morte. Mas não parar e não ficar em casa é se colocar disponível para a morte e pedir que ela venha logo. Eu, porém, quero viver mais de cem anos nesta Terra.

Seria bom se, voltando ao trabalho, soubéssemos quem está e quem não está infectado, para evitarmos os infectados pelo coronavírus.

A crise vai acontecer. Ou já está acontecendo? Pessoas estão morrendo. O capitalismo precisa dos trabalhadores. Os empresários precisam dos trabalhadores. Os capitalistas não querem parar.

Sempre houve pessoas morrendo de fome. Sempre houve e sempre haverá desempregados. Pessoas, depois do coronavírus, continuarão morrendo de fome. Sempre houve pessoas que se suicidaram. Sempre haverá pessoas que tirarão a própria vida. Sempre houve pessoas deprimidas. Sempre haverá pessoas com depressão. O que fazer? Qual é o certo a fazer? Quando o assunto é saúde, quem sabe são os médicos, os especialistas e cientistas. Quando o assunto é saúde, é a orientação desses que eu sigo, e não a determinação de um mentecapto e representante máximo do Diabo no Brasil chamado Jair Messias Bolsonaro. A sabedoria pede que, quando se trata de saúde, eu siga a orientação dos médicos, especialistas e cientistas, ou seja, a orientação da Ciência. Quando o assunto não é saúde, eu sigo a mim mesmo, de acordo com os sábios da humanidade. E, na verdade, seguir a Ciência, é estar de acordo com a sabedoria e com os sábios da espiritualidade e da Filosofia. A vida, a saúde e a sabedoria são muito mais importantes do que a economia.

Texto produzido e escrito em Pastos Bons/MA, na manhã do dia 26 de março de 2020.

Domingos Ivan Barbosa
Enviado por Domingos Ivan Barbosa em 26/03/2020
Código do texto: T6897406
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