Bárbara

E ao buscar bem mais do que as besteiras dúbias que balbuciavam as bocas sujas, descobriu a beleza de toda sua barbaridade.

Pensou que por bem era certo parar a balela dos que banalizam seus anseios, depois tirou as botas e se sentiu em casa.

Pelos becos e bares, pelos cantos, pelos ares, ela pinta e borda com vários bês o seu caminho.

Em seu próprio barco ela rema e baila como se beijasse a vida. Porque por hoje, ser ela, ainda que cheia de bês e rabiscos espalhados, basta.

Bárbara C
Enviado por Bárbara C em 24/03/2020
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