Sobre amores
Ah, o amor! Existem tantos.. pode ser familiar.. ou até mesmo amizade ou os dois, porque há parentes que não vamos com a cara. Há amores de todas as formas e um dos melhores amores que estão comigo até hoje são pelas artes, sobretudo a primeira, a terceira; a quinta, a sexta e pelo visto todas, né?!
Adoro também a sétima arte e é nela que mora o amor caloroso que Schopenhauer chamava de "vontade de viver". Ah, meus amores foram como filmes, mas não os de comédia romântica, apenas um drama dual entre comédia e tragédia.
Não sou um velho safado experiente como Bukowski, mas namorei muito cedo e apanhei demais assim, os vícios foram meus pequenos grandes erros que nas outras relações entraram em desarmonia. Os primeiros namoros eu denomino rolo, porque pense num cara enrolado nabhora de querer algo sério. E esses rolinhos me levaram ao que chamamos de auge da flor da pele, não sou nenhum certinho, peguei amiguinhas (não tô de deboche, sou sincero) sufocado pelos ciúmes dava em cima de outras garotas geralmente pós briga e quando bebia, com um pouco de ira no fundo por já ter sido traído e rejeitado por tais sogras, inclusive mãe de um amigo que se mudou há tempos e com outras garotas que tinha me apresentado a sua mama, porém não a minha família e nem tive coragem de assumir alguém a público por pressão psicológica de mim mesmo e medo de calúnias que também poderiam ser verídicas, e até porque acho desnecessário a coisa especial de assumir e pedir alguém a tal coisa, sendo que tudo flui naturalmente e quando menos espera já estão juntos a há muito tempo.
Depois de mil recaídas da paixão cada um pro seu mundo, daí vem o sexo sem sentido e vazio até que vem outras paixões e mesma coisa!
Aquele medo bobo com garotas metidas a certinha de que seus pais não podem saberem que você gosta de maconha ou mais constrangedor, que você é maconheiro como se na primeira vez cê fosse dizer: faço rap, fumo maconha, gosto de breja no churrasco e quero comer sua filha!
Que tosco, se elas pensam assim, hoje mal fumo cannabis e tipo qualquer sogro/sogra adoraria um genro como eu e nem tô me gabando, é só notar os atuais das minhas ex que vão saber do que tô falando! Sim gosto de maconha no clima certo pra fumar e só Deus sabe o tempo certo de parar, outras substâncias que nem cigarro todas moralistas falharam na missão e eu odeio cigarros, pelo menos agora.
Ah, eu devo ter sido muito tóxico, não nego isso, mas também tive azar quase em todos relacionamentos; abusivos, por carência, dependência de ambas partes; ciúmes, sufoco e traições.
Mas tô bem e sem ressentimentos, aprendi muito com elas e posso alegar também que sentir tal felicidade além de prazeres, todos são passageiros.
E ainda tô na parte do sexo sem sentido, foder não é uma transa com quem a gente ama, noutro dia ou volto as minhas atividades ou me sinto só e vazio sem amar profundamente alguém. Eu lido com a solidão com minhas ocupações artísticas ou no desenvolvimento de conhecimentos, e claro com amigos e sexo sem sentido pra cobrir o vazio. Mas não adianta muito, orgasmo passa, tudo passa e a vida não é só sexo, pois eu não estou preso na parte fisiológica da pirâmide.
Ah, e antes que não sobre tinta e papel, o amor é como uma construção em que os dois amantes têm noção e objetivos sobre o que almejam construírem e tem que estarem aptos a algum recomeço, pois tudo que é sólido um dia pode desmanchar e se o objetivo do casal é mais forte que as barreiras, podem reformar a obra e foco novamente na construção.
O amor é a união entre o irracional e o racional. Não precisa carregar ninguém nas costas e nem de dependência emocional e financeira, apenas altruísmo e objetivos para dar sentido a construção. Haverá altos e baixos, porque nada é fácil, e é aí que entra a resiliência de ambos a ter força de vontade para juntos construírem o que mais eles no fundo sentem que vale a pena o esforço, tudo é simbólico e o que pretendem construir vai da consciência reflexiva de cada um.