"Doce morte, meu amor.."

(...)Um ligeiro turíbulo invisível;

E eu exclamei então: "Um Deus sensível

Manda repouso à dor que te devora

Destas saudades imortais.

Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."

E o corvo disse: "Nunca mais"(...)

(O corvo) Edgar Allan Poe, traduzido por Machado de Assis

Impensável ato vago, sob colheitas, então

Todas as memórias que, provocadas, estão

As mesmas mentiras e aquela vã promessa

Já nem eram espelhos, eu sabia! Voz desperta

Os horizontes poderão ser cantos inteiros

As metas labaredas de mensagens, também

Desde que ao nome, se cumpra, até ser aceito

Desde que não te amem mais do que ninguém

Eu não aceitarei medidas de algo suposto

Nada de um tempo renegado pra te esperar

Eu sei.. de todas essas meias tintas, a seu lugar

Doce morte, meu amor.. uma pena ausente

Um enorme esboço ao que não te independe

O lado da parte que te cabe aqui e o oposto,

..nem pra te ser uma breve morada.

AzkeTarOss
Enviado por AzkeTarOss em 08/03/2020
Reeditado em 09/03/2020
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