LITERATURA E SUA AMANTE MELANCOLIA
Ninguém escolhe ser da linha da melancolia numa literatura, num âmbito. A maior premissa disso de se manter lá é; você forçar alguém no entanto fundir-se ao mundo por uma necessidade monstruosa, não sei se; foi ignorância minha que custava eu conhecer mais sobre o meu maior intento hoje, ser Escritor e, ter como bons parâmetros os melhores. Assim como João Gilberto Noll: Vencedor de cinco Jabuti (1981,1994,1997,2004 e 2005). Seus textos para o teatro, os contos por filmes adaptados, sua fala ao final da vida com paradas harmônicas que tornam mais ainda a melancolia de um romancista em um degrau acima, sublime para o adolescente e reprimida aos velhacos. João Gilberto e seu pós modernismo foi colega de Caio Fernando Abreu. Livros magníficos como Acenos & Afagos (2008) que foi segundo lugar do Prêmio Portugal Telecom/2009. Seu melodrama citando a dramatização e profundidade que existe em Clarice Lispector ou à Clarice Lispector que existe em toda sua dramatização, pois há; pessoas sim que nascem prontas, não se forma uma Lispector! Quando perguntado numa entrevista no canal Sesc TV (Super Libris). A MELANCOLIA LEVA A PESSOA A LER E A ESCREVER?
"Eu acho que sim, eu acho que sim... A gente vai escrever pois o mundo é insuficiente, não te dá realmente juízo amoroso suficiente pra você gozar".
A melancolia com humor de Machado de Assis e suas sátiras junto a criticidade de quem jamais saiu de Nova Friburgo (RJ), e descreveu mundos. Ninguém compreende, essa tal de vida adulta diz João Gilberto Noll "um momento de passagem árdua, a adolescência sem a melancolia é dramática". O tom de superioridade em quem é dramático citando Bach pegando sua tristeza cósmica e transformando em tons, em músicas, em notas e não é descritivo, não é referencial, não se pensa em nada ouvindo Johann Sebastian Bach! Ouvir apenas enleva; eleva porque não podemos abraçar toda essa imensidão que a música, a arte em quadros, que o teatro nos envolve. Literatura e melancolia são amantes inseparáveis.
O sujeito melancólico não é metódico, ele pronuncia que é o modo de ver sua percepção do mundo, eu devo isso, não financeiramente a ninguém mas num cubículo de sentimentos a todos e tão viciado à neurótica ao quadro social, ao devaneio do tal sonhado "ponto de equilíbrio". Está acima do bem e do mal. Aquilo que mais almeja o humano sincero consigo mesmo, a desfaçatez como Drummond: estou sozinho no mundo estou sozinho no quarto! O modo como vejo ou imponho esse erro grotesco do qual invocar minha visão de mundo nas demais visões de mundo, desde minha estatura que não é igual ao outro, a ficar pensando em seus prismas de um lado tristonho. Socorro-me tantas e tantas inibições da melancolia elevada a fuga total de sentido.