Agricultura Orgânica
Hoje, muito se tem falado na agricultura orgânica, sempre tratando-a como uma atividade de vanguarda, um modo de produção inovador e audacioso. Muitos pesquisadores e diversas instituições têm apresentado a agricultura orgânica como a solução para todos os problemas ligados ao homem do campo, pois vivemos uma fase carente de novas tecnologias que sejam viáveis ao meio ambiente e ao homem nas suas relações sociais e econômicas.
Não há duvida que a agricultura orgânica é uma nova maneira de produzir, uma outra agricultura, bem diferente da forma tradicional, pois ela faz “uso de terra vegetal e dos reciclados de lixo em substituição aos cultivos com fertilizantes químicos”.
Em uma visão idealizada, a produção orgânica é vista como originária de ações com novas bases filosóficas e éticas. A noção de cadeia produtiva para um novo modo de fazer agricultura. Uma agricultura voltada para um sistema orgânico de produção em que a diversificação das atividades é um de seus princípios norteadores básicos.
Entre as cadeias produtivas da agricultura convencional e da orgânica existem vários elementos radicalmente diferenciadores, tais como: (1) as especificações do local, (2) o uso diferenciado dos fatores de produção, (3) os custos e rentabilidades encontradas, (4) as características do produto e (5) o perfil do consumidor.
E é justamente por isso que o mercado de produtos orgânicos tem se expandido assustadoramente, principalmente nos Estados Unidos, Europa e Japão, onde bilhões de euros são movimentados na produção, fornecimento e compra de produtos e serviços ligados à agricultura orgânica. Essa demanda crescente por produtos orgânicos tem criado novas oportunidades de exportação para os países em desenvolvimento.
O Brasil é responsável por atender grande parte do mercado latino-americano de produtos orgânicos, principalmente de café, açúcar, suco de laranja, soja, frutas secas, caju, mate, óleos e cacau.
No nosso Estado a oferta de produtos orgânicos ainda é pequena. Os maiores obstáculos enfrentados pelos produtores locais são a escassez de insumos e a distancia dos grandes centros consumidores, o que torna a oferta de produtos sazonal e dispersa. Atualmente a comercialização desses produtos (hortifrutigranjeiros, frutas, laticínios, conservas, panificados, cereais e alguns grãos) é feita, em sua maior parte, in natura nas feiras-livres. Ainda falta apoio dos órgãos públicos para produção e comercialização desses produtos, principalmente daqueles de origem animal. Outro grande obstáculo é a dificuldade de obtenção da certificação dos produtos por parte dos produtores.
Todos esses empecilhos precisam ser contornados para que assim possamos fortalecer ainda mais a produção orgânica em nosso Estado e dessa forma construirmos um futuro mais sustentável para nosso país.
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Publicado no Jornal Mesa de Bar News, edição n. 245, p. 04, de 25/01/2008. Gurupi – Estado do Tocantins.
Giovanni Salera Júnior
E-mail: salerajunior@yahoo.com.br
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