RETROSPECTIVA
O que eu posso falar de 2019? Bom, esse foi o ano que beirei os extremos, ora com o peito explodindo de felicidade, ora com o desânimo me dominando e levando à lona. Dias em que levantar a cabeça e levantar da cama era a mais dura prova de resistência. Tendi a desistir de tudo várias vezes por dia, mas havia algo que ainda me mantinha firme, talvez a teimosia de querer ser forte mesmo estando quebrado. Nunca um outro ano me trouxe tanta crise de ansiedade e por vezes me mandou pra um hospital.
Final do ano, e pro azar do acaso eu sobrevivi a cada um dos momentos em que achei que fosse morrer por não sentir os membros, pelas taquicardias, sudoreses, choros (pelo cansaço e por todas as crises que aguentei sem gritar), a mente massacrando, o peito apertando, a rigidez dos músculos, a falta de ar, as tentativas frustradas de me acalmar.
NUNCA foi falta de Deus, NUNCA foi frescura(preferia que fosse), NUNCA foi querer chamar atenção e se me perguntarem, não terei uma resposta pronta pra dar.
É, eu sou um sobrevivente de 2019.