A POSSE
Um grande problema a resolver: o Estado se apossando do indivíduo.
Não digo se apropriando, porque a propriedade, geralmente, ainda se respeita. Direito a vida, ir e vir, etc.
Mas, e as posses?
Só para ficar claro. No direito, quando temos a nossa posse ameaçada, temos instrumentos para defende-la, como a ação de embargos de um não proprietario de um imovel (porque nao transferiu pro nome dele o bem, por exemplo) para defender seu apartamento de uma penhora feita.
O direito de defesa.
E na vida diária?
Temos visto o apossamento dos bens pelo Estado de formas sorrateiras.
Tomam nosso direito de livre manifestação e pensamento sob a justificativa de ser crime de ódio.
Tomam a mente de nossos adolescentes nas escolas, nos filmes, livros, sob o argumento da liberdade de expressão.
(Ps. É crime se nos manifestarmos contra essa ideia).
Enfim, onde estão nossas defesas?
A da propriedade, bem ou mal ainda pode ser defendida - desde que a cultive é claro.
Mas, e nossos bens imateriais que, ao cultivamos, exatamente nesse ponto, somos impedidos de exercê-lo?
A beleza da sutileza?
Ou a sutileza sufocante e desesperadora da grande mão, do grande irmão tanto retratada por Orwell em suas obras?
Os efeitos estão aí.
Direitos morrendo a cada respirada, porque não pode ser espirados.
Porque o terror é belo, leve, sutil, parecendo verdadeiro, pintado pelo pincel da grande eloquência e oratória, vazia de sentido e cheio de maldade.
As tintas lembram arco-íris.
Nunca os que escondem tesouros de verdadeira liberdade e fidelidade, mas, Os que são caminhos de ódio, controle e submissão a um monstro que vigia os grandes mares, na busca implacável por carne nova, infantil e desatenta.