O velório como laboratório social
Todas as pessoas vivas vão morrer um dia, mas muitas fingem que isso não é verdade. Nos velórios podemos ter uma ideia das culpas e protagonismos que mortos e vivos compartilham. Dependendo da idade do defunto, podemos ver espelhadas nas paredes as configurações familiares. Se foi um bebê, o casal mostra como planejou essa gestação, se é um idoso rico, como a família lida com os bens que restaram, se foi homicídio e suicídio, como lidam com a culpa dos atravessamentos relacionais e com os depoimentos à polícia. Os que ficam se remoem com as lembranças dos tempos perdidos, passados e futuros, que para Albert, são a mais pura ficção!