Minha Fé
Eu perdi minha corrente de ouro no parquinho, mas o pingente ficou. Nele está escrito: -Fé! Minha amiga me deu uma nova corrente e lá estava eu, com minha Fé restaurada, circulando por toda parte.
A Fé tem que ser em algo ou alguém. A minha fé? Em que ou quem? A princípio em Deus...mas não num Deus que escolhe seus prediletos, não um Deus vaidoso que quer ser venerado, mas sim um Deus que se manifesta aos homens pelos próprios homens.
Minha fé é na humanidade inteira...
No que tropeça e recomeça
No que tem desafios e vai a luta
No que acredita e em quem duvida também
Na mão que acaricia
Na que ara a terra
Nos lábios que oram
Nos que blasfemam (e agem) também
Nos que ensinam
No que tem sucesso
E no “fracassado” também
Minha fé é na humanidade inteira...
É no homem que dá sentido a sua vida curando a dor do outro
Na mulher que assume múltiplos papéis
Mãe, mulher, profissional
No ser que já se achou nesse mundo
E no que ainda tenta se encontrar
No sorriso da criança
No abraço que cura
Na palavra que consola
Minha fé é no homem que se reinventa a cada dia. Que tem consciência de sua imperfeição, mas se esforça por sua própria melhoria.
Tenho fé naquele que acredita na vida, mesmo que essa vida seja permeada de dor, pranto e enormes desafios.
Eu acredito no potencial humano.
Eu acredito em um Deus que nos dá a chance de escolher e crescer por nosso próprio mérito. Um Deus que não julga e é todo amor e bondade. Eu acredito...sim, eu acredito em Deus! Tenho fé!
Mas, o Deus que eu amo, como diria o saudoso Mileco, “...é meu Pai, não meu juiz”...e nem juiz de ninguém...e, tenho a certeza que ele nos criou para sermos felizes!