SOB UM SÍMBOLO RELIGIOSO, AS PIORES INTENÇÕES DE UM GRUPO PODEM SER OCULTADAS!
Uma fé, uma tara sexual e a dilaceração de sonhos infantis!
A crença nos deuses nos eleva como humanos ou nos reduz a um estado bestial de ser?
Por Antônio F. Bispo
Pela fé, de acordo com direitos adquiridos ou impostos por “livros sagrados” em vários locais do globo, milhares de meninas são entregues como objeto de uso sexual para velhos pedófilos pelos seus próprios familiares em obediência a cultura religiosa da crença qual seguem ou foram forçados a seguir. Se a “lei de deus” nesses países permite que pedófilos se esbaldam em sangue de virgens inocentes, muitos agradecem ao seu deus por essa “benção” alcançada pela fé a qual se sujeitam e desejam se manter no conforto que essa crença lhes proporciona.
Sem remorso e sem piedade os pais entregam suas filhas mulheres, criancinhas para sem abusadas de forma monstruosa em “obediência a deus”, que o próprio deus autorizou atos como esse.
Humilhação e dor eterna as que foram dadas como prêmio nesse ato desumano. Uma vida inteira roubada para cumprir um conjunto de crendices (tolas). Elas não terão escolha alguma de quando ou com que se casarão e em alguns casos seus pais também não, pois como mulas de cargas todos seguem levando os pesados fardos que a religião lhes impõem. Só um ato de desobediência civil coletiva os salvariam desse fardo milenar, mas o medo do mármore do inferno desde cedo implantado de forma proposital impede que tal descontentamento seja expressa publicamente em atos ou palavras.
Além de possuírem crianças, a mesma cultura religiosa permite a esses homens açoitarem suas esposas já adultas quando estas lhes desagradam em algo ou apedrejá-las até a morte em caso de suspeita de adultério. Apenas uma suspeita pode ser uma justificativa para apedrejar uma mulher ou lhe destruir o rosto com ácido.
Se deus mandou, permite ou consente eles o fazem. Afinal, há uma infinidade de outras mulheres que podem ser escolhidas para uso sexual e descartadas quando não mais estiver servindo, ou quando “um modelo novo surgir”. Algumas dessas podem ser adquiridas por meio do sequestro de outros povos “infiéis” e deus se alegrará com isso. Na bíblia ele mandou fazer isso várias vezes no antigo testamento.
Boa parte dos homens de culturas religiosas como essas vivem suas vidas baseado na promessa de obter sexo no presente e no porvir. Enquanto ainda vivos eles podem ser valer do que acima já citei. Depois de mortos em “missão divina” poderão passar toda eternidade ao lado de 70 virgens que os aguardam no paraíso para serem desposadas diariamente e no outro dia estarem em situação de virgindade outra vez para que o mesmo se repita sempre e sempre por toda eternidade.
Uma fé que tem como pano de fundo principal a possibilidade de viver numa eterna orgia sexual, iniciando-se aqui na terra, com extensão para os tempos imemoriais. Um ser humano com uma consciência estupenda, com potenciais infinitos, sendo reduzidos a estados bestiais, vivendo em função de procurar um buraco para colocar o pinto, ejacular e dizer “deus é grande”! Que desperdício!
O que dizer de coisas desse tipo? Que cada um tem o direito de exercer a fé que deseja? É mesmo? Se isso é verdade, as crianças e mulheres abusadas deveriam ter o mesmo direito, e tenho certeza que ninguém em sã consciência deseja isso para si e muito menos para suas próprias filhas.
Do mesmo modo, em outras culturas religiosas, seguindo outros “ritos sagrados”, milhares de meninos tem seu prepúcio arrancado com poucos dias de nascido de maneira muito dolorosa em cultos que seguem rituais judaizantes e em certos caso a cena fica ainda mais bizarra quando o chefe religioso durante a cerimônia suga com a própria boca o sangue que escorre do pênis cortado da pequena criança.
Segundo a bíblia, esse é um pacto feito com Abraão milhares de anos atrás, uma maneira de deus rastrear e saber quem entre todos é o seu servo escolhido, quem faz ou não parte do seu povo eleito.
Não dá pra entender onde a onisciência dele entra numa hora dessas, que precisa arrancar o couro da cabeça do pênis de alguém para saber se este faz ou não parte do seu povo.
Ele consegue atravessar paredes de concreto com o seu olhar, mas não consegue atravessar o tecido fino de uma cueca para ver o que tem dentro, e precisa que alguém lhe mostre a cabeça do pênis para provar pertencer a ele. Que gosto estranho...
Ele deveria mirar o seu olhar para o intento e as ações das pessoas no modo de tratar seus semelhantes quando fosse lhes me medir a honra e o valor destas e não mirar nas genitálias. É cada coisa!
Em casos semelhantes, em algumas partes da África várias meninas tem partes de sua região genital mutilada apenas para cumprir algum tipo de ritual religioso, um dos tantos “mandamentos divinos” que fora em dita em secreto por alguma voz invisível numa época remota de nossa história. Esse deus de mistério adora impor ritos insignificantes, dolorosos e humilhantes aos seus súditos ou a sua prole.
Em todos esses casos, ninguém viu deus falar, veracidade quase não se tem do que se foi dito, mas todos os que nascem em tais culturas são obrigados a acreditarem e a se submeterem a esses contos, sendo um pecado mortal ou crime digno de morte a não crença ou sujeição a tais conjuntos de crendices.
Um deus que diz habitar em cada canto do universo com a sua presença, fica impedido de habitar num corpo masculino cuja pele do órgão genital não tenha sido retirada nesses rituais ou que deixará que um corpo feminino seja possuído pela leviandade e luxúria se essa não tiver partes da pele de suas partes íntimas retirada. É cada uma!
Na bíblia há relatos de maldições que sobrevieram a toda uma tribo devido a essa pele não ter sido retirada de algum menino e que inclusive o próprio deus autorizou (permitiu) que um anjo tentasse matar um dos patriarcas mais famoso depois desse ter conduzido com sucesso o dito povo de deus em grandes feitos em toda sua vida e de repente, agora seria morto pelo mensageiro de deus só por ainda não ter sido circuncidado. Mas rapaz...
É preciso mesmo ter fé para acreditar nessas coisas, pois pela lógica não dá... É preciso pôr o cérebro em estado de hibernação e entrar no modo imbecíl-babaca-trouxa-idiota de ser para poder agradar aos deuses. A fé nos deuses, por mais que venhamos negar, estará sempre ligada a um ato irracional, bestial ou irresponsável de operarmow. É que como se você comprasse uma Ferrari, um carro extremamente luxuoso e o pusesse um reboque, e no reboque um arado para arar um terreno pedregoso ou pantanoso ao invés de usar um veículo apropriado para isso. Um grande desperdício! Uma função imprópria...assim fazem também a essa fabulosa máquina humana quando a obrigam a viver insalubres rituais de fé.
A fé, essa fé estupenda que dá poderes ilimitados e infinitos aos deuses é a mesma fé que os reprimem, os enclausuram em os fazem ser tão frágeis quanto recém nascidos indefesos cujo obstáculo mínimo podem impedi-los de trabalhar.
A exemplo do deus bíblico, em um dia dizem que ele é forte que quebra lança, destrói muralhas, despedaça o arco, queima os carros no fogo e resolve tudo sozinho...no outro ele parece estar tão fraco que mal consegue soprar uma folha de papel deixando o “diabo” aprontar todas com seus servos, deixando inclusive padres e pastores e abusarem do seu próprio rebanho.
Num instante esse deus quebra tudo, arrebenta todos que se opõem a ele, afoga todo mundo num dilúvio, manda fogo dos céus, manda ursa comer crianças, manda pragas para o Egito, manda peste, manda sangue, manda vento... em outro instante ele estar tão fraquinho, mas tão fraquinho que precisa de sua adoração, de seus dízimos e ofertas e de que você compre toda uma quinquilharia inútil que seus ungidos vendem para fazer uma vaquinha a fim de ajudá-lo em “sua obra” para que sendo assim ele não caia no esquecimento como aconteceu com os outros deuses já venerado pela humanidade.
Tadinho...lembrando que se um dia para ele é como mil anos e mil anos como um dia, esses feitos de bravura que na bíblia a eles se referem aconteceram ontem, antes de ontem, e alguns dias atrás...nem chegou o sábado ainda nessa contagem e ele já se cansou!
Um dia ele é o deus todo poderoso e no outro é o senhor-menino adorado por muitos católicos! No natal ele nasce, na sexta-feira santa ele morre...todo ano é assim, todo dia é assim....
A fé nos deuses é um eterno círculo vicioso de dependência, discrepância e incoerência, vista pelas massas como sinal de inteligência e integração social e em qualquer local em que “deus esteja acima de todos”, quem preserva a própria lucidez é que será considerado como sendo louco!
Quanto a esses rituais macabros e sem sentidos ou essas liturgias baseadas em “mandamentos divinos”, a obediência a deus não é nada mais que uma permissão legal que a fé nos dá para praticarmos os mais diversos tipos de crueldade contra outros sem que sejamos criticados ou punidos.
Atitudes que fora do campo da fé seria considerado crimes, no campo da crença serão consideradas um rito devocional, um ato de obediência e fidelidade a um deus qualquer.
Mate um homem para se defender e serás chamado de criminoso. Mate um homem em nome de deus e serás tido como um herói da fé! A bíblia tem dezenas de casos assim.
Não há um limite exato que defina o que um devoto pode ou não fazer ou até onde ele deve ir para expressar sua própria fé. A criatividade, ignorância ou ganancia deste é quem definirá a rota. Se a rota será seguida isso irá depender do pulso firme daqueles que ainda presidem cargos públicos de autoridade, do rebate dos pensadores e do nível de carência da população, pois quanto mais pobre e carente for um povo, mas sujeito aos mitos esta tende a ser.
É possível se esperar qualquer tipo de atitude de um crente para honrar o seu deus, pois na cabeça deste tudo é permitido em função de servir ou corromper “aquele que tudo pode”. Deus é um ser corrupto que muda de lado de acordo com a propina que recebe. Isso não é dito por quem estar de fora da religião. Isso é expresso de modo indireto pelos próprios crentes em cada ato de adoração ou oferta “voluntária” que esses fazem ao seu deus. Quando lhes fazem ofertas no intento de ser servido de modo particular em detrimento ao prejuízo de outros. Pagar para ter tratamento especial a um governante humano é corrupção. Se fizer a mesma coisa com deus é adoração!
Se quem estar de fora dessa caixinha tenebrosa não impor limites, eles se destroem e levam todos juntos nessa destruição. Esperar lucidez de um grupo religioso ou que eles reconheçam que algumas de suas práticas são imorais ou desumanas é o mesmo que esperar que galinhas criem dentes, pois aquilo que eles consideram bizarro ou imoral na religião dos outros, eles fazem praticamente a mesma coisa na sua própria, só que com roupagem diferente.
No final, servir a um suposto deus em troca de favores atuais ou vindouros é o que todos fazem ao se tornar devoto de um deus qualquer. Não é o bem coletivo que eles almejam, mas o sobressair-se sobre os demais é o principal objetivo e algumas vezes não importa o preço a ser pago, pois ser considerado um escolhido é o que importa. Deus é apenas um produto invisível, que pode ser falsificado, adulterado, acrescentado ou reduzido de acordo com a intenção de cada comerciante. Tem sido assim por séculos!
Uma densa cortina de fumaça envolve praticamente todos os modelos de crença religiosa, pois é apenas o homem pelo homem dando permissão para deixar fluir os mais insanos desejos, executando as mais macabras das ações enquanto fingem agir em nome de uma divindade.
Não há deus algum, apenas o homem, não importa qual seja a crença professada! Homem manipulando homens, vivendo em modo parasita, dizendo ser isso uma beatitude!
Mas todo homem pode ser comparado a um deus (no bom sentido da palavra) quando num ato de lucidez consegue enxergar sua própria humanidade e fazer o que é certo sem precisar de nenhum método coercitivo ensinado pelo que aos deuses se submetem.
As coisas só possuem o valor que nós mesmo colocamos ou fomos obrigados a aceitar. Mudando-se a perspectiva tudo muda!
Enquanto o aprimoramento nas relações com os deuses metafísicos for prioridade de muitos e aperfeiçoamento nas relações humanas for prioridade de poucos o julgo das religiões prevalecerá movendo as massas.
Vivemos com quase 8 bilhões de pessoas no globo, e gastamos a maior parte do nosso tempo útil tentando agradar, entender e servir a um punhado de deuses (inúteis) que nunca deram as caras, apenas mandam seus representantes de grande maioria corrupta e oportunista para tocar esse grande comércio da fé e da ingenuidade humana.
Tem algo errado nesse modelo de conduta. Pensem nisso!
Saúde e sanidade a todos!
Texto escrito em 20/9/19. Essa é a parte dois do texto PELA FÉ...INÚTIL E CEGA FÉ, publicada em 7/9/19.
*Antônio F. Bispo é graduando em jornalismo, Bacharel em Teologia, estudante de religiões e filosofia.