VOCÊ NÃO PRECISA SER ENGANADO... A MENOS QUE QUEIRA!

Quem vive em busca da verdade deve antes aprender a identificar uma ficção!

Isolados em pequenos feudos, os grupos religiosos tem no plágio de outras mitologias, na ficção e na especulação, suas principais bases de sustentação de suas próprias verdades!

Por Antônio F. Bispo

A busca pela verdade é uma busca nobre! Todos nós buscamos uma. Alguns a usam por certo período de evolução ilusão enquanto outros fazem destas seu solo forte, suas muletas ou cadeiras de rodas. Outros ainda buscam apenas algum tipo de verdade que lhes façam inflar o ego, e que de modo enganoso lhes façam sentir-se superiores outras pessoas, para depois disso saírem por aí, esfregando na cara de todo mundo que “vive na mentira” suas verdades fabricadas, enlatadas, com datas de validades vencidas, de cheiro horrível, permitido o consumo de tais verdades apenas em lugares obscuros de modo que se alimenta não se veja o que consome.

A verdade sobre deus e a igreja é uma destas verdades. Enlatada há séculos por povos tribais primitivos, hoje mantida numa embalagem nova pelos líderes religiosos porém cheia conservantes diversos para conter o mau cheiro da podridão que existe sob o “tapete dos santos” e tudo de maligno que se tem sido feito em nome de deus.

Se deus fosse uma verdade, tudo que dizem ao seu respeito sobre bondade, justiça e equilíbrio seria uma grande mentira pois cada padre, pastor, papa, bispo, apóstolo, missionário ou obreiro comum que administra ou tente manter viva esse tipo de verdade, tem acrescentado por conta própria, na medida da própria ganancia ou ignorância, outras pitadas de veneno nessa lata de conserva chamada fé nos deuses metafísicos.

Nem o famoso caldeirão da bruxa recebeu tantas “porções diabólicas” como tem recebido o grande caldeirão da fé, cujo “povo de deus” tem se alimentado ao longos dos anos, e baseado em seus efeitos tem espelhado o “amor de deus” por onde passa.

Por motivo como esses, o de cada grupo religioso adicionar as crenças já enlatadas seus próprios conservantes, é que cada igreja tem sua própria versão de obra de deus, vontade de deus, lei de deus, etc.

Se pesquisarmos à fundo com eram alguns ritos litúrgicos no passado e tido como eternos e imutáveis pelos adeptos de hoje, veremos que algumas igrejas terão 1% da “crença raiz” para 99% de outros derivados acrescentados cada vez que um grupo se divide com intuitos de lucro e poder tendo como lastro a ignorância dos seguidores.

Os crentes comuns não sabem disso e a fé depende justamente desse fator: da crença cega e obediência irrestrita aquilo que virtualmente fora construído no passado e reformulado sempre que necessário no presente.

A fé não precisa da verdade ou de provas cabais para se manter. Ter fé (nos deuses) é crer no que quer, a hora que quiser, do jeito que melhor couber, mesmo que isso seja para a auto destruição do usuário. A fé é o firme firmamento do benefício de uns em detrimento ao prejuízo de outros. Como um sistema, o administrador acaba sendo o parasita chefe, impedindo não apenas a evolução do próprio grupo, mas de toda uma sociedade por séculos até, como foi na idade das trevas.

De fato, só se é possível ser crente, obediente e “feliz” enquanto a ignorância for mantida. A lucidez é um processo doloroso, um caminho solitário com direito a todo tipo de pedradas externas. O caminho da fé move multidões. A pessoa nunca estará sozinha, não importa qual seja o deus invocado. Porém, percebendo-se como tudo funciona, toda estrutura fictícia é desmontada, a autoridade do chefe passa não ter mais valor nenhum bem como qualquer tipo de ameaça impetrada em nome dos deuses.

Baseado nessa licença “dada por deus” de fazer da “casa dele” e de “sua palavra” o que bem se entender, cada igreja tem a sua própria versão particular da verdade, vendendo-a do modo que bem entender e o consumidor que reclamar do produto imprestável poderá sofrer graves penalidades sociais dos mais diversos tipos.

Nos serviços religioso, você pode até chamar de deus o que na religião do outro seria o demônio e vice-versa. Isso não tem problema algum, desde que você declare que tem fé em algum deus. A mesma afirmação vindo de alguém que declaradamente diz não crer dos deuses, não será respondida com a mesma tolerância. Pode ser tido como uma ofensa pessoal ou coisa do tipo. Declare fé em qualquer coisa, nem que seja numa pedra ou numa barata de esgoto se quiseres ser comum e ordinário e ser tido como uma pessoa inteligente. Experimente fazer o oposto de modo tão público quanto os que se dizem crédulos e veja no que dá!

Mesmo os deuses tendo características semelhantes e poderes surreais idênticos, o que é dito ser veneno em uma religião será vendido como remédio em outra. O “encosto” que eles cobram para tirar de uma pessoa em uma igreja, será a mesma entidade de luz que será inserido em outra pessoa num outro rito litúrgico por uma soma de dinheiro ou subserviência.

Se isso vale para as religiões, imagine para as igreja que explodem como pipoca, surgindo do nada uma nova a cada dia em pontos diferentes, elas mesmas que vivem “trocando tapas”, disputando o dízimos dos fiéis e tudo o que com este se possa comprar. A liturgia que em uma igreja é chamada de coisa do demônio, em outra eles chamam de “deus puro”.

“Deus acima de tudo e a mentira acima de todos”! Esse slogan devia servir como letreiro luminoso na maioria dos templos religiosos atualmente. A conta “cobrada pelos deuses” sempre quem paga é o fiel. Quem se presa se guarda dessas coisas. Quem tem vergonha na cara também! Quem for inteligente abandona esses lugares. Quem tem autocontrole e responde por si mesmo nem precisa deles!

Quase todo grupo religioso diz possuir ou encerrar algum tipo de verdade universal, lacradora, irrefutável, insubstituível, de modo que se alguém quiser de fato ser aceito por deus segundo eles, tem de beber da fonte ofertada em tal agrupamento. Não há outra! É o que dizem de forma direta ou indireta! Quanto mais fechado for o grupo, mais dono da verdade ele dirá ser. Mais propenso a intolerância e agressividade em nome da fé esse também o será.

O preço a ser pago para “permanecerem na verdade” nesses agrupamentos não é barato. Além de recursos financeiros e submissão irrestrita que os fiéis passam a dever aos donos da igreja eles também jogam fora o bem o bem mais precioso que possuímos que é o próprio tempo. O dono da igreja passa a ser dono da vida do fiel, do seu tempo e de seus recursos e eles nem percebem. Alguns precisam de autorização deles para viajar, namorar, sair da cidade, procurar um emprego e até certos casos para relações maritais com o próprio cônjuge. É mole? E ainda chamam de burro aquele animal que se parece com um cavalo...A fé cega as pessoas. O medo do inferno as tornam meras marionetes nas mãos do ventríloquos da fé!

Todo líder religioso diz que o dono da igreja é o senhor. Mas isso é mentira! O senhor nunca foi visto, nem deus, nem anjo ou coisa do tipo. Apenas eles mesmos que fazem o que bem querem em nome das divindades e dizem que deus mandou...

Então eles os senhores líderes religiosos, são sim os donos da igreja qual fundaram ou administram e sendo donos fazem a própria regra e você nada pode fazer para mudar isso a não ser deixar de ser trouxa! Se duvidas disso, tente contestar qualquer “mandamento divino” e veja quem vai aparecer demarcando território, se é deus ou o chefe local (ou seus capangas)!

Se por acaso alguém teve infeliz estadia na suposta casa de deus, é possível recuperarmos tudo que por acaso tenhamos perdido lá em nossos atos de extrema de burrice, submissão, indução ou ilusão coletiva. Porém o tempo perdido, aplicado em coisas inúteis sem valor algum não volta mais.

Ainda que a estadia não tenha sido infeliz, tenha sido harmoniosa e ter vivido intensamente os ditames da fé, só o fato de saber que estava trabalhando para o nada em função do nada, apenas servindo de capacho para outros pisar, mandar e explorar, apenas isso torna qualquer sonho lindo num extremo pesadelo.

Só os fortes tem coragem de abandonar o barco, remar contra a maré e pisar no solo firme, abandonando assim o navio da ficção que segue para a terra do nunca. Outros mesmo descobrindo como tudo funcionam, terão vergonha de admitir que foram feitos de trouxas por toda vida e serão bons fingidores fazendo teatro. Outros irão tirar vantagem disso, explorando a tantos outros como também foram explorados. Em todos os sentidos! Esse será o pior de todos! Se esconder detrás da “palavra de deus” é a melhora maneira de ter uma vida dupla ou ser um parasita assumido e mesmo assim ter prestigio social.

Nada pior para um fiel que só depois de velho ou doente, descobri que jogou toda a sua vida fora em função daquilo que nem existe, sujeito em alguns casos a um bando de líderes desonestos, sem caráter, falastrões e cegos que mal sabem onde estão indo, mas se acham condutores do caminho da luz.

Superstição, ilusionismo, misticismo, hipnose, manipulação, charlatanismo, falsa autoridade, técnicas de teatro, negação histórica e científica dos fatos, simbolismo comum usado intencionalmente de modo contrário...é isso que poderemos encontrar na suposta casa de deus, na suposta casa da verdade, do amor e da justiça.

Só estando de fora, desligado do grupo e livre para pensar e agir por conta própria é que se é possível percebermos que é as verdades da maioria das igrejas são baseadas nesses critérios. Quem estar dentro do movimento, morrerá ou matará se preciso for defendo certas causas do grupo, julgando estar fazendo algo nobre quando de fato não estar.

Quem busca a verdade não a achará nesses ambientes. Quem não tem controle da própria vida ou gosta de terceirizas as próprias “cagadas” esse é o lugar ideal. Quem por acaso no mundo das celebridades “do mundo” ter perdido todo brilho e talento e deseja de novo entrar no rol da fama, esse tipo de lugar é o lugar ideal. Há um público pagante, sedento para ouvir do pregador história macabras, de mortes, estupros assassinatos e todo tipo de besteira que cause excitação sexual aos crentes reprimidos ou que aponte um bode expiatório para os problemas da humanidade, principalmente os do próprio fiel.

A casa de deus também é um lugar ideal para gente irresponsável, que não tem honra alguma, que tem dificuldade de cumprir acordos sejam eles quais forem, sem palavra, quem mentem, aumentam, inventam e aprontam de tudo contra tudo e todos, pois apesar disso não sentem culpa alguma pois sabem que depois de pagarem o dízimos, rezar um terço, ascenderem uma vela, cantar um louvo ou fazer uma oração a deus “pedindo perdão” pelos seus pecados, sem corrigir os danos causados a outrem, eles se sentirão perdoados, brancos como a neve, com o contador de pecados zerado, livre para aprontarem todas no outro dia e repetir os mesmos ritos, depois, e depois e depois...

Pra quem já evoluiu um pouco mais e deixou de usar certas muletas, deixou a muito de viver em busca da verdade, e vivem aprendendo a interagir com a realidade. A sua própria realidade e a realidade dos ignorantes para que por eles não sejam dizimados. Quem já chegou nesse nível não se apega a verdade nenhuma, antes sim chamam muitas dessas verdades de teorias disso ou daquilo e estão dispostos a mudarem de ideia sempre que novas descobertas surgirem suplantando as anteriores e não sentem vergonha disso. Entendendo isso o resto do processo fluirá por si só, sem a pressão dos deuses ou de seus subordinados. Você estar pronto para isso?

Saúde e sanidade a todos! Texto escrito em14/9/19

*Antônio F. Bispo é graduando em jornalismo, Bacharel em Teologia, estudante de religiões e filosofia.

Ferreira Bispo
Enviado por Ferreira Bispo em 14/09/2019
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