Recomeço do Começo (Um Alerta)
Existem várias formas de matar.
É, sem dúvida, o pior crime e pecado engendrado pelo homem, ainda mais quando os fins não justificam os meios.
Matar é assassinar, dar fim, estirpar, tolher a vida de um ser, que outrora vivente.
Assim como são várias as formas de matar e por conseqüência, iguais maneirar de tornar-se assassino. Também se pode constatar que há muita gente homicida e pasmem, não o sabem.
Com a língua, orquestrando fofocas e mentiras, matamos lentamente causando desgosto de ordem moral e ideológica, como na família, na sociedade e, sobretudo na política, mata-se aos poucos a esperança. E a esperança quando falta, já é em si a morte decretada.
Com a violência, sempre do mais forte contra o mais fraco, do ferimento mais mortal a um simples tapa ou beliscão, mata-se o carinho, o respeito e a doçura nas pessoas, fazendo brotar com diferente intensidade, os sentimentos de ódio, vingança e mágoa. Sentimentos que sabemos, não promovem a vida, mas sim a morte.
Matar as virtudes, os sentimentos e coisas boas existentes no homem são transformá-lo em um zumbi; um ser sem reação de lutar, perdoar e amar.
Constata-se que uma cultura que menospreza o aprendizado do amor, não alicerçando seus valores no bem e na doação igualitária, tende a crescer, inflar como um balão cheio de vazio... Ao fim, onde tudo se acaba... Explode, vira em nada!
O homem, tendo fortes traços primitivos, perdeu ao longo do tempo, a linha divisória entre o instinto de preservação da vida, e o poder egoísta que oprime o ser humano e a natureza que o cerca. Ainda mais com a franca expansão da sociedade de consumo, onde o ter vale mais que o ser, onde a inteligência emocional é vulgarizada pelo torpe vácuo do raciocínio lógico, que reduz os seres, suas necessidades e sentimentos a um mero código de barras.
Se o homem não acordar para a urgência de amar verdadeira e desinteressadamente seu semelhante e a natureza que o cerca, resgatando valores que nos fazem sermos discernidos
dos animais irracionais... Quando houver explosões nucleares sobre as metrópoles de anjos inocentes e indefesos... Será apenas para cremar a carne, a massa biológica de seres que a muito morreram para a vida verdadeira, a vida na abundância, partilhada na verdadeira evolução do homem. Seremos, ou não, cadáveres andantes, sinal da falência de entender o projeto de Amor e Vida que Deus pensou para todos os seres, principalmente o homem, sua criação maior.
Então Deus... Que é misericórdia infinita, no cenário de um Planeta Guerra que outrora Édem, agora Nova Marte, caminhará com passos de dor sobre o livre arbítrio de sua criação.
Buscará sobre os escombros da desobediência, ao menos um casal de metafóricos Adão e Eva, soprando-lhes o hálito da vida e do entendimento para o recomeço da Vida na partilha, no amor desinteressadamente verdadeiro... Sem trevas.
E será o recomeço do começo... Só para os que amaram verdadeiramente.